Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino.
Isaías 9. 6
Essa é uma noite importante. E por causa dela, eu estou escrevendo a vocês para transmitir meus votos de um Feliz Natal. Natal é isso: é a festa de celebração de um aniversariante que tem sido deslocado do Seu lugar desde que a Coca-Cola pôs uma roupa vermelha em São Nicolau e transformou o evento festivo em desculpa comercial.
Mas o comércio tem razão de ser nesta noite. Afinal, se fundamenta no fato de que os magos foram à Palestina prestar suas homenagens e dar os seus presentes ao rei dos judeus. No entanto, ao contrário do que faz crer a imagem tradicional do presépio, aqueles magos – que não sei se eram reis nem se eram três – devem ter chegado a Belém quando Jesus já tinha uns dois anos. E O encontraram, obviamente, não mais na manjedoura, mas em casa (Mt. 2. 11). Mas mesmo aí o grande homenageado é o Dono da Festa: Jesus. Que cada vez menos lugar encontra nos dezembros de todo o mundo.
Natal é festa de família. Afinal, naquela noite só havia a pequena família nuclear de José. Nascia o primeiro filho do casal – se bem que José sabia muito bem que não era o pai daquela criança. Porém o Pai Celeste não iria deixar Seu Filho amado, Redentor do mundo, isolado naquela noite. Haveria celebração. E os anjos apareceram. E os pastores foram ver a pequena família. E o estábulo ficou cheio de fé e de alegria – em comunhão familiar: Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem Ele quer bem! (Lc. 2. 14).
O sol da justiça veio ao mundo (Ml. 4. 2). No entanto, como diz uma amiga minha no seu apelido do Messenger, só comemoramos o Natal porque houve a Páscoa. Ao contrário do que somos empurrados a pensar, não é o Natal a principal festa cristã. A nossa maior celebração, a maior festa, a maior comemoração, a maior causa de louvor e glória, é a Páscoa, não o Natal. O Natal não significaria nada para nós se Jesus não tivesse morrido e ressuscitado. A mensagem que muda o mundo é a mensagem da Páscoa de Jesus. É a Páscoa de Jesus que nos faz nascer de novo.
Jesus viveu, porém, uma vida só. Ele nasceu. E é isso que celebramos hoje. Em família – porque mesmo que estejamos sós, se Jesus estiver celebrando conosco, os anjos vêm para a nossa festa familiar –; com presentes; com fé e alegria. Com vida. E vida plena. Os meus votos a todos e todas é que o Sol da Justiça, o Deus de Amor – Jesus – resplandeça no coração de todos esta noite, apontando a Páscoa e a vida eterna para aqueles que crêem em Seu nome.
24.12.05
20.12.05
A espera do socorro
Se você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro e ajuda para os judeus e eles serão salvos...
Ester 4. 14.
No meio do ano de 2001, de férias em Natal, vi uma apresentação do grupo de dança de minha igreja que marcou profundamente. Ainda hoje me emociono ao ouvir a canção que dançaram naquela noite – “Elevo meus olhos”, na voz de Ana Paula Valadão e Paul Wilbur. A música tocou pelo ritmo e melodia, mas principalmente pelo impacto que aquela letra – bíblica – provocou naquele momento específico de minha vida. O texto do salmo era tudo o que eu precisava ouvir. Geralmente é assim mesmo: quando a gente menos espera, Deus traz a nós uma palavra apropriada que volta a nos dar a força e a esperança. Naquela noite, a conjunção de letra, melodia, ritmo e dança marcou a minha vida. Renovou a esperança de sair de uma situação intimamente difícil. E havia razão para isso: do Céu me viria o socorro!
É assim que muitas vezes as circunstâncias da vida nos deixam: a espera do socorro. Por isso, tantas vezes nos identificamos com personagens como Daniel e seus amigos. Jogados às feras para sermos devorados ou lançados em uma fornalha ardente, esperamos o milagre em nosso socorro. Aguardamos ansiosamente a intervenção do Céu para nos livrar. Sofremos, ansiamos, esperamos com fé. E sabemos que do Céu nos virá o socorro.
Às vezes, no entanto, nos vemos na situação de Mordecai. E essa é uma situação difícil porque nos fere. Estamos ameaçados. Porém, somos cientes que existem pessoas em posição de nos ajudar, de nos socorrer, de transformar as coisas. No entanto, tais pessoas escolhem não se envolver – por medo ou opção – deixam-nos sós com nossos problemas. E eu sei o quão duro é levar esse peso – o da dificuldade – somado à indiferença de quem pode nos ajudar.
Se você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro e ajuda para os judeus e eles serão salvos... Mordecai demonstrou uma fé que acho difícil de encontrar em mim mesmo, mas que é a mensagem de Deus para mim e para você. Se aquela pessoa que está em posição de socorrer – como a rainha Ester – não quiser se envolver, Deus proverá uma outra saída, um outro caminho, um socorro vindo de outra parte. Mas é preciso ter fé e esperar: ainda que quem possa nos ajudar não queira, Deus no Céu ouve o nosso clamor e desce para nos livrar.
Isso, para mim, é esperar contra a esperança. Quando não mais parece haver ajuda ou saída, ainda podemos esperar a ajuda do céu. Ainda que venha no último instante. Ainda que surja como um anjo andando conosco no meio da fornalha. Ainda que seja um anjo que fecha a boca do leão faminto diante de nós. Deus não nos desamparará, mesmo que o homem desampare. Do céu virá o socorro.
Ester 4. 14.
No meio do ano de 2001, de férias em Natal, vi uma apresentação do grupo de dança de minha igreja que marcou profundamente. Ainda hoje me emociono ao ouvir a canção que dançaram naquela noite – “Elevo meus olhos”, na voz de Ana Paula Valadão e Paul Wilbur. A música tocou pelo ritmo e melodia, mas principalmente pelo impacto que aquela letra – bíblica – provocou naquele momento específico de minha vida. O texto do salmo era tudo o que eu precisava ouvir. Geralmente é assim mesmo: quando a gente menos espera, Deus traz a nós uma palavra apropriada que volta a nos dar a força e a esperança. Naquela noite, a conjunção de letra, melodia, ritmo e dança marcou a minha vida. Renovou a esperança de sair de uma situação intimamente difícil. E havia razão para isso: do Céu me viria o socorro!
É assim que muitas vezes as circunstâncias da vida nos deixam: a espera do socorro. Por isso, tantas vezes nos identificamos com personagens como Daniel e seus amigos. Jogados às feras para sermos devorados ou lançados em uma fornalha ardente, esperamos o milagre em nosso socorro. Aguardamos ansiosamente a intervenção do Céu para nos livrar. Sofremos, ansiamos, esperamos com fé. E sabemos que do Céu nos virá o socorro.
Às vezes, no entanto, nos vemos na situação de Mordecai. E essa é uma situação difícil porque nos fere. Estamos ameaçados. Porém, somos cientes que existem pessoas em posição de nos ajudar, de nos socorrer, de transformar as coisas. No entanto, tais pessoas escolhem não se envolver – por medo ou opção – deixam-nos sós com nossos problemas. E eu sei o quão duro é levar esse peso – o da dificuldade – somado à indiferença de quem pode nos ajudar.
Se você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro e ajuda para os judeus e eles serão salvos... Mordecai demonstrou uma fé que acho difícil de encontrar em mim mesmo, mas que é a mensagem de Deus para mim e para você. Se aquela pessoa que está em posição de socorrer – como a rainha Ester – não quiser se envolver, Deus proverá uma outra saída, um outro caminho, um socorro vindo de outra parte. Mas é preciso ter fé e esperar: ainda que quem possa nos ajudar não queira, Deus no Céu ouve o nosso clamor e desce para nos livrar.
Isso, para mim, é esperar contra a esperança. Quando não mais parece haver ajuda ou saída, ainda podemos esperar a ajuda do céu. Ainda que venha no último instante. Ainda que surja como um anjo andando conosco no meio da fornalha. Ainda que seja um anjo que fecha a boca do leão faminto diante de nós. Deus não nos desamparará, mesmo que o homem desampare. Do céu virá o socorro.
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