18.3.03

Imersos no mundo de Deus

Os homens em geral se incluem em alguns tipos.
Alguns vivem suas vidas sem nenhum compromisso com o Incondicionado. Possuem um certo nível de desespero inconsciente, um temor absurdo sobre muitas coisas, em especial a morte.
Como vivem somente uma dimensão de vida, sorvendo absolutamente o que pensam poder sugar desta vida, suas limitações ético-morais são praticamente inexistentes e variáveis. Eles são virtualmente capazes de qualquer coisa.
Esse é um estilo de vida sem real esperança. Mesmo porque ele limita a vida a uma experiência presente. A esperança é deslocada para fora de seu centro vital.
Outros homens possuem algum tipo heterônomo de norma moral. São os religiosos. Boas pessoas, seus elevados e inalcançáveis padrões morais os oprimem. E conduzem facilmente ao desespero e à rebelião.
Sua relação religiosa com o Deus vivo se dá firmada em uma perspectiva de obras mortas.
Sua moralidade não se coaduna à essência de seu ser vital. Sua vida é um desespero hipócrita pela percepção de que é uma forma de vida inútil, insatisfatória.
Um último tipo de gente é a que cada vez mais se vê imersa na realidade do mundo de Deus, o Deus vivo no mundo.
Sua relação com o Senhor não é de maneira nenhuma estática, mas profundamente dinâmica.
Nesse dinamismo, a percepção cada vez maior que temos de estarmos diante do Deus vivo também nos leva ao desespero. O desespero de nos percebemos pecadores diante, todo o tempo, de um Deus santo.
Mas a situação é algo diferente. Estamos envoltos na atmosfera da Santidade de Deus. O Deus santo nos envolve, nos toma em sua misericórdia. Assim, de nós mesmos abominamos nosso pecado. Somos pecadores. Estamos diante de Deus. Estamos desesperados.
Então, podemos ainda olhar a cruz de Cristo. Ali, foi vertido um sangue inocente. Ali foi morrida um morte que era a minha morte.
Isso não é qualquer tipo de ficção legal ou verdade teológica longínqua. Jesus se entregou à morte, derramou sangue na cruz para nos garantir o seu gratuito perdão.
Aquele crucifixo revela que o Deus vivo e santo é, também, o Deus de misericórdia e graça, que se importa conosco ao ponto de levar Jesus a morrer em nosso lugar.
Estamos imersos no mundo do Deus santo. Constantemente confrontados com Ele. Somos pecadores e isso nos desespera. Mas da cruz de Cristo emana amor e perdão, a cura real de todo desespero.
Estamos imersos no mundo do Deus misericordioso. Podemos beber sempre da Sua graça salvadora. E jamais, novamente, teremos sede desesperadora desse Deus.
E como diz o velho hino:

Foi na cruz, foi na cruz
Que um dia eu vi
Meu pecado castigado em Jesus
Foi ali pela fé
Que meus olhos abri
E hoje vivo alegremente com Jesus.


Com Jesus, sempre haverá amor e esperança. Pense nisso!