2.2.04

Sobre sermos, simplesmente

Tenho me surpreendido com o número de pessoas que a cada dia encontro procurando identificar seu próprio eu. Pessoas que simplesmente estão desejando ser na vida. Pessoas que tem entendido que viver não se resume a realizar algumas funções fisiológicas, ou acadêmicas, ou intelectuais, ou profissionais, ou qualquer coisa que se opere fora de si mesmas.
Do mesmo modo tenho visto pessoas, como eu, que estão insatisfeitas com seus pensamentos e as respostas que encontram por aí. Sabem o que não significa ser alguém, mas ainda não sabem o que significa ser. O que nos constitue como ser humano.
É claro que esta é uma discussão filosófica antiga demais, recorrente, que reitero, também, quase sempre, neste blog. E qual a resposta? Não sei se ela há, ou se cada um de nós precisa encontrar a sua. Só sei que provavelmente o significado de nossos questionamentos a respeito devem estar nos dizendo que tanto a nossa sociedade quanto as nossas posturas filosóficas de vida não nos satisfazem mais. Não nos garantem nada. Não nos fazem sermos alguém, ou sermos felizes.
Eu proponho um caminho, também antigo. Um caminho místico. Um caminho espiritual. Se é verdade que fora de nós mesmos não encontraremos felicidade, é verdade também que sozinhos também não. Você já pensou em Jesus dessa forma? Você já pensou que provavelmente a fonte de seu ser humano se encontra nele?
Veja o que diz Paulo, quando escreve aos Gálatas (2: 19 e 20):
Pois, quanto à lei, estou morto, morto pela própria lei, a fim de viver para Deus. Eu fui morto com Cristo na cruz. Assim já não sou quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.