18.7.15

Bíblia como ponto de partida

Você quer ter como palavra final sobre a vida um conjunto diversos de textos escritos em um mundo entendido como finito, plano, feito para o homem, com um Deus fisicamente existente sobre o céu, por pessoas que falavam aramaico, hebraico e grego?
Não é óbvio que isso não faz sentido em um mundo que é apenas um pequeno planeta (entre oito) do sistema solar de uma pequena estrela da periferia de uma pequena galáxia entre cem bilhões de galáxias, em que se sabe que não há um Deus físico no céu, que um vulcão não é a ira de um Deus, um trovão não é a voz de Deus, que uma frente fria define a chuva (e não um Deus)? 
Para mim aqueles textos só fazem sentido se eu os encarar como relatos de como povos do passado tiveram suas experiências com Deus, o que pode nos inspirar. Aqueles textos são pontos de partida, não lugares de chegada em que se encerram as questões da vida.