Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira.
1 Pedro 1. 7
Pra mim, hoje é um daqueles dias difíceis em que os ouvidos, surdos, por mais que tentem, não conseguem achar e ouvir uma Voz trazendo a Palavra do Senhor. Hoje é um daqueles dias difíceis em que Deus parece ter-se ausentado e nos abandonado, sozinhos, obrigados a encarar a feiúra de nossas falhas, falta de caráter, iniqüidades e pecado.
Vez por outra Deus nos prova assim, mas Sua prova não visa a nos destruir, muito pelo contrário: Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. O propósito do Senhor é nos aperfeiçoar, purificando nosso interior do mesmo modo como o fogo burila o ouro.
Hoje me sinto enlameado pelo pecado. Como o filho pródigo da parábola, vejo-me revolvendo a lama da pocilga, cuidando dos porcos, faminto e sedento. Como o filho pródigo, considero-me abaixo dos suínos na escala de valores do céu.
Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores” (Lc. 15. 18 – 19). Há escape. Para sair de um poço tão fundo e sujo, o escape é voltar os olhos, o corpo e a fé, intensamente, ao Pai do Céu.
O Deus do Céu, que nos prova, nos tira do poço, restaura a nossa vida, lava-nos da sujeira do pecado, da lama fétida que se impregna às nossas almas. O Senhor Deus diz: “Venham cá, vamos discutir esse assunto. Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro; mas eu os lavarei, e vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã” (Is. 1. 18).
O Deus que permite que sejamos provados, cuida de nós, nos protege e nos restaura. Ele nos tira de um poço e firma os nossos pés. Não percamos a esperança, não deixemos de buscá-Lo e ao Seu auxílio. Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o Senhor. Ele me escutou e ouviu o meu pedido de socorro. Tirou-me de uma cova perigosa, de um poço de lama. Ele me pôs seguro em cima de uma rocha e firmou os meus passos. Ele me ensinou a cantar uma nova canção, um hino de louvor ao nosso Deus. Quando virem isso, muitos temerão o Senhor e nele porão a sua confiança (Sl. 40. 1 – 3). Se suportarmos a prova, não desanimando e não perdendo a fé, ainda cantaremos a grande bênção da vitória do Senhor em nossas vidas.
Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Deus nos permite vivenciar essas coisas, experimentar as provas, dores e culpas, para nos tratar, aprovar e fazer de nós aquilo que é o Seu projeto para nós. Ele cuida de nós e nos conduz ao ponto em que quer nos levar. Essa é a Sua vitória em nossas vidas.
29.10.05
28.10.05
Novos tempos
O meu servo Moisés está morto. Agora você...
Josué 1. 2
Novos tempos trazem mudanças inescapáveis. A nossa vida somente poderá ser efetiva se formos capazes de compreender que o tempo muda e que, com ele, as perspectivas, noções e projetos devem mudar. Não dá para levar a vida hoje do mesmo modo como era levada há séculos atrás. Aliás, dez anos atrás o nosso mundo era completamente outro: é só imaginar que Internet e celular não faziam parte de nossa rotina cotidiana como atualmente. Novos tempos significam novos projetos, novos modelos.
Às vezes o tempo passa e as pessoas perdem o bonde da história. Não percebem as necessidades de mudança. Nos dias de debates sobre o Referendo de domingo último nos deparamos com algumas pessoas que ainda defendem a necessidade de luta armada para derrubar a burguesia. Uma parcela da Juventude do Partido Socialista Brasileiro, o PSTU e um único militante do PC do B. O caso do PC do B serve para exemplificar o que estou querendo dizer. O PC do B fez a Guerrilha do Araguaia no início dos anos 70. Ao mesmo tempo em que significava uma resistência armada ao regime militar, propugnava a implantação de um comunismo nos moldes soviéticos. Isso é inegável. Mas a guerrilha foi exterminada, o tempo passou, o comunismo soviético caiu e o PC do B refez seus paradigmas. Hoje é um partido que defende o socialismo democrático. Conheço muitos militantes do partido que foram capazes de entender que o tempo passou e o mundo mudou. Menos esse único militante que gerou constrangimentos ao defender a revolução armada. Tudo o que o partido não quer. Ele não percebeu a mudança do tempo, dos projetos e da vida.
O meu servo Moisés está morto. Agora você... O início do livro de Josué nos fala sobre isso. Ao se dirigir ao novo líder do Seu povo, Deus mostra que o tempo agora é outro: Moisés está morto. Não adianta ao povo buscar um modelo de vida e liderança como tinha sob Moisés. O escolhido para liderar é Josué. Josué é alguém diferente de Moisés, com outro estilo de vida. Nem ele pode querer imitar o antigo mestre, nem o povo pode querer esperar dele a mesma forma de liderar, o mesmo carisma, as mesmas coisas que via em Moisés. Deus pára tudo para que o povo e Josué possam perceber a passagem e a mudança do tempo. Moisés está morto. Agora o tempo é outro. Agora é com Josué.
Modelos e paradigmas se superam. Precisamos estar atentos sempre a isso. Deus sempre está trazendo à luz coisas novas. Ele não é Deus de coisas caducas, mas de novíssima ação. Pela Sua graça, Ele faz coisas novas apropriadas a cada novo tempo. É isso que Ele diz pelo profeta: Não fiquem lembrando do que aconteceu no passado, não continuem pensando nas coisas que fiz há muito tempo Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão (Is. 43. 18 – 19). Nos dias de Isaías, era hora de parar de lembrar dos feitos passados do Senhor para livrar Seu povo do Egito e conduzí-lo à Canaã; agora é hora de olhar para frente e esperar o novo que o Senhor vai fazer, a libertação que Ele dará ao povo.
O que Deus diz ao povo sob a nova liderança de Josué é que eles devem esquecer o que aconteceu antes: Josué não é Moisés, Canaã não é o deserto, o tempo não é o mesmo. Não dá para querer que Josué repita Moisés, pois ele está morto. Agora é um novo tempo: tempo de guerra, tempo de conquista, tempo de se fixar na terra prometida.
Se esquecermos que Deus é Deus de novidade corremos o risco de cairmos no mesmo ridículo que vemos nos militantes que ainda são capazes de defender uma luta armada em um momento em que qualquer perspectiva de uma vida assim já passou. É preciso estarmos atentos aos novos tempos, às novas ações do Senhor. Precisamos perceber que o Deus de Jesus é o que faz, sempre, novas todas as coisas. Até mesmo os nossos modelos de vida, nossos planos e nossas formas de compreender o mundo em que estamos.
Pode ser que estejamos desperdiçando aquilo de maravilhoso que o Senhor quer nos dar apenas porque não estamos nos permitindo viver os novos tempos para os quais Ele nos conduziu. Queremos viver ainda ontem, esquecendo que o nosso Deus nos traz a novos lugares e à novidade de vida. O mundo muda e nós somos conduzidos sempre à novidade na vida com Jesus. Basta abrir o peito e a mente a isso, sendo sempre conduzidos pelo Vento do Espírito. É a pena outra vez, sendo levada pelo Sopro de Deus.
Josué 1. 2
Novos tempos trazem mudanças inescapáveis. A nossa vida somente poderá ser efetiva se formos capazes de compreender que o tempo muda e que, com ele, as perspectivas, noções e projetos devem mudar. Não dá para levar a vida hoje do mesmo modo como era levada há séculos atrás. Aliás, dez anos atrás o nosso mundo era completamente outro: é só imaginar que Internet e celular não faziam parte de nossa rotina cotidiana como atualmente. Novos tempos significam novos projetos, novos modelos.
Às vezes o tempo passa e as pessoas perdem o bonde da história. Não percebem as necessidades de mudança. Nos dias de debates sobre o Referendo de domingo último nos deparamos com algumas pessoas que ainda defendem a necessidade de luta armada para derrubar a burguesia. Uma parcela da Juventude do Partido Socialista Brasileiro, o PSTU e um único militante do PC do B. O caso do PC do B serve para exemplificar o que estou querendo dizer. O PC do B fez a Guerrilha do Araguaia no início dos anos 70. Ao mesmo tempo em que significava uma resistência armada ao regime militar, propugnava a implantação de um comunismo nos moldes soviéticos. Isso é inegável. Mas a guerrilha foi exterminada, o tempo passou, o comunismo soviético caiu e o PC do B refez seus paradigmas. Hoje é um partido que defende o socialismo democrático. Conheço muitos militantes do partido que foram capazes de entender que o tempo passou e o mundo mudou. Menos esse único militante que gerou constrangimentos ao defender a revolução armada. Tudo o que o partido não quer. Ele não percebeu a mudança do tempo, dos projetos e da vida.
O meu servo Moisés está morto. Agora você... O início do livro de Josué nos fala sobre isso. Ao se dirigir ao novo líder do Seu povo, Deus mostra que o tempo agora é outro: Moisés está morto. Não adianta ao povo buscar um modelo de vida e liderança como tinha sob Moisés. O escolhido para liderar é Josué. Josué é alguém diferente de Moisés, com outro estilo de vida. Nem ele pode querer imitar o antigo mestre, nem o povo pode querer esperar dele a mesma forma de liderar, o mesmo carisma, as mesmas coisas que via em Moisés. Deus pára tudo para que o povo e Josué possam perceber a passagem e a mudança do tempo. Moisés está morto. Agora o tempo é outro. Agora é com Josué.
Modelos e paradigmas se superam. Precisamos estar atentos sempre a isso. Deus sempre está trazendo à luz coisas novas. Ele não é Deus de coisas caducas, mas de novíssima ação. Pela Sua graça, Ele faz coisas novas apropriadas a cada novo tempo. É isso que Ele diz pelo profeta: Não fiquem lembrando do que aconteceu no passado, não continuem pensando nas coisas que fiz há muito tempo Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão (Is. 43. 18 – 19). Nos dias de Isaías, era hora de parar de lembrar dos feitos passados do Senhor para livrar Seu povo do Egito e conduzí-lo à Canaã; agora é hora de olhar para frente e esperar o novo que o Senhor vai fazer, a libertação que Ele dará ao povo.
O que Deus diz ao povo sob a nova liderança de Josué é que eles devem esquecer o que aconteceu antes: Josué não é Moisés, Canaã não é o deserto, o tempo não é o mesmo. Não dá para querer que Josué repita Moisés, pois ele está morto. Agora é um novo tempo: tempo de guerra, tempo de conquista, tempo de se fixar na terra prometida.
Se esquecermos que Deus é Deus de novidade corremos o risco de cairmos no mesmo ridículo que vemos nos militantes que ainda são capazes de defender uma luta armada em um momento em que qualquer perspectiva de uma vida assim já passou. É preciso estarmos atentos aos novos tempos, às novas ações do Senhor. Precisamos perceber que o Deus de Jesus é o que faz, sempre, novas todas as coisas. Até mesmo os nossos modelos de vida, nossos planos e nossas formas de compreender o mundo em que estamos.
Pode ser que estejamos desperdiçando aquilo de maravilhoso que o Senhor quer nos dar apenas porque não estamos nos permitindo viver os novos tempos para os quais Ele nos conduziu. Queremos viver ainda ontem, esquecendo que o nosso Deus nos traz a novos lugares e à novidade de vida. O mundo muda e nós somos conduzidos sempre à novidade na vida com Jesus. Basta abrir o peito e a mente a isso, sendo sempre conduzidos pelo Vento do Espírito. É a pena outra vez, sendo levada pelo Sopro de Deus.
27.10.05
Constante busca
Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor
Amós 8. 11
Vivemos em constante busca. Faz parte da natureza do ser humano, aparentemente, traçar alvos e objetivos e lutar a fim de alcançá-los. Somos seres que caçam e buscam, desde os primórdios, que desejam o sucesso e a realização pessoal.
E é essa busca que nos impulsiona um sentimento religioso. Percebemos facilmente os limites de nossos anseios. Por mais que queiramos ultrapassar, não podemos superar as barreiras de tempo e espaço. Mesmo que com invenções cada vez mais engenhosas tenhamos, ao passar das eras, encurtado distâncias e tempos – seja ao voar em um Concorde, seja ao assistir à CNN na tevê, seja ao manter um bate-papo com um amigo do outro lado do mundo – a extensão de nossos limites só nos tem conduzido a entender que eles são mais firmes e instransponíveis, ainda que mais distantes. Quando mais estendemos, como seres humanos, a nossa esfera de ação, mais nos apercebemos de nossa pequenez e limitações.
A nossa principal limitação é a própria vida. A luta do homem sempre pode ser traduzida por uma busca de imortalidade, a tentativa de estender sua existência ilimitadamente na superfície da terra. Se no início do século passado a maior parte das pessoas mal superava os trinta ou quarenta anos de idade, o avanço tecnológico e as melhorias das condições de vida nos fazem perceber que, atualmente, morre jovem quem morre com menos de 60 anos. Ainda assim, há um limite que nos angustia. Não conseguimos vencer a morte.
Somos seres limitados no tempo e no espaço. Por isso, somos seres em busca. Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor. Parece que está na nossa programação o entendimento que só há uma forma de superar os nossos limites, em especial aquele imposto pela limitação da nossa vida, a morte. Parece que, como seres criados por Deus, percebemos fácil que a fonte de uma vida plena e ilimitada em tempos ou espaços é a relação pessoal com Deus, por meio de Sua Palavra. Deus põe no coração de todos, mesmo que alguns não a deixem aflorar, uma fome tremenda por ouvir a Sua mensagem. É essa Palavra que pode nos trazer a vida.
A Palavra da Vida não pode ser, então, desprezada ou questionada por quem quer que seja. Ela é, verdadeiramente, o alvo final de nossas buscas. Ele, que é o próprio Deus revelado em Jesus (Jo.1. 1), é a resposta absoluta a todos os nossos anseios. A única coisa que realmente nos alimenta e que verdadeiramente necessitamos. Precisamos da Palavra de Deus, ser alimentados por ela, ouvirmos e pormos em prática. Se há uma chance de uma vida sem limites, e não apenas com os limites estendidos, é por meio dessa Palavra da Vida.
Por isso, alimente a sua fome por mais de Deus. Corra em busca de sua insaciável sede. Quanto mais de Deus você experimentar, mais você perceberá que há a ser experimentado. Mesmo que dentro do seu peito e em sua consciência tudo pareça confuso, não abandone a sua constante busca. Somente ela e a Palavra da Vida achada têm poder para dirimir suas dúvidas e acalmar o tumulto de Sua consciência.
Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor. Parece que queremos muitas coisas diversas. Parece que temos diferentes formas de fome e sede. Mas todas elas se resumem à nossa carência e necessidade de ouvir e se saciar – o que redunda em mais fome e sede – a Palavra da Vida do Senhor.
Por isso, não temos razão para rejeitá-la. A Palavra da Vida do Senhor pode não ser prazer às vezes, mas é sinal de que somos, ainda, Seus filhos e alvos dos Seus cuidados. Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como recompensa uma vida correta e de paz (Hb. 12. 11). Nenhum motivo é justo para desistirmos de nossa busca por mais do Senhor e de Sua Palavra. Ainda que seja uma aparente rejeição ou uma palavra dura de disciplina e correção. Ainda assim, são Palavras de vida e virar-lhes às costas é optar pelo caminho limitado. O caminho de morte e desesperança. De uma sede que jamais poderá ser saciada e nos conduzirá à morte. O caminho da vida é a busca por mais da Palavra de Deus, mesmo que ela não seja sempre agradável a mim e a você.
Amós 8. 11
Vivemos em constante busca. Faz parte da natureza do ser humano, aparentemente, traçar alvos e objetivos e lutar a fim de alcançá-los. Somos seres que caçam e buscam, desde os primórdios, que desejam o sucesso e a realização pessoal.
E é essa busca que nos impulsiona um sentimento religioso. Percebemos facilmente os limites de nossos anseios. Por mais que queiramos ultrapassar, não podemos superar as barreiras de tempo e espaço. Mesmo que com invenções cada vez mais engenhosas tenhamos, ao passar das eras, encurtado distâncias e tempos – seja ao voar em um Concorde, seja ao assistir à CNN na tevê, seja ao manter um bate-papo com um amigo do outro lado do mundo – a extensão de nossos limites só nos tem conduzido a entender que eles são mais firmes e instransponíveis, ainda que mais distantes. Quando mais estendemos, como seres humanos, a nossa esfera de ação, mais nos apercebemos de nossa pequenez e limitações.
A nossa principal limitação é a própria vida. A luta do homem sempre pode ser traduzida por uma busca de imortalidade, a tentativa de estender sua existência ilimitadamente na superfície da terra. Se no início do século passado a maior parte das pessoas mal superava os trinta ou quarenta anos de idade, o avanço tecnológico e as melhorias das condições de vida nos fazem perceber que, atualmente, morre jovem quem morre com menos de 60 anos. Ainda assim, há um limite que nos angustia. Não conseguimos vencer a morte.
Somos seres limitados no tempo e no espaço. Por isso, somos seres em busca. Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor. Parece que está na nossa programação o entendimento que só há uma forma de superar os nossos limites, em especial aquele imposto pela limitação da nossa vida, a morte. Parece que, como seres criados por Deus, percebemos fácil que a fonte de uma vida plena e ilimitada em tempos ou espaços é a relação pessoal com Deus, por meio de Sua Palavra. Deus põe no coração de todos, mesmo que alguns não a deixem aflorar, uma fome tremenda por ouvir a Sua mensagem. É essa Palavra que pode nos trazer a vida.
A Palavra da Vida não pode ser, então, desprezada ou questionada por quem quer que seja. Ela é, verdadeiramente, o alvo final de nossas buscas. Ele, que é o próprio Deus revelado em Jesus (Jo.1. 1), é a resposta absoluta a todos os nossos anseios. A única coisa que realmente nos alimenta e que verdadeiramente necessitamos. Precisamos da Palavra de Deus, ser alimentados por ela, ouvirmos e pormos em prática. Se há uma chance de uma vida sem limites, e não apenas com os limites estendidos, é por meio dessa Palavra da Vida.
Por isso, alimente a sua fome por mais de Deus. Corra em busca de sua insaciável sede. Quanto mais de Deus você experimentar, mais você perceberá que há a ser experimentado. Mesmo que dentro do seu peito e em sua consciência tudo pareça confuso, não abandone a sua constante busca. Somente ela e a Palavra da Vida achada têm poder para dirimir suas dúvidas e acalmar o tumulto de Sua consciência.
Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor. Parece que queremos muitas coisas diversas. Parece que temos diferentes formas de fome e sede. Mas todas elas se resumem à nossa carência e necessidade de ouvir e se saciar – o que redunda em mais fome e sede – a Palavra da Vida do Senhor.
Por isso, não temos razão para rejeitá-la. A Palavra da Vida do Senhor pode não ser prazer às vezes, mas é sinal de que somos, ainda, Seus filhos e alvos dos Seus cuidados. Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como recompensa uma vida correta e de paz (Hb. 12. 11). Nenhum motivo é justo para desistirmos de nossa busca por mais do Senhor e de Sua Palavra. Ainda que seja uma aparente rejeição ou uma palavra dura de disciplina e correção. Ainda assim, são Palavras de vida e virar-lhes às costas é optar pelo caminho limitado. O caminho de morte e desesperança. De uma sede que jamais poderá ser saciada e nos conduzirá à morte. O caminho da vida é a busca por mais da Palavra de Deus, mesmo que ela não seja sempre agradável a mim e a você.
Desordem e caos
Naquele dia, haverá uma fonte jorrando água, e ali os descendentes de Davi e os outros moradores de Jerusalém poderão se lavar de todos os pecados e de todas as impurezas. (...) Eu os purificarei como se purifica a prata e os refinarei como se refina o ouro.
Zacarias 13. 1 e 9
Dias atrás assisti a um documentário do Discovery Channel em que se falava acerca do planeta Júpiter. Eu não sabia que o maior planeta do sistema solar não tem superfície sólida: Júpiter é uma boa gigantesca de gás. E eu também não sabia que aquela mancha vermelha que muitos de nós já vimos um pouco abaixo do seu Equador é uma enorme tempestade que começou cerca de trezentos anos atrás e não acabou até agora.
Os gases que compõem Júpiter estão em intensa atividade e exercem incalculável pressão. Qualquer corpo sólido que, porventura, penetre na sua atmosfera se desmaterializa, por força da pressão, ainda nas primeiras camadas de gás que atravessa. Os gases que formam o gigantesco planeta têm atividade incalculável. Fiquei imaginando que, por baixo das aparências, Júpiter deve ser a melhor tradução de caos e desordem.
Hoje, enquanto orava, comecei a pensar no que alguém veria se pudesse olhar dentro de mim, por baixo das aparências. Lembrei-me do planeta gigante. Ao olhar para dentro de mim mesmo, vejo refletido ali a mesma desordem e o mesmo caos que se escondem debaixo da beleza de Júpiter.
Dentro mim sopram ventos de velocidades incalculáveis. Dentro de mim há pressões capazes de destruir quaisquer elementos que consigam penetrar o meu mais denso interior. Dentro de mim não parece existir qualquer coisa de sólido. E há uma grande tempestade, constante já há tempos, que se assemelha a uma grande mancha vermelha: o pecado.
Mas parece que no mais absoluto interior do meu coração, por baixo das nuvens densas de nuvens, por trás das piores tempestades de vento, eu vejo uma figura cada vez mais enorme à medida em que se aumentam as manchas e ventos. Fortalecido com a pressão interna, o meu ego cresce e se constitui em uma enorme estatua a quem procuro adorar e que me afasta ainda mais do centro da vontade de Deus. A egolatria, manifestação religiosa do meu egoísmo que tributa louvor àquela minha estatua erigida no meu peito, é caminho de morte. Ela se alimenta do meu caos e ela alimenta a minha desordem.
Em cena famosa de O advogado do diabo, o demônio vivido por Al Pacino diz ser a vaidade – um outro apelido da egolatria – seu pecado favorito. É o pecado de onde tendem a brotar todos os outros e é o pecado que nos conduz, faceiros, no caminho de morte, traçado pelo nosso inimigo. É a vaidade que faz de nosso interior caos e desordem assemelhados àqueles manifestos nos céus de Júpiter.
Naquele dia, haverá uma fonte jorrando água, e ali os descendentes de Davi e os outros moradores de Jerusalém poderão se lavar de todos os pecados e de todas as impurezas. Quando olho dentro de mim e só contemplo caos e desordem – caminho de morte –, tento me lembrar de que ainda não sofri uma sentença final. Posso, ainda, me voltar para o Deus do céu, que é cheio de graça e misericórdia, e ser restaurado do meu tumulto interior por Sua ação direta. Ação que começa com o perdão. Deus dispõe uma fonte – o próprio Jesus – de onde brota água límpida que nos lavará de toda iniqüidade e pecado, que nos restaurará de toda impureza. Para experimentarmos isso, basta nos voltarmos, prostrados, para diante do Deus vivo que nos chama.
Somos chamados a irmos quebrantados para diante do Pai. É preciso que quebremos, com nossas mãos, a estátua que adoramos em nosso coração. É preciso nos humilharmos. Caso optemos por não fazê-lo, Ele virá nos humilhar: Eu os purificarei como se purifica a prata e os refinarei como se refina o ouro. Se preciso for, Ele nos fará passar no fogo para nos limpar. Precisamos entender que Deus fará o que for necessário para que se cumpra em nós o que é Sua vontade. Cabe a nós, no entanto, escolher se vamos optar pelo caminho mais fácil.
Há um tumulto dentro de mim. Gases quentes, caos e desordem. Para dissipar essas grandes tempestades, só me resta vir, quebrantado e humilhado, buscar a fonte de vida que está em Jesus. Somente em comunhão com Ele, poderei beber da água purificadora. Somente andando com Jesus, serei lavado na fonte do Senhor. Somente Jesus pode repreender o caos e a desordem do meu peito.
Zacarias 13. 1 e 9
Dias atrás assisti a um documentário do Discovery Channel em que se falava acerca do planeta Júpiter. Eu não sabia que o maior planeta do sistema solar não tem superfície sólida: Júpiter é uma boa gigantesca de gás. E eu também não sabia que aquela mancha vermelha que muitos de nós já vimos um pouco abaixo do seu Equador é uma enorme tempestade que começou cerca de trezentos anos atrás e não acabou até agora.
Os gases que compõem Júpiter estão em intensa atividade e exercem incalculável pressão. Qualquer corpo sólido que, porventura, penetre na sua atmosfera se desmaterializa, por força da pressão, ainda nas primeiras camadas de gás que atravessa. Os gases que formam o gigantesco planeta têm atividade incalculável. Fiquei imaginando que, por baixo das aparências, Júpiter deve ser a melhor tradução de caos e desordem.
Hoje, enquanto orava, comecei a pensar no que alguém veria se pudesse olhar dentro de mim, por baixo das aparências. Lembrei-me do planeta gigante. Ao olhar para dentro de mim mesmo, vejo refletido ali a mesma desordem e o mesmo caos que se escondem debaixo da beleza de Júpiter.
Dentro mim sopram ventos de velocidades incalculáveis. Dentro de mim há pressões capazes de destruir quaisquer elementos que consigam penetrar o meu mais denso interior. Dentro de mim não parece existir qualquer coisa de sólido. E há uma grande tempestade, constante já há tempos, que se assemelha a uma grande mancha vermelha: o pecado.
Mas parece que no mais absoluto interior do meu coração, por baixo das nuvens densas de nuvens, por trás das piores tempestades de vento, eu vejo uma figura cada vez mais enorme à medida em que se aumentam as manchas e ventos. Fortalecido com a pressão interna, o meu ego cresce e se constitui em uma enorme estatua a quem procuro adorar e que me afasta ainda mais do centro da vontade de Deus. A egolatria, manifestação religiosa do meu egoísmo que tributa louvor àquela minha estatua erigida no meu peito, é caminho de morte. Ela se alimenta do meu caos e ela alimenta a minha desordem.
Em cena famosa de O advogado do diabo, o demônio vivido por Al Pacino diz ser a vaidade – um outro apelido da egolatria – seu pecado favorito. É o pecado de onde tendem a brotar todos os outros e é o pecado que nos conduz, faceiros, no caminho de morte, traçado pelo nosso inimigo. É a vaidade que faz de nosso interior caos e desordem assemelhados àqueles manifestos nos céus de Júpiter.
Naquele dia, haverá uma fonte jorrando água, e ali os descendentes de Davi e os outros moradores de Jerusalém poderão se lavar de todos os pecados e de todas as impurezas. Quando olho dentro de mim e só contemplo caos e desordem – caminho de morte –, tento me lembrar de que ainda não sofri uma sentença final. Posso, ainda, me voltar para o Deus do céu, que é cheio de graça e misericórdia, e ser restaurado do meu tumulto interior por Sua ação direta. Ação que começa com o perdão. Deus dispõe uma fonte – o próprio Jesus – de onde brota água límpida que nos lavará de toda iniqüidade e pecado, que nos restaurará de toda impureza. Para experimentarmos isso, basta nos voltarmos, prostrados, para diante do Deus vivo que nos chama.
Somos chamados a irmos quebrantados para diante do Pai. É preciso que quebremos, com nossas mãos, a estátua que adoramos em nosso coração. É preciso nos humilharmos. Caso optemos por não fazê-lo, Ele virá nos humilhar: Eu os purificarei como se purifica a prata e os refinarei como se refina o ouro. Se preciso for, Ele nos fará passar no fogo para nos limpar. Precisamos entender que Deus fará o que for necessário para que se cumpra em nós o que é Sua vontade. Cabe a nós, no entanto, escolher se vamos optar pelo caminho mais fácil.
Há um tumulto dentro de mim. Gases quentes, caos e desordem. Para dissipar essas grandes tempestades, só me resta vir, quebrantado e humilhado, buscar a fonte de vida que está em Jesus. Somente em comunhão com Ele, poderei beber da água purificadora. Somente andando com Jesus, serei lavado na fonte do Senhor. Somente Jesus pode repreender o caos e a desordem do meu peito.
25.10.05
Será que somos povo?
Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais humildes como as mais importantes.
Hebreus 8. 11
O autor de Hebreus entende uma coisa muito claramente a respeito do povo que vive a dimensão da Nova Aliança firmada em Jesus: o povo da Nova Aliança conhece o Senhor e não precisa ser desafiado a conhecê-Lo no seu dia a dia. Conhecer ao Senhor será uma coisa natural para o povo de Deus. Mais que isso: o povo de Deus deve ser reconhecido como composto pelas pessoas que conhecem ao Senhor a ponto de poder torná-lo plenamente conhecido.
Obviamente, nos colocamos em uma situação difícil. Porque não é raro você se deparar com um monte de gente em nossas igrejas que, por mais cargos que ocupe ou por mais tempo que conviva nas comunidades religiosas, tem nitidamente estampado em seus rostos o profundo desconhecimento do Deus de Israel. Quantos de nós estamos nas igrejas sem conhecer, verdadeiramente, o Deus que se revela em Jesus Cristo? O fato de que Deus convoca tantas e tantas vezes o Seu povo para conhecê-Lo melhor testemunha de que são poucos os que realmente O conhecem entre os que levam o Seu nome.
As causas desse desconhecimento e desconexão entre nós e o nosso Pai – a nossa falta de relacionamento íntimo e profundo com Ele – não são difíceis de constatar. Quantos de nós reservamos a oração e a comunhão com Ele por meio da Palavra – formas praticamente únicas de nos aproximarmos e conhecermos o Pai – a um plano eminentemente secundário em nossas vidas? Quantos de nós não fazemos parte do grupo que não conhece a Deus verdadeiramente – sendo incapaz de ouvir a Sua voz e orientação – e nem se esforçam, pouco que seja, para conhecê-lo? Será que vivendo assim somos, realmente, povo de Deus?
Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais humildes como as mais importantes. O texto me diz que o povo da Nova Aliança em Jesus não precisa ser lembrado ou ensinado sobre conhecer a Deus porque todos O conhecem. Mas sabemos que isso não traduz a mais profunda realidade de nossas comunidades. E, provavelmente, esse será um fator para a pouca efetividade que temos, como cristãos, no enfrentamento dos problemas do mundo e na proclamação da transformação pela pregação do Reino. Não temo afirmar que influenciamos pouco nas questões decisivas de implementação da vontade de Deus no mundo porque somos muitos crentes, mas poucos dispostos a conhecer a Deus e fazer parte do povo da Nova Aliança em nossas igrejas. Conhecemos pouco ao Deus que dizemos seguir e manifestamos menos ainda a Sua graça e presença ao mundo.
É um quadro preocupante quando olhamos para nossas vidas e nosso coração e constatamos que lugar o desejo de comunhão e vida íntima com Senhor ocupa. É muito difícil imaginarmo-nos conhecendo alguém com quem não convivemos. Mas é essa a opção que temos escolhido. A oração tem sido deixada de lado, como se fosse privilégio de uns poucos chamados à vida de intercessão. A leitura e meditação na Palavra, que caracteriza o homem feliz do Salmo 1, é tão negligenciada por nós que muitos têm chamado a atual geração de cristãos de analfabetos bíblicos. Como alguém poderá se sentir um feliz, segundo os termos do Salmo 1, se não é alguém que se dedica à constante leitura e meditação da Lei?
Essa é uma acusação primeiramente contra mim mesmo. Como posso querer ser conhecido como povo da Nova Aliança se, tantas vezes, sinto o Senhor Jesus um profundo desconhecido a mim? Mas sei que tomar parte dessa aliança de vida implica em conhecê-Lo em profundidade. Por isso o meu desejo máximo na vida tem sido esse. Acima de tudo, quero conhecer ao Senhor. Acima de tudo, quero ser reconhecido como alguém que O conhece e dedica a sua vida a conhecê-Lo mais. Sei que é uma geração assim que Deus quer ver brotar no meio do Seu povo. Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais humildes como as mais importantes.
Hebreus 8. 11
O autor de Hebreus entende uma coisa muito claramente a respeito do povo que vive a dimensão da Nova Aliança firmada em Jesus: o povo da Nova Aliança conhece o Senhor e não precisa ser desafiado a conhecê-Lo no seu dia a dia. Conhecer ao Senhor será uma coisa natural para o povo de Deus. Mais que isso: o povo de Deus deve ser reconhecido como composto pelas pessoas que conhecem ao Senhor a ponto de poder torná-lo plenamente conhecido.
Obviamente, nos colocamos em uma situação difícil. Porque não é raro você se deparar com um monte de gente em nossas igrejas que, por mais cargos que ocupe ou por mais tempo que conviva nas comunidades religiosas, tem nitidamente estampado em seus rostos o profundo desconhecimento do Deus de Israel. Quantos de nós estamos nas igrejas sem conhecer, verdadeiramente, o Deus que se revela em Jesus Cristo? O fato de que Deus convoca tantas e tantas vezes o Seu povo para conhecê-Lo melhor testemunha de que são poucos os que realmente O conhecem entre os que levam o Seu nome.
As causas desse desconhecimento e desconexão entre nós e o nosso Pai – a nossa falta de relacionamento íntimo e profundo com Ele – não são difíceis de constatar. Quantos de nós reservamos a oração e a comunhão com Ele por meio da Palavra – formas praticamente únicas de nos aproximarmos e conhecermos o Pai – a um plano eminentemente secundário em nossas vidas? Quantos de nós não fazemos parte do grupo que não conhece a Deus verdadeiramente – sendo incapaz de ouvir a Sua voz e orientação – e nem se esforçam, pouco que seja, para conhecê-lo? Será que vivendo assim somos, realmente, povo de Deus?
Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais humildes como as mais importantes. O texto me diz que o povo da Nova Aliança em Jesus não precisa ser lembrado ou ensinado sobre conhecer a Deus porque todos O conhecem. Mas sabemos que isso não traduz a mais profunda realidade de nossas comunidades. E, provavelmente, esse será um fator para a pouca efetividade que temos, como cristãos, no enfrentamento dos problemas do mundo e na proclamação da transformação pela pregação do Reino. Não temo afirmar que influenciamos pouco nas questões decisivas de implementação da vontade de Deus no mundo porque somos muitos crentes, mas poucos dispostos a conhecer a Deus e fazer parte do povo da Nova Aliança em nossas igrejas. Conhecemos pouco ao Deus que dizemos seguir e manifestamos menos ainda a Sua graça e presença ao mundo.
É um quadro preocupante quando olhamos para nossas vidas e nosso coração e constatamos que lugar o desejo de comunhão e vida íntima com Senhor ocupa. É muito difícil imaginarmo-nos conhecendo alguém com quem não convivemos. Mas é essa a opção que temos escolhido. A oração tem sido deixada de lado, como se fosse privilégio de uns poucos chamados à vida de intercessão. A leitura e meditação na Palavra, que caracteriza o homem feliz do Salmo 1, é tão negligenciada por nós que muitos têm chamado a atual geração de cristãos de analfabetos bíblicos. Como alguém poderá se sentir um feliz, segundo os termos do Salmo 1, se não é alguém que se dedica à constante leitura e meditação da Lei?
Essa é uma acusação primeiramente contra mim mesmo. Como posso querer ser conhecido como povo da Nova Aliança se, tantas vezes, sinto o Senhor Jesus um profundo desconhecido a mim? Mas sei que tomar parte dessa aliança de vida implica em conhecê-Lo em profundidade. Por isso o meu desejo máximo na vida tem sido esse. Acima de tudo, quero conhecer ao Senhor. Acima de tudo, quero ser reconhecido como alguém que O conhece e dedica a sua vida a conhecê-Lo mais. Sei que é uma geração assim que Deus quer ver brotar no meio do Seu povo. Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais humildes como as mais importantes.
24.10.05
Minha história
Ele [Jesus] fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte.
Hebreus 2. 14
Há alguns meses eu já sabia que, independente do resultado da votação de ontem, era isso que escreveria neste 24 de outubro. Entrei na campanha do desarmamento em maio e, desde o início, independente dos motivos sociais que me deixavam profundamente convicto da escolha correta, tive a mais pura convicção de que estava envolvido com aquilo muito mais de uma perspectiva ministerial. Deus me vocacionara para a tarefa. E, dia a dia, Ele foi me guiando em toda a caminhada, mesmo na campanha pela votação derrotada de ontem.
No dia 20 de maio deste ano, enquanto estava em uma reunião de minha base de pesquisa na universidade, um irmão querido me ligou. Era o fim da tarde daquela sexta-feira quando ele me chamou para uma reunião na manhã seguinte, em uma igreja. Como já tinha, por motivos diversos, dito não em algumas ocasiões a ele, me senti compelido a aceitar e ir para a reunião, que trataria sobre o desarmamento. Eu hoje posso dizer que não tinha a menor idéia do que se tratava a reunião.
No sábado pela manhã, Deus me pegou pela palavra. Antes de sair de casa, comentei com minha família que lamentava não ter tomado parte das lutas pela democratização do Brasil. Ao terminar de falar, disse que ainda restava uma luta na qual ainda podia me envolver: a luta contra a desigualdade social. Deus me pegou por essa palavra, porque quando cheguei à reunião percebi que a questão do desarmamento era muito mais do que simplesmente recolher armas da sociedade – coisa que poucos brasileiros entenderam na votação de ontem. Eu me vi naquela manhã no meio de pessoas que, por anos, têm lutado contra a desigualdade, por um país mais justo. Pessoas que têm perspectiva de que precisam enfrentar as causas da violência. Imediatamente percebi que a questão do desarmamento era muito mais ampla que jamais podia ter imaginado. Muitas outras questões a perpassavam. Mais que isso: Deus me falou nitidamente ao coração que aquela oportunidade respondia às minhas palavras de mais cedo. Não podia fugir ao Seu chamado. Tu és mais forte do que eu e me dominaste (Jr. 20. 7).
Ao mesmo tempo em que percebi a questão social mais ampla envolvida no desarmamento – e que era clara na mente de todos os religiosos e militantes que ali estavam – comecei a discernir a questão espiritual envolvida. Sobre ela, eu jamais discorri em qualquer debate ou em outra circunstância. Mas os meses só foram me confirmando a certeza de que essa era uma luta, não contra seres humanos simplesmente, mas contra poderes espirituais do mal nas regiões celestes (Ef. 6. 12). Afinal, nossa luta era contra uma indústria que lucra com a morte dos outros: Ele [Jesus] fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte. Nossa luta era para salvar vidas contra forças espirituais que se esforçam por destruí-las. Nossa luta era para manifestar a vitória de Jesus contra as forças da morte do diabo.
Um dos momentos mais marcantes para mim nessa caminhada foi numa manhã de segunda-feira no mês de junho. Eu voltava de uma reunião do comitê quando, por incrível que pareça, escorreguei em uma casca de banana. No dia anterior, eu havia pregado na minha igreja uma mensagem bíblica sobre compromisso social. A Palavra que Deus dera fora tão radical que uma irmã chegou a me contradizer durante a pregação. Já falei sobre essa experiência alguns meses atrás. Sabia que estava mexendo em ninho de vespas. Deus me mostrara em vários sonhos as tentativas que o Diabo, que tem poder sobre a morte, estava levantando contra a minha vida. Naquela segunda, eu escorreguei em uma casca de banana e não encostei nada do meu corpo no chão, a não ser minha mão esquerda que ralou na calçada. No mesmo instante, Deus me falou ao coração com clareza que aquela tinha sido uma seta lançada pelo maligno, mas que Ele me dera livramento. Eu escorrei em uma calçada e, por pouco, não batia minha cabeça no meio fio. Mas, como marca desse livramento, trago em mim a cicatriz para o resto da minha vida. Eu sorria enquanto as pessoas se preocupavam com a ferida na minha mão porque sabia o que havia acontecido, o que significava. Ao mesmo tempo em que se tratava de um claro livramento de Deus para mim, era também o sinal mais claro de que, do ponto de vista espiritual, o meu envolvimento com a causa social do desarmamento estava incomodando as forças das trevas. Eu sorria porque me sabia no centro da vontade de Deus.
Quando se aproximou a campanha eleitoral, percebemos o jogo sujo que estava para ser jogado. E como não podia deixar de ser, o pai da mentira usou inúmeros subterfúgios para manipular a opinião pública brasileira. Nunca imaginei que ainda fosse possível um jogo eleitoral com tamanha quantidade de mentiras. Mas quando me deparava com isso era ainda mais consciente de que estava em uma batalha espiritual.
Tenho a mais absoluta convicção de que ontem o Brasil não experimentou um simples referendo: tratou-se da mais intensa batalha espiritual. Por isso, não me surpreendia quando eu via muitos crentes acreditando na vigorosa propaganda subliminar e nos efeitos de sentido discursivos da campanha vencedora. Se alguém podia vencer a batalha de ontem seria a igreja unida em oração. Mas, como em toda luta espiritual, Satanás e suas hostes trataram de dissipar o exército intercessor, fazendo o que é de sua natureza: mentindo, enganando. E um exército enfraquecido foi à luta, uma vez que muitos cristãos cederam ao outro lado. O diabo faz tudo para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus (Mt. 24. 24).
Era preciso ter olhos espirituais para perceber do que estava se tratando, mas não apresentei, propositalmente, essa perspectiva nos debates de que participei. Sabia que deveria deixar para expô-la após o pleito. Mas todas as vezes em que, ao debater com alguém, convencia-o de que o que estava acreditando não tinha fundamento (o que aconteceu várias vezes), qual não era a minha surpresa ao perceber que a pessoa dizia: Você está certo, mas ainda assim vou votar não! As pessoas percebiam estar acreditando em mentiras, mas ainda assim mantinham-se cegas pelo não. Força das trevas, ação do mal.
A força contra a qual nos levantamos ontem em oração não foi a força do dinheiro da Taurus. Foi a força de principados e potestades que têm submetido o país no mar de violência em que nos encontramos. Os poderes espirituais do mal que atuam na disseminação da violência e na indústria da morte foram muito eficazes na propagação do medo, revolta e raiva.
Era impressionante como a gente se deparava com tanta gente raivosa nos debates nos quais me envolvi. As expressões dos rostos e a intransigência das falas, apesar da disposição democrática de todos os que fizemos a campanha em Natal, podiam ser facilmente confundidas, em um ambiente eclesiástico, com possessões. Não estou exagerando. Algumas pessoas pareciam dominadas por paixões primitivas, próximas àquelas que manifestam os endemoninhados, quando defendiam o não em alguns momentos. E, mesmo que convencidos da falsidade de seus pressupostos, reafirmavam a decisão passional de seu voto. Não pareciam decisões firmadas em qualquer motivo racional, mas parecia influência espiritual.
Intercedi bastante pela votação de ontem, mas estava certo de que não era o suficiente. O diabo venceu a luta dividindo a igreja por meio do engano. Desde o início da minha história nesse movimento, em maio deste ano, era consciente da dimensão da batalha espiritual em que estava inserido. Sabia que se perdêssemos o referendo, o perderíamos na (falta) de oração. Enfrentamos adversários poderosos, mas já derrotados – poderes espirituais por trás da indústria da morte, maior segmento econômico do planeta –, mas os cristãos enganados se dividiram e não cerraram fileiras para que se manifestasse em nosso meio a vitória eterna de Jesus: Ele [Jesus] fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte.
Hebreus 2. 14
Há alguns meses eu já sabia que, independente do resultado da votação de ontem, era isso que escreveria neste 24 de outubro. Entrei na campanha do desarmamento em maio e, desde o início, independente dos motivos sociais que me deixavam profundamente convicto da escolha correta, tive a mais pura convicção de que estava envolvido com aquilo muito mais de uma perspectiva ministerial. Deus me vocacionara para a tarefa. E, dia a dia, Ele foi me guiando em toda a caminhada, mesmo na campanha pela votação derrotada de ontem.
No dia 20 de maio deste ano, enquanto estava em uma reunião de minha base de pesquisa na universidade, um irmão querido me ligou. Era o fim da tarde daquela sexta-feira quando ele me chamou para uma reunião na manhã seguinte, em uma igreja. Como já tinha, por motivos diversos, dito não em algumas ocasiões a ele, me senti compelido a aceitar e ir para a reunião, que trataria sobre o desarmamento. Eu hoje posso dizer que não tinha a menor idéia do que se tratava a reunião.
No sábado pela manhã, Deus me pegou pela palavra. Antes de sair de casa, comentei com minha família que lamentava não ter tomado parte das lutas pela democratização do Brasil. Ao terminar de falar, disse que ainda restava uma luta na qual ainda podia me envolver: a luta contra a desigualdade social. Deus me pegou por essa palavra, porque quando cheguei à reunião percebi que a questão do desarmamento era muito mais do que simplesmente recolher armas da sociedade – coisa que poucos brasileiros entenderam na votação de ontem. Eu me vi naquela manhã no meio de pessoas que, por anos, têm lutado contra a desigualdade, por um país mais justo. Pessoas que têm perspectiva de que precisam enfrentar as causas da violência. Imediatamente percebi que a questão do desarmamento era muito mais ampla que jamais podia ter imaginado. Muitas outras questões a perpassavam. Mais que isso: Deus me falou nitidamente ao coração que aquela oportunidade respondia às minhas palavras de mais cedo. Não podia fugir ao Seu chamado. Tu és mais forte do que eu e me dominaste (Jr. 20. 7).
Ao mesmo tempo em que percebi a questão social mais ampla envolvida no desarmamento – e que era clara na mente de todos os religiosos e militantes que ali estavam – comecei a discernir a questão espiritual envolvida. Sobre ela, eu jamais discorri em qualquer debate ou em outra circunstância. Mas os meses só foram me confirmando a certeza de que essa era uma luta, não contra seres humanos simplesmente, mas contra poderes espirituais do mal nas regiões celestes (Ef. 6. 12). Afinal, nossa luta era contra uma indústria que lucra com a morte dos outros: Ele [Jesus] fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte. Nossa luta era para salvar vidas contra forças espirituais que se esforçam por destruí-las. Nossa luta era para manifestar a vitória de Jesus contra as forças da morte do diabo.
Um dos momentos mais marcantes para mim nessa caminhada foi numa manhã de segunda-feira no mês de junho. Eu voltava de uma reunião do comitê quando, por incrível que pareça, escorreguei em uma casca de banana. No dia anterior, eu havia pregado na minha igreja uma mensagem bíblica sobre compromisso social. A Palavra que Deus dera fora tão radical que uma irmã chegou a me contradizer durante a pregação. Já falei sobre essa experiência alguns meses atrás. Sabia que estava mexendo em ninho de vespas. Deus me mostrara em vários sonhos as tentativas que o Diabo, que tem poder sobre a morte, estava levantando contra a minha vida. Naquela segunda, eu escorreguei em uma casca de banana e não encostei nada do meu corpo no chão, a não ser minha mão esquerda que ralou na calçada. No mesmo instante, Deus me falou ao coração com clareza que aquela tinha sido uma seta lançada pelo maligno, mas que Ele me dera livramento. Eu escorrei em uma calçada e, por pouco, não batia minha cabeça no meio fio. Mas, como marca desse livramento, trago em mim a cicatriz para o resto da minha vida. Eu sorria enquanto as pessoas se preocupavam com a ferida na minha mão porque sabia o que havia acontecido, o que significava. Ao mesmo tempo em que se tratava de um claro livramento de Deus para mim, era também o sinal mais claro de que, do ponto de vista espiritual, o meu envolvimento com a causa social do desarmamento estava incomodando as forças das trevas. Eu sorria porque me sabia no centro da vontade de Deus.
Quando se aproximou a campanha eleitoral, percebemos o jogo sujo que estava para ser jogado. E como não podia deixar de ser, o pai da mentira usou inúmeros subterfúgios para manipular a opinião pública brasileira. Nunca imaginei que ainda fosse possível um jogo eleitoral com tamanha quantidade de mentiras. Mas quando me deparava com isso era ainda mais consciente de que estava em uma batalha espiritual.
Tenho a mais absoluta convicção de que ontem o Brasil não experimentou um simples referendo: tratou-se da mais intensa batalha espiritual. Por isso, não me surpreendia quando eu via muitos crentes acreditando na vigorosa propaganda subliminar e nos efeitos de sentido discursivos da campanha vencedora. Se alguém podia vencer a batalha de ontem seria a igreja unida em oração. Mas, como em toda luta espiritual, Satanás e suas hostes trataram de dissipar o exército intercessor, fazendo o que é de sua natureza: mentindo, enganando. E um exército enfraquecido foi à luta, uma vez que muitos cristãos cederam ao outro lado. O diabo faz tudo para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus (Mt. 24. 24).
Era preciso ter olhos espirituais para perceber do que estava se tratando, mas não apresentei, propositalmente, essa perspectiva nos debates de que participei. Sabia que deveria deixar para expô-la após o pleito. Mas todas as vezes em que, ao debater com alguém, convencia-o de que o que estava acreditando não tinha fundamento (o que aconteceu várias vezes), qual não era a minha surpresa ao perceber que a pessoa dizia: Você está certo, mas ainda assim vou votar não! As pessoas percebiam estar acreditando em mentiras, mas ainda assim mantinham-se cegas pelo não. Força das trevas, ação do mal.
A força contra a qual nos levantamos ontem em oração não foi a força do dinheiro da Taurus. Foi a força de principados e potestades que têm submetido o país no mar de violência em que nos encontramos. Os poderes espirituais do mal que atuam na disseminação da violência e na indústria da morte foram muito eficazes na propagação do medo, revolta e raiva.
Era impressionante como a gente se deparava com tanta gente raivosa nos debates nos quais me envolvi. As expressões dos rostos e a intransigência das falas, apesar da disposição democrática de todos os que fizemos a campanha em Natal, podiam ser facilmente confundidas, em um ambiente eclesiástico, com possessões. Não estou exagerando. Algumas pessoas pareciam dominadas por paixões primitivas, próximas àquelas que manifestam os endemoninhados, quando defendiam o não em alguns momentos. E, mesmo que convencidos da falsidade de seus pressupostos, reafirmavam a decisão passional de seu voto. Não pareciam decisões firmadas em qualquer motivo racional, mas parecia influência espiritual.
Intercedi bastante pela votação de ontem, mas estava certo de que não era o suficiente. O diabo venceu a luta dividindo a igreja por meio do engano. Desde o início da minha história nesse movimento, em maio deste ano, era consciente da dimensão da batalha espiritual em que estava inserido. Sabia que se perdêssemos o referendo, o perderíamos na (falta) de oração. Enfrentamos adversários poderosos, mas já derrotados – poderes espirituais por trás da indústria da morte, maior segmento econômico do planeta –, mas os cristãos enganados se dividiram e não cerraram fileiras para que se manifestasse em nosso meio a vitória eterna de Jesus: Ele [Jesus] fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte.
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