2.2.06

Dormindo de tristeza

... os encontrou dormindo, pois a tristeza deles era muito grande.
Lucas 22. 45

Provavelmente por ser mais acostumado a chorar de tristeza, sempre fiquei curioso com a expressão dessa passagem. Em vez de chorar de tristeza, os discípulos estão dormindo. Já começaram a entender que o Senhor está para ser entregue e a tristeza que Jesus sente é tão forte que transbordou aos corações dos homens que foram Seus companheiros de ministério. Por isso, em vez de orarem com Ele, dormem.
A idéia que esse sono incontrolável me passa é que a tristeza é paralisante. Quanto mais triste se encontra o nosso coração, mais paralisados nos vemos. Jesus tinha pedido a companhia dos discípulos na oração – difícil – daquele momento duro. Orem pedindo que vocês não sejam tentados (Lc. 22. 40). Mas a tristeza no coração era um peso incontornável. Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e orem para que não sejam tentados (Lc. 22. 46).
Sei que o comum é a gente ouvir pelos púlpitos as denúncias contra os irmãos que só se lembram de buscar ao Senhor nos momentos mais difíceis, mas esse texto fala de uma experiência que é muito diferente. E que é a minha própria experiência pessoal. Quando tudo vai bem, é bem mais fácil para mim dedicar uma parcela considerável de minha vida para a oração, meditação e contemplação do Santo. Quando o coração pesa de tristeza, tudo o que quero é, trancado no quarto, dormir. A tristeza me paralisa, exatamente na hora em que mais precisava estar ativo, em oração vigilante. Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e orem para que não sejam tentados.
Escrevo esse texto hoje porque procuro companheiros que tenham a mesma experiência. Irmãos que se sentem como que discriminados quando ouvem falar que é muito fácil buscar a Deus na dor. Para mim, é muito difícil. Meu coração pesado de dor e de tristeza não deseja em nada perder-se nos braços do Senhor para achar a alegria do Senhor – que é a raiz de nossa força. A tristeza me paralisa. Eu sempre espero uma experiência de ressurreição quando estou abatido.
É mais ou menos que vai acontecer com os discípulos. Foram incapazes de orar para não caírem em tentação, como ordenara o Senhor. Então, caíram. Pedro negou o Senhor. Os demais fugiram. Abandonaram as experiência de fé que haviam tido. Não entendiam o acontecia. Sucumbiram ante a incerteza, a dor e a tristeza. O Mestre morreu e eles estavam longe e dispersos.
Até que experimentaram o valor da ressurreição. No terceiro dia, começaram a correr as notícias de que Jesus não estava mais no túmulo. Aos poucos, cada um deles experimentou ver e estar com o Senhor ressurreto. E finalmente a tristeza começou a ir embora.
Os dois, no caminho de Emaús, ilustram tal fato. Quando Jesus – a Quem não reconhecem – lhes pergunta acerca de que conversavam, o texto diz que eles pararam, com um jeito triste (Lc. 24. 17). Estavam ali, sem saber o que fazer, afogados em tristeza e incerteza. Se pudessem, estariam dormindo. Quando o Mestre se revela a eles, constatam o renascimento da alegria que incendeia a alma: Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito quando ele nos falava na estrada e nos explicava as Escrituras Sagradas? (Lc. 24. 32).
Mas, para mim, o contraponto da experiência do jardim está nos últimos versículos do evangelho de Lucas. Enquanto no jardim, paralisados, os discípulos dormiram de tristeza, quando Jesus sobe aos céus, eles O adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria (Lc. 24. 52). Experimentar a ressurreição significou, para esses discípulos, encher-se de alegria e se colocar aptos a saírem da inatividade. Eles não estavam mais paralisados. Não dormiam mais de tristeza. Mas, tomados pela alegria do Senhor ressuscitado no coração, estavam prontos para o ministério que Deus lhes encarregara: restaurados pela alegria, estavam pronto a começar o anúncio e implementação do Reino de Deus através da igreja que, agora, podia nascer.
Dormir de tristeza, eu sei, não é exclusividade minha. Ou dos discípulos de outrora. O seu antídoto é a experiência da ressurreição em Cristo. Ela nos enche de alegria e nos empurra ao serviço pleno do Reino de Deus.

1.2.06

Maravilhado

O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram.
Salmo 19. 1

Espero que você, como eu, não tenha perdido a capacidade de ficar maravilhado com a vida. Espero que você ainda experimente momentos em que olha tudo à sua volta e se encante profundamente sem entender como tudo isso pode ser possível. Espero que você na verdade conclua comigo que nada disso é possível – a não ser que o Ser Mais Maravilhoso entre na equação.
Ontem olhei a minha mão na parede. Coisa besta, mas me maravilhei com a perfeição da minha mão. Não foi um ataque de narcisismo, mas fui pensar em cada partícula atômica que se une para formar a minha mão; na imensidão de vazio que é o espaço subatômico; na independência de cada célula que forma cada um dos tipos diferentes tecidos que, juntos, formam a minha mão. Pensei que cada uma de minhas células leva dentro de si o meu ser inteiro: o meu DNA, único e diferente de qualquer outra pessoa que possa existir ou ter existido.
Olhei-me no espelho e pensei na maravilha que é ver. Você já pensou como deve ser essa coisa – incompreensível – de uma imensidão de reações químicas que acontecem numa infinitude de neurônios e fazem ver, pensar ou ter consciência? Quando você olha uma tela de tevê – ou de computador – tem noção de como se formam as imagens naquela tela. Quando você ouve o som de uma orquestra você sabe – ou entende – que cada instrumento único produz um som que, combinado aos outros e aos silêncios, faz a música. Mas você já parou para pensar – você que já viu uma célula em um microscópio – como se constroem sons e imagens em células? Você consegue perceber o quanto isso é maravilhoso?
E como pode um corpo – que é uma colônia melhorada de bilhões de células – junto a outros corpos construir civilizações e culturas? Como pode avançar em tecnologias e fazer uma máquina que me permite conversar com outras pessoas espalhadas em todo o mundo? Como pode uma colônia de células fazer cultura – estabelecer uma língua a ser falada, lida e escrita? Você percebe a maravilha disso?
E você ainda se maravilha com a natureza? Você ainda se maravilha com a precisão das leis que regem o funcionamento do cosmos? Você se encanta de pensar que há uma força que faz com que tudo caia e eu não possa sair por aí voando? Você é capaz de se encantar com a ordem e lógica das coisas? Coisas que são assim – lógicas e organizadas – independente do querer do homem?
Essa maravilha de criação me diz que há um Deus. Cada milagre, cada encanto, cada maravilha inspira a nossa alma a procurar e encontrar um Deus. Se tudo na vida tem um sentido, a maravilha do universo nos deve fazer entender que a vida só tem sentido se esse vier e for dependente de Deus. Maravilhar-se com a Criação é encantar-se com o Deus que tudo criou. E transformar o impacto da beleza do mundo do Senhor em hino de louvor a Ele. A Criação – e nós com ela – tributa louvor e glória ao Senhor do Universo. Nas pequenas e nas grandes coisas, Deus é glorificado na beleza do Cosmos. E eu espero jamais perder a capacidade de me maravilhar com isso.

31.1.06

Orientação

Enquanto entregavam o dinheiro que havia sido dado para o Templo, Hilquias achou o Livro da Lei de Deus, a Lei que o Senhor tinha dado por meio de Moisés.
(2 Crônicas 34. 14)

Eu acho que a experiência de carecer de orientação não é uma exclusividade minha na caminhada cristã. Suponho, com base no que vejo, que cada um de nós passa sempre pela necessidade de ser orientado. O caminho é difícil e tudo o que imaginamos precisar é ter uma voz que nos oriente que alternativas escolher. Essa é minha experiência nesse exato momento. Sinto-me livre e em busca de orientação. Uma vez que é a primeira vez, em nove anos, em que estou sem igreja. Procuro uma voz orientadora. Se vocês se desviarem do caminho, indo para a direita ou para a esquerda, ouvirão a voz dEle atrás de vocês, dizendo: “O caminho certo é este; andem nele” (Is. 30. 21).
Às vezes Deus nos fala assim, diretamente. Às vezes, porém, não somos capazes de confiar plenamente em nossos corações – o que é, em resumo, uma boa coisa. A história da descoberta do livro da lei na reforma de Josias pode nos instruir algo nessa direção. Duas coisas, em particular, me chamam a atenção no que se refere à busca de orientação.
A primeira coisa que destaco no relato é que o rei Josias deu ouvidos ao que estava escrito no texto da Lei. Ele deu ouvidos, tomou a sério, as palavras que entendeu virem direto de Deus através do testemunho escrito de Sua revelação secular aos judeus. Quando ouviu o que o livro dizia, o rei rasgou as suas roupas em sinal de tristeza (2 Cr. 34. 19). Isso me ensina que, em busca de orientação, a primeira coisa que devo fazer é dar ouvidos, levar a sério, o que o texto bíblico, o testemunho escrito da revelação de Deus à humanidade, me diz. A primeiríssima coisa que precisamos fazer para orientar a nossa vida é buscar a direção que nos aponta a Palavra de Deus. Humildemente e com coração quebrantado, precisamos ir ao texto sabendo que Deus vai usá-lo para nos dizer o que fazer. Se extraordinariamente Ele usa diversos meios para nos falar, o meio ordinário é Sua revelação bíblica. Para ter orientação e seguir em frente, sei preciso crer nisso de todo coração e abrir todos os meus sentidos para ouvir o que Ele tem a me dizer pela Bíblia a cada manhã.
Mas, assim como aconteceu ao rei Josias, muitas vezes acontece comigo. Mesmo diante da Bíblia, ainda me restam dúvidas. Às vezes não conseguimos – ou não queremos – compreender aquilo que o Senhor está a nos dizer. Precisamos, então, de ajuda. Alguma, que seja. Então Hilquias e os homens que o rei tinha enviado foram falar com uma profetisa chamada Hulda, que morava no bairro novo de Jerusalém (2 Cr. 34. 22).
Deus coloca pessoas em nossa vida, com mais experiência e olhos mais livres para ver o que não conseguimos ver por estarmos no meio do cenário. Essas pessoas podem ser as melhores conselheiras que precisamos. Deus as pode usar para nos orientar.
No nosso mundo de hoje, onde decepções se acumulam umas sobre as outras, é muito difícil para cada um de nós aprender a confiar nos conselheiros que Deus põem em nossas vidas. Mas os seus conselhos podem ser a única chance de vitória e orientação em nossas vidas. Com muitos conselheiros há segurança (Pv. 11. 14). Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso (Pv. 15. 22).
O que este relato do Antigo Testamento me ensina é que tenho dois caminhos, ordinariamente, para buscar a orientação que tanto preciso. O primeiro é ler a Bíblia para ouvir a voz de Deus falar comigo. O segundo é buscar o conselho de quem tem mais vivência e experiência do que eu. Homens e mulheres de Deus que possam me ajudar a interpretar os sinais de Deus na minha vida. Para isso, preciso confiar nos meus irmãos. Para isso, preciso entregar meu coração inteiramente ao Pai. E crer que Deus, meu consolo e minha esperança, me mostrará o melhor caminho para seguir. Se vocês se desviarem do caminho, indo para a direita ou para a esquerda, ouvirão a voz dEle atrás de vocês, dizendo: “O caminho certo é este; andem nele” (Is. 30. 21).

30.1.06

Humano

A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheio de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.
João 1. 14

Desde ontem estou vivamente impressionado por esse versículo. Parece ao meu coração que estou redescobrindo a verdade da Revelação de Cristo. Parece que estou reencontrando Jesus em minha vida. Parece que agora a vida de fé tem feito mais sentido para mim. E quão longe eu andava dela!
Deus se fez um de nós em Jesus para ter comunhão com a humanidade. Mesmo assim, muitos de nós temos rejeitado a humanidade. E rejeitando a humanidade, sem perceber, rejeitamos o próprio Deus que optou em se tornar humano. Um de nós. Como diziam os antigos, plenamente humano. Como é impressionante descobrir que a natureza de Deus se revela unicamente na humanidade de Jesus!
Mas nossa tradição religiosa cristã ocidental tem rejeitado a humanidade. E nesse ponto, todos somos iguais, sejamos católicos ou protestantes. A cristandade rejeitou, por exemplo, por muito tempo, a alegria e a diversão. O sorriso na igreja é um pecado para muitos cristãos. A solenidade de nossos ritos se preservaria com rostos tão sisudos quanto as famosas carrancas do Rio São Francisco. O simples riso das piadas contadas às mesas era condenado por todos. Diversão? Só se for segundo as normas eclesiásticas. Todos nós já ouvimos falar de irmãos e irmãs que foram punidos em suas igrejas simplesmente por terem ido ao cinema. Ou porque se divertem ouvindo a música do diabo: MPB.
Nessa mesma linha, o lúdico sempre foi descartado de nossos ambientes sacrossantos por ser irreverente. Festas na igreja? Danças na igreja? Grandes celebrações de alegria na igreja? Quando me converti, lembro, nem bater palmas durante o louvor era permitido. Rejeita-se o lúdico como se não fosse humano. Ou, o que é pior, como se o humano fosse igualado ao satânico, pecador, demoníaco. A brincadeira e o jogo, na cabeça da religião, é coisa que nos afasta da comunhão com Jesus. Conheço um pastor que teve sérios problemas em uma cidade do interior porque jogou uma pelada num domingo qualquer. Sacrilégio!
E quando a coisa vai mais para o corpo, a situação se complica. Pelo menos, desde que o promíscuo Agostinho se converteu lá no século quarto e terminou lançando de lado aquilo que tinha sido sua grande perversão pré-cristã – o corpo – e, assim, influenciou uma mentalidade na cristandade. Todo o prazer corporal e toda a alegria do amor foram encapsulados em uma câmara de pecados e proibições. Não falo acerca de uma prática sexual fora do casamento. Falo mesmo de casais que encaram o prazer do corpo e o amor como males necessários. A mentalidade de muitos foi formada igualando o sexo – e o amor – ao pecado. Sentir prazer no corpo, para muita gente, é anti-cristão. Aliás, isso diz respeito ao riso, ao choro, à satisfação. Porque todas essas coisas acontecem no corpo e são prazerosas ao corpo. E, portanto, segundo o entendimento de muitos, pecados. O desejo de muitos é anular o corpo, quando a Palavra de Deus nos manda anular o pecado – a carne, que não é o corpo, mas o pecado.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheio de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai. Deus nos criou à Sua imagem e semelhança. Esquecendo que o Deus que criou o homem veio à terra resgatá-lo – com cada uma de suas características – rejeitamos a nossa humanidade. Deus se fez humano, mas nós rejeitamos a nossa humanidade!
Jesus viveu plenamente a Sua humanidade. Era um Homem que participava de festas, bebia vinho, provavelmente dançava, se divertia, ria. Tinha prazer no corpo. O mesmo que tinha na comunhão com a humanidade dos homens – Suas criaturas, objetos de Seu amor, a quem veio resgatar. Mas falar essas coisas é pecar para muitos de nosso meio. Quase docéticos, acreditam que Jesus, o Homem, era um rabino sério como aqueles que espantam crianças por sua expressão dura. Mas esse não era o caso do Mestre: as crianças vinham prazerosas até Ele. E qualquer um que já teve que entreter uma criança sabe que caras fechadas são a certeza do fracasso nesse tipo de empreitada.
Como Igreja, nossa missão é resgatar a humanidade do homem, conduzindo-o a Deus. Essa foi a missão que a Palavra, que Jesus, Deus e homem, deixou em nossas mãos. Nenhum mistério é tão glorioso para mim hoje. O Deus-homem ama e resgata a minha humanidade, integralmente.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheio de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai. Quando rejeitamos a humanidade do homem, rejeitamos a divindade de Deus. O Deus que se fez humano e andou conosco na terra. Quando rejeitamos a humanidade do homem, rejeitamos o Deus-homem. Rejeitamos Jesus, o Homem.

29.1.06

Liberdade do Espírito

E onde o Espírito do Senhor está presente, aí existe liberdade.
2 Coríntios 3. 17

Esta semana, andando por Fortaleza, fui dar uma volta no centro da cidade. Fiquei pensando que bem poucos turistas iriam querer um tour pelo beco da poeira, praça José de Alencar ou praça do Ferreira. Ali, naquela muvuca toda, não há atrações turísticas. Nas tumultuadas e estreitas ruas do centro, não há muito o que se ver ou ouvir, a não ser o som ou a cara do povo. E como eu sempre gostei disso em Fortaleza. Como nos meus dias de cidadão cearense, eu caminhei pelas ruas do centro com os ouvidos abertos para ouvir o som das ruas, o barulho da cidade viva. Andei com as narinas abertas para sentir o nem sempre agradável cheiro do povo. Eu pensei e testemunhei a presença de Deus ali.
Era mais ou menos esse o dia a dia do ministério de Jesus. Ele esteve em sinagogas e no templo de Jerusalém. Ele participou dos ritos da religião oficial. Mas sua vivência de fé era o povo. Ele veio para trazer a presença de Deus para o meio do povo, não para o templo. No templo, só os sacerdotes tocavam a Deus. Nas ruas, Jesus tocava e era tocado pelo povo. O Emanuel estava ali, sendo tocado pela mulher do fluxo de sangue, libertando a filha da siro-fenícia, tocando o esquive e ressuscitando o filho da viúva de Naim, curando cegos, mudos e leprosos com suas próprias mãos. O Deus entre nós se fez um de nós – um Zé Niunguém. Ele trouxe a presença de Deus ao mundo – era o próprio Deus – e optou por estar nas ruas – não nos templos. Ele andou no meio de nós: A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade (Jo. 1. 14).
Falo tudo isso pensando que é o Espírito de Deus – por meio de Quem Jesus está presente no mundo hoje – quem gera a liberdade que é a vida com Deus. Não é qualquer fé, seja ela protestante ou não. É onde o Espírito está que há liberdade. É onde dois ou três se reúnem em nome de Jesus, que Ele se faz presente.
Vi Jesus solto nas ruas de Fortaleza. Na Beira-Mar fui atrás dos artistas populares: estatuas humanas, palhaços e muitos outros. No meio das gargalhadas do público, a presença de um Deus que nos criou à sua imagem e semelhança – ou seja, com a capacidade de rir, achar graça, zoar e se divertir. Sirvo a um Deus que me deu liberdade para rir com o povo e as crianças, porque Ele é um Deus que ri e se diverte com as crianças. Sirvo a um Deus que me deu a compaixão com os que são oprimidos, porque Ele veio para libertar os oprimidos. Amo a um Deus de liberdade, que é maior que qualquer motivo religioso, porque Ele é o Espírito: e onde o Espírito do Senhor está presente, aí existe liberdade.