Passando pelo serrado do planalto central do país, foi inevitável pensar no significado, ou significados, da graça de Deus. Nessa minha viagem algumas coisas foram bem marcantes.
Primeiro, a beleza da natureza composta pelo Senhor e tocante. Confesso que a natureza dessa região me pareceu de uma simplicidade comovente. Se penso na imponência da Cordilheira dos Andes, na riqueza poética do Rio de Janeiro, nas maravilhosas praias do nordeste, o Serrado parece simples. Simplicidade bela e cativante. Com a vida brotando, viva, das torres dos cupinzeiros. Manifestando a viva, bela e comovente graça de Deus.
Outra coisa nessa viagem me trouxe viva a mente a graça. Vim a um casamento. Entre outras coisas, o casamento me fala da renovação da vida e do amor, trazendo Deus, forte, ao coração das famílias e dos casais apaixonados. E me fala sobre a construção e a realização de sonhos. Os sonhos dos noivos, das famílias de Deus. Sonhos revelando o sonho da graça de Deus em nossas vidas.
Porém, certamente, a manifestação mais doce da graça de Deus foi conhecer uma pessoa que ainda gasta suas forças para reconhecer, sem muito sucesso, a beleza da graça. Deparar-me com uma Marta hiperativa assim me fez pensar que a felicidade e a graça de Deus se encontram nas coisas mais simples, belas e amorosas do mundo. Não e preciso uma busca desenfreada pela presença de Deus. Basta um simples e comovente silencio.
Foi tocante encontrar essa Marta por perceber que não podemos encontrar a beleza da graça sem o simples silencio. Sem a simplicidade de um calmo amor. De uma potente e tranqüila manifestação da vida. Como o serrado do Planalto Central.