Assim também Cristo foi oferecido uma só vez em sacrifício, para tirar os pecados de muitas pessoas.
Hebreus 9. 28.
No fim da minha infância foi publicado um seriado em quadrinhos cujo título era “Crise nas infinitas terras”. Contava uma história envolvendo diversos heróis da norte-americana DC Comics, liderados por Super-Homem, que enfrentavam uma ameaça terrível contra o nosso universo e diversos universos paralelos. Lembro de uma cena em que o Super-Homem sobrevoa uma das terras completamente devastada. O planeta se reduzira a rios de lava, tendo perdido qualquer vida, qualquer atmosfera. Tinha acabado tudo.
Estava pensando nesta imagem outro dia. Ela representava o fim de tudo. E eu comecei a pensar sobre o que, realmente, é permanente e absoluto no mundo em que vivemos. De outra maneira: comecei a pensar sobre o que restaria se tudo o mais fosse destruído? O que restaria se todas as culturas sucumbissem? Todas as línguas? Toda a ciência? Enfim, se tudo fosse devastado e a humanidade tivesse que recomeçar, inventando novas línguas, nova cultura, criando tudo de novo, o que seria eterno?
Sei que minhas perguntas são filosóficas demais para serem perfeitamente compreendidas. Mas podem ser apresentadas de outra forma: o que é eterno? O que ficará se tudo o mais for destruído? O que é, de verdade, um fundamento inabalável na história humana?
Acredito que só há uma coisa verdadeiramente permanente e eterna na história humana. Uma única coisa que pode sobreviver às civilizações, às culturas, às ciências, aos tempos e às eras. Assim também Cristo foi oferecido uma só vez em sacrifício, para tirar os pecados de muitas pessoas. A única coisa eterna na história humana é Jesus e o Seu sacrifício para redimir a humanidade.
Se a humanidade precisasse se reinventar, o sacrifício de Cristo permaneceria inalterado. Se tudo fosse criado de novo, a verdade de que o homem é pecador, precisa de perdão para ter uma relação com o Deus Eterno, e que o caminho que possibilita essa relação foi consumado na vida, morte e ressurreição de Jesus, esta verdade permaneceria.
Sem sombra de dúvida, tudo pode passar, mas o amor de Deus revelado em Cristo Jesus permanece para sempre. A misericórdia de Deus é eterna. É de geração em geração. Tudo pode acabar, mas Deus, Sua palavra e Seu amor não se acabarão.
Existem perguntas éticas fundamentais. Questões que nos ajudariam a corrigir o rumo de nossas vidas, a colocar as coisas prioritárias em primeiro lugar, a conduzir os nossos passos para os caminhos que o Senhor tem estabelecido. Uma dessas questões é pensar sobre o que realmente é eterno em nossas vidas. O que realmente permanece ante todas as outras coisas. Se respondermos coerentemente vamos entender que tudo o mais é importante em nossas vidas, tudo o que vivemos é necessário, mas nada é tão absoluto quanto o nosso compromisso com o Senhor e a experiência de vivermos a dimensão de Seu Amor, Seu sacrifício, Sua misericórdia e Seu perdão.
O mundo pode ser devastado,como na série dos quadrinhos. O nosso mundo partícular pode ser devastado. Mas nada será destruidor demais para nós, se lembrarmos que ainda podemos nos firmar na única coisa eterna da história humana: Assim também Cristo foi oferecido uma só vez em sacrifício, para tirar os pecados de muitas pessoas.
25.6.05
24.6.05
Últimas chances
Cuidado! O Senhor, o Deus Todo-Poderoso, vai tirar de Jerusalém e de Judá todo o sustento e todo o mantimento; não haverá nem comida nem água.
Isaías 3. 1.
Morro de medo de perder as últimas chances, de permitir que o tempo se esgote, de repentinamente perceber que é tarde para que qualquer mude ou se salve. Acho que esse é um dos elementos que me atraem em 24 horas: a idéia de que toda hora é uma hora limite. A noção de que as chances se esvaem e as possibilidades de transformação se acabam logo.
A relação de Deus com Seu povo sempre foi assim. E eu sempre me sinto no limite da Sua graça e da Sua longanimidade. Tantas vezes Deus estendeu as Suas mãos benevolentes para proteger e cuidar do Seu Povo. E outras tantas vezes o povo Lhe virou as costas, abandonando a Fonte das Águas Vivas, preferindo toda cisterna rota, como denuncia o profeta Jeremias (Jr. 2. 13).
Vez após vez, Deus renovou a Sua graça. Tenho medo de viver o tempo em que seja tarde demais para que a graça se renove. Tenho medo de viver o tempo em que a única coisa que reste seja o juízo. Juízo realizado sob a bandeira do Amor Eterno de Deus, mas, de todo jeito, juízo.
Já escrevi comparando os capítulos 18 e 19 de Jeremias. No 18, Deus o manda ir à casa do oleiro e, observando como o homem pode recomeçar a fazer o vaso toda vez que comete um erro, Deus afirma ao profeta que ainda há tempo de restauração para o povo: Será que eu não posso fazer com o povo de Israel o mesmo que o oleiro faz com o barro? Vocês estão nas minhas mãos assim como o barro está nas mãos do oleiro (Jr. 18. 6). Aqui, ainda havia tempo para recomeçar, para restaurar. No capítulo seguinte, a história muda de figura. Jeremias é enviado a comprar um pote já feito e, diante da liderança do templo, quebrar o vaso: Como se quebra um pote, e ele não pode mais ser consertado, assim eu quebrarei este povo e esta cidade (Jr. 19. 11). Desta vez, o tempo estava esgotado. Não havia mais redenção possível, arrependimento, recomeço. A cidade seria quebrada como o vaso que Jeremias quebrou.
Esta semana falei sobre Jesus chorando sobre Jerusalém. O fim da cidade está próximo. Jesus lhe anuncia o juízo, que não deixa de ser repleto de amor, ao ponto de que o Senhor chora: Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la (Lc. 19. 42 – 44).
Tenho medo de viver em um tempo em que a única coisa que nos resta é o juízo. Tenho medo de viver uma vida que, resoluta, só possa ser tratada por Deus de uma maneira dura e implacável, mesmo que cheia de amor. Tenho medo de estar perdendo, ou de ver se perderem, as últimas chances de arrependimento e arrependimento.
Tenho medo de que palavras como essas se dirijam a mim ou a você: Cuidado! O Senhor, o Deus Todo-Poderoso, vai tirar de Jerusalém e de Judá todo o sustento e todo o mantimento; não haverá nem comida nem água. Ele vai tirar também todas as pessoas importantes: os homens corajosos e os soldados, os juízes e os profetas, os adivinhos e os sábios, os oficiais do exército e as autoridades civis, os conselheiros e todos os feiticeiros. O Senhor escolherá meninos para governar o seu povo; o poder ficará nas mãos de crianças. Todos perseguirão uns aos outros, cada um explorará o seu vizinho. Os jovens não respeitarão os velhos, e gente que não vale nada desprezará pessoas honestas (Is. 3. 1 – 5). Tenho medo, porque segundo esse texto, crise na liderança, crise nos relacionamentos, e perda do sustento são sinais do juízo de Deus em curso contra o Seu povo. E, às vezes, tem sido somente isso que a gente vê, olhando de um a outro lado. Às vezes, por mais que busquemos o nosso sustento espiritual, o Pão do Céu ou Água da Vida, nos sentimos como esfomeados e sedentos no deserto. Às vezes, tenho medo de que isso signifique que nosso tempo passou. Tenho medo de estar sob o juízo amoroso de Deus.
Segundo o profeta, ainda, a causa da tragédia é bem conhecida e definida: Jerusalém está arrasada, a terra de Judá está em ruínas. Pois com as suas palavras e as suas ações o povo desafia o Senhor e ofende a Sua gloriosa presença (Is. 3. 8). Tenho medo de que estejamos ofendendo a santidade do Senhor, sendo injustos em nossa ações, desiguais em nossos tratamentos, e desavergonhados em nossos pecados (Is. 3. 9). Tenho medo de ser um desses, porque diz o Senhor: Ai deles, pois estão trazendo sobre si mesmos o castigo da sua própria maldade! (Is. 3. 9).
Textos assim me desafiam a repensar a minha prática, pensar a nossa vivência diante de Deus, e me conduzem a clamar por misericórdia diante do Senhor. Espero que ainda possamos nos prostrar ante Ele. Espero que ainda encontremos espaço para arrependimento e restauração. Espero que não tenhamos perdido as nossas últimas chances. Examine o seu coração e se arrependa enquanto for tempo de encontrar o Deus gracioso.
Isaías 3. 1.
Morro de medo de perder as últimas chances, de permitir que o tempo se esgote, de repentinamente perceber que é tarde para que qualquer mude ou se salve. Acho que esse é um dos elementos que me atraem em 24 horas: a idéia de que toda hora é uma hora limite. A noção de que as chances se esvaem e as possibilidades de transformação se acabam logo.
A relação de Deus com Seu povo sempre foi assim. E eu sempre me sinto no limite da Sua graça e da Sua longanimidade. Tantas vezes Deus estendeu as Suas mãos benevolentes para proteger e cuidar do Seu Povo. E outras tantas vezes o povo Lhe virou as costas, abandonando a Fonte das Águas Vivas, preferindo toda cisterna rota, como denuncia o profeta Jeremias (Jr. 2. 13).
Vez após vez, Deus renovou a Sua graça. Tenho medo de viver o tempo em que seja tarde demais para que a graça se renove. Tenho medo de viver o tempo em que a única coisa que reste seja o juízo. Juízo realizado sob a bandeira do Amor Eterno de Deus, mas, de todo jeito, juízo.
Já escrevi comparando os capítulos 18 e 19 de Jeremias. No 18, Deus o manda ir à casa do oleiro e, observando como o homem pode recomeçar a fazer o vaso toda vez que comete um erro, Deus afirma ao profeta que ainda há tempo de restauração para o povo: Será que eu não posso fazer com o povo de Israel o mesmo que o oleiro faz com o barro? Vocês estão nas minhas mãos assim como o barro está nas mãos do oleiro (Jr. 18. 6). Aqui, ainda havia tempo para recomeçar, para restaurar. No capítulo seguinte, a história muda de figura. Jeremias é enviado a comprar um pote já feito e, diante da liderança do templo, quebrar o vaso: Como se quebra um pote, e ele não pode mais ser consertado, assim eu quebrarei este povo e esta cidade (Jr. 19. 11). Desta vez, o tempo estava esgotado. Não havia mais redenção possível, arrependimento, recomeço. A cidade seria quebrada como o vaso que Jeremias quebrou.
Esta semana falei sobre Jesus chorando sobre Jerusalém. O fim da cidade está próximo. Jesus lhe anuncia o juízo, que não deixa de ser repleto de amor, ao ponto de que o Senhor chora: Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la (Lc. 19. 42 – 44).
Tenho medo de viver em um tempo em que a única coisa que nos resta é o juízo. Tenho medo de viver uma vida que, resoluta, só possa ser tratada por Deus de uma maneira dura e implacável, mesmo que cheia de amor. Tenho medo de estar perdendo, ou de ver se perderem, as últimas chances de arrependimento e arrependimento.
Tenho medo de que palavras como essas se dirijam a mim ou a você: Cuidado! O Senhor, o Deus Todo-Poderoso, vai tirar de Jerusalém e de Judá todo o sustento e todo o mantimento; não haverá nem comida nem água. Ele vai tirar também todas as pessoas importantes: os homens corajosos e os soldados, os juízes e os profetas, os adivinhos e os sábios, os oficiais do exército e as autoridades civis, os conselheiros e todos os feiticeiros. O Senhor escolherá meninos para governar o seu povo; o poder ficará nas mãos de crianças. Todos perseguirão uns aos outros, cada um explorará o seu vizinho. Os jovens não respeitarão os velhos, e gente que não vale nada desprezará pessoas honestas (Is. 3. 1 – 5). Tenho medo, porque segundo esse texto, crise na liderança, crise nos relacionamentos, e perda do sustento são sinais do juízo de Deus em curso contra o Seu povo. E, às vezes, tem sido somente isso que a gente vê, olhando de um a outro lado. Às vezes, por mais que busquemos o nosso sustento espiritual, o Pão do Céu ou Água da Vida, nos sentimos como esfomeados e sedentos no deserto. Às vezes, tenho medo de que isso signifique que nosso tempo passou. Tenho medo de estar sob o juízo amoroso de Deus.
Segundo o profeta, ainda, a causa da tragédia é bem conhecida e definida: Jerusalém está arrasada, a terra de Judá está em ruínas. Pois com as suas palavras e as suas ações o povo desafia o Senhor e ofende a Sua gloriosa presença (Is. 3. 8). Tenho medo de que estejamos ofendendo a santidade do Senhor, sendo injustos em nossa ações, desiguais em nossos tratamentos, e desavergonhados em nossos pecados (Is. 3. 9). Tenho medo de ser um desses, porque diz o Senhor: Ai deles, pois estão trazendo sobre si mesmos o castigo da sua própria maldade! (Is. 3. 9).
Textos assim me desafiam a repensar a minha prática, pensar a nossa vivência diante de Deus, e me conduzem a clamar por misericórdia diante do Senhor. Espero que ainda possamos nos prostrar ante Ele. Espero que ainda encontremos espaço para arrependimento e restauração. Espero que não tenhamos perdido as nossas últimas chances. Examine o seu coração e se arrependa enquanto for tempo de encontrar o Deus gracioso.
Hora das trevas
Não posso continuar a falar com vocês por muito tempo, pois está chegando aquele que manda neste mundo.
João 14. 30
Estava se aproximando a hora de Jesus, mas aquela era a hora das trevas. Satanás estava se aproximando, na ilusão de que poderia ter vitória. Afinal, a morte de Jesus era, agora, fato decidido. E Jesus morto, que ameaça poderia representar para os planos malignos?
Satanás estava cego. Era incapaz de perceber que aquilo tudo fazia parte do plano de Deus. Nada ali seria acidental. A morte de Jesus não havia sido decidida, como poderia pensar, por ele, o diabo. Era o plano eterno de Deus, antes da fundação do mundo. Não era a Sua derrota, mas Sua mais absoluta vitória: E foi na cruz que Cristo se livrou do poder dos governos e das autoridades espirituais. Ele humilhou esses poderes publicamente, levando-os prisioneiros no seu desfile de vitória (Cl. 2. 15).
Mas estava se aproximando o momento das trevas. Jesus ia ser traído e entregue para ser barbaramente torturado e morto. Era um momento em que, ao menos aparentemente, Satanás poderia celebrar vitória. Pelo menos até que tomasse pé da realidade. E, quando isso acontecesse, seria tarde.
Muitas vezes vivenciamos momento assemelhado. São horas de aparentes vitórias retumbantes do diabo e suas hostes. Momentos das trevas, em que parece que Deus se ausentou e a Sua vitória é impossível.
São horas para exercitar a fé. Fé que se baseia na incrível realidade de que o diabo já é um adversário derrotado. O poder pertence a Jesus e a Sua vitória foi consumada na Cruz do Calvário.
Há momentos em que as lutas nos afligem profundamente. Há momentos em que, abatidos, nos sentimos totalmente derrotados. Há momentos em que, humilhados, nos consideramos casos perdidos. Há momentos em que o mal e as trevas parecem tão prevalecentes que desesperamos da própria vida. Há momentos em que nos apercebemos em meio a uma hora de domínio das trevas.
Essa é a hora de, pela fé, olharmos para o Sol da Justiça, cuja Luz dissipa qualquer nuvem oposta. Essa é a hora de alimentar nossa alma dos Rios de Vida do Espírito e retomar o curso rumo a Cristo. Essa é a hora de lutarmos com Deus para que, comendo da carne e bebendo do sangue de Jesus, sejamos arrastados em plena comunhão para a profunda intimidade nos braços do Pai. É a hora, enfim, de firmes nas promessas da Palavra de Deus, lutarmos e vencermos pela fé.
João 14. 30
Estava se aproximando a hora de Jesus, mas aquela era a hora das trevas. Satanás estava se aproximando, na ilusão de que poderia ter vitória. Afinal, a morte de Jesus era, agora, fato decidido. E Jesus morto, que ameaça poderia representar para os planos malignos?
Satanás estava cego. Era incapaz de perceber que aquilo tudo fazia parte do plano de Deus. Nada ali seria acidental. A morte de Jesus não havia sido decidida, como poderia pensar, por ele, o diabo. Era o plano eterno de Deus, antes da fundação do mundo. Não era a Sua derrota, mas Sua mais absoluta vitória: E foi na cruz que Cristo se livrou do poder dos governos e das autoridades espirituais. Ele humilhou esses poderes publicamente, levando-os prisioneiros no seu desfile de vitória (Cl. 2. 15).
Mas estava se aproximando o momento das trevas. Jesus ia ser traído e entregue para ser barbaramente torturado e morto. Era um momento em que, ao menos aparentemente, Satanás poderia celebrar vitória. Pelo menos até que tomasse pé da realidade. E, quando isso acontecesse, seria tarde.
Muitas vezes vivenciamos momento assemelhado. São horas de aparentes vitórias retumbantes do diabo e suas hostes. Momentos das trevas, em que parece que Deus se ausentou e a Sua vitória é impossível.
São horas para exercitar a fé. Fé que se baseia na incrível realidade de que o diabo já é um adversário derrotado. O poder pertence a Jesus e a Sua vitória foi consumada na Cruz do Calvário.
Há momentos em que as lutas nos afligem profundamente. Há momentos em que, abatidos, nos sentimos totalmente derrotados. Há momentos em que, humilhados, nos consideramos casos perdidos. Há momentos em que o mal e as trevas parecem tão prevalecentes que desesperamos da própria vida. Há momentos em que nos apercebemos em meio a uma hora de domínio das trevas.
Essa é a hora de, pela fé, olharmos para o Sol da Justiça, cuja Luz dissipa qualquer nuvem oposta. Essa é a hora de alimentar nossa alma dos Rios de Vida do Espírito e retomar o curso rumo a Cristo. Essa é a hora de lutarmos com Deus para que, comendo da carne e bebendo do sangue de Jesus, sejamos arrastados em plena comunhão para a profunda intimidade nos braços do Pai. É a hora, enfim, de firmes nas promessas da Palavra de Deus, lutarmos e vencermos pela fé.
23.6.05
Atitude
Por que você está me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche.
Êxodo 14. 15.
Lá está o povo de Israel, imprensado no meio do deserto. De um lado, o Mar Vermelho. De outro, os exércitos de Faraó. Cercados por montes que lhes impedem a fuga. Bate o desespero. Agora é o fim. Como aquele povo, cuja única coisa que sabiam fazer era o trabalho escravo, poderia se defender de tão bem armado exército do maior império da terra? Como se defender do próprio Faraó em pessoa? E disseram a Moisés: Será que não havia sepulturas no Egito? (Ex. 14. 11).
Tudo indicava que o fim estava próximo. Ainda assim, Moisés é um homem de fé. Ele reafirma o propósito de Deus em preservar o Seu povo de maneira milagrosa, destruindo pessoalmente os exércitos de Faraó: Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Nunca mais vocês vão ver esses egípcios. Vocês não terão de fazer nada: o Senhor lutará por vocês (Ex. 14. 13 – 14). Depois, vai orar, pedindo a Deus que faça aquilo que já tinha dito que ia fazer. É nessa hora que notamos uma certa irritação em Deus: Por que você está me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche. Acabara o tempo de orar e interceder. Deus já tinha revelado Sua vontade e o que iria fazer. Por que orar mais? Era o momento de tomar uma atitude. Era a hora de marchar na direção do Mar Vermelho.
Muitas vezes estamos em apertos ou em dúvidas. Não temos certeza de que ações tomar, de que coisas fazer, às vezes não temos muita certeza do que pensar. Mas o problema é maior quando sabemos o que fazer, mas o que devemos fazer não nos parece uma boa idéia. O problema é maior quando sabemos o que fazer, mas tememos tomar a atitude.
A situação daquele povo é interessante. O que Deus mandou fazer era uma loucura. Havia um mar e era preciso avançar na sua direção como se fossem atravessar aquela água toda. Era um aperto, a possibilidade real de tudo e todos serem destruídos. O povo de Deus espera um escape e o escape concedido por Deus era tomar a louca atitude de avançar na direção do mar. Se isso não fosse feito, seria a morte. Mas fazer isso era impossível. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Lembro de uma passagem do último filme de Indiana Jones [“A última cruzada”], citada já milhares de vezes. O arqueólogo está em busca do lendário Santo Graal, o cálice da Última Ceia de Cristo. Há um abismo que o separa de um ponto onde pode estar a peça. Ele fecha os olhos e dá um passo na direção do vazio. Que não é bem um vazio porque há uma ponte camuflada na paisagem. Ele precisou tomar uma atitude, aparentemente louca, para descobrir que não estava perdido, sem caminho.
Deus daria o escape ao povo de Israel, mas era necessário que eles tivessem coragem de assumir uma atitude, aparentemente de loucura. Era preciso marchar na direção do Mar. Quando o povo começou a andar, o Mar se abriu. E Israel passou em terra seca até a outra margem.
Muitas vezes a bênção de Deus está aí, pronta para ser recebida por nós. O Senhor já nos falou diversas vezes sobre o que seria preciso fazer para vir a bênção. Falta-nos tomas a atitude, mesmo que seja uma atitude louca e inusitada. Que vá de encontro a tudo que temos como certo e estabelecido. Se é isso que Deus requer, marchemos, pois. A liberdade está a um passo na direção do Mar.
Pode ser que o Senhor nos requeira avançar na direção do problema, não fugir dele, lançando-nos nas mãos do Senhor para que Ele cuide de nós. Avançar na direção do problema, entregando a vida inteira nas mãos de Jesus. Tomar uma atitude, mesmo que aparentemente louca, aprendendo a depender unicamente de Deus.
Êxodo 14. 15.
Lá está o povo de Israel, imprensado no meio do deserto. De um lado, o Mar Vermelho. De outro, os exércitos de Faraó. Cercados por montes que lhes impedem a fuga. Bate o desespero. Agora é o fim. Como aquele povo, cuja única coisa que sabiam fazer era o trabalho escravo, poderia se defender de tão bem armado exército do maior império da terra? Como se defender do próprio Faraó em pessoa? E disseram a Moisés: Será que não havia sepulturas no Egito? (Ex. 14. 11).
Tudo indicava que o fim estava próximo. Ainda assim, Moisés é um homem de fé. Ele reafirma o propósito de Deus em preservar o Seu povo de maneira milagrosa, destruindo pessoalmente os exércitos de Faraó: Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Nunca mais vocês vão ver esses egípcios. Vocês não terão de fazer nada: o Senhor lutará por vocês (Ex. 14. 13 – 14). Depois, vai orar, pedindo a Deus que faça aquilo que já tinha dito que ia fazer. É nessa hora que notamos uma certa irritação em Deus: Por que você está me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche. Acabara o tempo de orar e interceder. Deus já tinha revelado Sua vontade e o que iria fazer. Por que orar mais? Era o momento de tomar uma atitude. Era a hora de marchar na direção do Mar Vermelho.
Muitas vezes estamos em apertos ou em dúvidas. Não temos certeza de que ações tomar, de que coisas fazer, às vezes não temos muita certeza do que pensar. Mas o problema é maior quando sabemos o que fazer, mas o que devemos fazer não nos parece uma boa idéia. O problema é maior quando sabemos o que fazer, mas tememos tomar a atitude.
A situação daquele povo é interessante. O que Deus mandou fazer era uma loucura. Havia um mar e era preciso avançar na sua direção como se fossem atravessar aquela água toda. Era um aperto, a possibilidade real de tudo e todos serem destruídos. O povo de Deus espera um escape e o escape concedido por Deus era tomar a louca atitude de avançar na direção do mar. Se isso não fosse feito, seria a morte. Mas fazer isso era impossível. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Lembro de uma passagem do último filme de Indiana Jones [“A última cruzada”], citada já milhares de vezes. O arqueólogo está em busca do lendário Santo Graal, o cálice da Última Ceia de Cristo. Há um abismo que o separa de um ponto onde pode estar a peça. Ele fecha os olhos e dá um passo na direção do vazio. Que não é bem um vazio porque há uma ponte camuflada na paisagem. Ele precisou tomar uma atitude, aparentemente louca, para descobrir que não estava perdido, sem caminho.
Deus daria o escape ao povo de Israel, mas era necessário que eles tivessem coragem de assumir uma atitude, aparentemente de loucura. Era preciso marchar na direção do Mar. Quando o povo começou a andar, o Mar se abriu. E Israel passou em terra seca até a outra margem.
Muitas vezes a bênção de Deus está aí, pronta para ser recebida por nós. O Senhor já nos falou diversas vezes sobre o que seria preciso fazer para vir a bênção. Falta-nos tomas a atitude, mesmo que seja uma atitude louca e inusitada. Que vá de encontro a tudo que temos como certo e estabelecido. Se é isso que Deus requer, marchemos, pois. A liberdade está a um passo na direção do Mar.
Pode ser que o Senhor nos requeira avançar na direção do problema, não fugir dele, lançando-nos nas mãos do Senhor para que Ele cuide de nós. Avançar na direção do problema, entregando a vida inteira nas mãos de Jesus. Tomar uma atitude, mesmo que aparentemente louca, aprendendo a depender unicamente de Deus.
22.6.05
Figueira
Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada.
Lucas 13. 35
São dias difíceis aqueles em que somos julgados por Deus. Afinal, se somos filhos, vez por outra transparece mais nitidamente o tratamento do Pai ao nos disciplinar. Momentos difíceis que podem ser mais bem compreendidos se vistos à luz das Escrituras.
Jerusalém foi a cidade, desde os dias de Davi, que Deus escolheu como lugar da manifestação de Sua Glória e Majestade. Ali, Ele decidiu permitir que homens limitados Lhe construíssem um Templo onde seria adorado. Naquela cidade, o Seu Nome, que é capaz de salvar o pecador, seria invocado. Dali partiria a mensagem de vida que é trazida à humanidade pelo próprio Deus. Ali brotaria o Rio de Água Viva que manifestaria a Graça e o Poder de Deus em todo lugar do mundo, tornando o Senhor conhecido onde não havia sido ainda. Era ali que seria anunciada a salvação do Senhor até os confins da terra. Por isso, Jerusalém era a menina dos olhos de Deus. Os seus moradores se consideravam, com relativa razão, filhos amados do Deus Altíssimo. Mas esse era um passo para o pecado e o exclusivismo.
Apesar de tudo o que vemos na história de Israel, não foram poucos os profetas que se ergueram para denunciar Jerusalém e ameaçá-la com o castigo de Deus. Algumas vezes, a ameaça deixou de ser hipotética e, por causa da dureza do coração da Filha de Sião e do seu pecado, a cidade foi atacada. O templo do Senhor foi roubado algumas vezes. O auge, antes dos dias de Jesus, havia sido a destruição da cidade sob Nabucodonosor e o exílio na Babilônia.
No entanto, reiteradas vezes o Senhor reafirmava o Seu amor por aquela cidade e pelo povo que ali habitava: Com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de mim; eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me inclinei e lhes dei de comer.(...) Israel, como eu poderia abandoná-lo? Como poderia desampará-lo? Será que eu o destruiria, como destruí Admá? Ou faria com você o que fiz com Zeboim? Não! Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você (Os. 11. 4 e 8). Mesmo quando os julgava e condenava, como no contexto de Oséias, não podia abandoná-los por completo por causa do grande amor que mantinha.
A história de Jerusalém é de constante repetição. Como se realizasse aquela fala do livro de Provérbios: Quem é repreendido muitas vezes e teima em não se corrigir cairá de repente na desgraça e não poderá escapar (Pv. 29. 1). É um povo constantemente rebelde e contradizente, que não se emenda. É a essa cidade que Jesus vai para realizar Seu ministério.
No início do capitulo 13 de Lucas, Jesus conta uma parábola para descrever o estado de Jerusalém: Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi procurar figos, não encontrou nenhum. Aí disse ao homem que tomava conta da plantação: “Olhe! Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum. Corte esta figueira! Por que deixá-la continuar tirando a força da terra sem produzir nada?” Mas o empregado respondeu: “Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo. Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la” (Lc. 13. 6 – 9). Jesus estava dizendo que Jerusalém estava deixando passar a sua última chance, concedida pela longanimidade do Pai. É no mesmo texto que Ele anuncia o juízo sobre a cidade: Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada (Lc. 13. 34 – 35).
Mais à frente, diante da cidade, no domingo de ramos, Ele chora! Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la (Lc. 19. 42 – 44). O tempo estava esgotado. A figueira, finalmente, iria ser cortada e lançada ao fogo. Depois de tantas chances e tanta longanimidade, agora era tarde. Dali a quarenta anos, a cidade seria completamente destruída pelas tropas romanas do General Tito. Era o fim.
O juízo não é sem amor. Não é sem dor no coração de Deus. Por tratar com dureza, Ele não deixa de amar. É impressionante o fato de que Jesus faz essa última profecia sob lágrimas. Ele está chorando a dor de castigar a cidade que tanto ama. Cidade tão especial para os projetos de Deus. Sua menina dos olhos. Toda ação de juízo de Deus é regada pelas lágrimas do Amor Eterno.
Deus tem nos desafiado a corrigirmos as nossas vidas. Temos pecado contra Ele. Temos agido de modo contrário à Sua vontade. Ele tem adiado o juízo, mas não o fará por muito tempo. É hora de eu e você abrirmos os olhos. É hora de abrirmos o nosso coração e mudarmos de vida. Quebrantarmo-nos, arrependidos, diante do Pai Celeste, confessando nossas culpas, transformando nossas atitudes, permitindo que o Espírito santifique o nosso ser. Talvez ainda seja tempo de evitar o fim de tudo. Devemos nos curvar, humildes, pois ainda pode haver esperança (Lm. 3. 29).
Lucas 13. 35
São dias difíceis aqueles em que somos julgados por Deus. Afinal, se somos filhos, vez por outra transparece mais nitidamente o tratamento do Pai ao nos disciplinar. Momentos difíceis que podem ser mais bem compreendidos se vistos à luz das Escrituras.
Jerusalém foi a cidade, desde os dias de Davi, que Deus escolheu como lugar da manifestação de Sua Glória e Majestade. Ali, Ele decidiu permitir que homens limitados Lhe construíssem um Templo onde seria adorado. Naquela cidade, o Seu Nome, que é capaz de salvar o pecador, seria invocado. Dali partiria a mensagem de vida que é trazida à humanidade pelo próprio Deus. Ali brotaria o Rio de Água Viva que manifestaria a Graça e o Poder de Deus em todo lugar do mundo, tornando o Senhor conhecido onde não havia sido ainda. Era ali que seria anunciada a salvação do Senhor até os confins da terra. Por isso, Jerusalém era a menina dos olhos de Deus. Os seus moradores se consideravam, com relativa razão, filhos amados do Deus Altíssimo. Mas esse era um passo para o pecado e o exclusivismo.
Apesar de tudo o que vemos na história de Israel, não foram poucos os profetas que se ergueram para denunciar Jerusalém e ameaçá-la com o castigo de Deus. Algumas vezes, a ameaça deixou de ser hipotética e, por causa da dureza do coração da Filha de Sião e do seu pecado, a cidade foi atacada. O templo do Senhor foi roubado algumas vezes. O auge, antes dos dias de Jesus, havia sido a destruição da cidade sob Nabucodonosor e o exílio na Babilônia.
No entanto, reiteradas vezes o Senhor reafirmava o Seu amor por aquela cidade e pelo povo que ali habitava: Com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de mim; eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me inclinei e lhes dei de comer.(...) Israel, como eu poderia abandoná-lo? Como poderia desampará-lo? Será que eu o destruiria, como destruí Admá? Ou faria com você o que fiz com Zeboim? Não! Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você (Os. 11. 4 e 8). Mesmo quando os julgava e condenava, como no contexto de Oséias, não podia abandoná-los por completo por causa do grande amor que mantinha.
A história de Jerusalém é de constante repetição. Como se realizasse aquela fala do livro de Provérbios: Quem é repreendido muitas vezes e teima em não se corrigir cairá de repente na desgraça e não poderá escapar (Pv. 29. 1). É um povo constantemente rebelde e contradizente, que não se emenda. É a essa cidade que Jesus vai para realizar Seu ministério.
No início do capitulo 13 de Lucas, Jesus conta uma parábola para descrever o estado de Jerusalém: Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi procurar figos, não encontrou nenhum. Aí disse ao homem que tomava conta da plantação: “Olhe! Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum. Corte esta figueira! Por que deixá-la continuar tirando a força da terra sem produzir nada?” Mas o empregado respondeu: “Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo. Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la” (Lc. 13. 6 – 9). Jesus estava dizendo que Jerusalém estava deixando passar a sua última chance, concedida pela longanimidade do Pai. É no mesmo texto que Ele anuncia o juízo sobre a cidade: Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada (Lc. 13. 34 – 35).
Mais à frente, diante da cidade, no domingo de ramos, Ele chora! Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la (Lc. 19. 42 – 44). O tempo estava esgotado. A figueira, finalmente, iria ser cortada e lançada ao fogo. Depois de tantas chances e tanta longanimidade, agora era tarde. Dali a quarenta anos, a cidade seria completamente destruída pelas tropas romanas do General Tito. Era o fim.
O juízo não é sem amor. Não é sem dor no coração de Deus. Por tratar com dureza, Ele não deixa de amar. É impressionante o fato de que Jesus faz essa última profecia sob lágrimas. Ele está chorando a dor de castigar a cidade que tanto ama. Cidade tão especial para os projetos de Deus. Sua menina dos olhos. Toda ação de juízo de Deus é regada pelas lágrimas do Amor Eterno.
Deus tem nos desafiado a corrigirmos as nossas vidas. Temos pecado contra Ele. Temos agido de modo contrário à Sua vontade. Ele tem adiado o juízo, mas não o fará por muito tempo. É hora de eu e você abrirmos os olhos. É hora de abrirmos o nosso coração e mudarmos de vida. Quebrantarmo-nos, arrependidos, diante do Pai Celeste, confessando nossas culpas, transformando nossas atitudes, permitindo que o Espírito santifique o nosso ser. Talvez ainda seja tempo de evitar o fim de tudo. Devemos nos curvar, humildes, pois ainda pode haver esperança (Lm. 3. 29).
21.6.05
Dinamite
Alguém está gritando: “Preparem no deserto um caminho para o Senhor, abram ali uma estrada reta para o nosso Deus passar! Todos os vales serão aterrados, e todos os morros e montes serão aplanados; os terrenos cheios de altos e baixos ficarão planos, e as regiões montanhosas virarão planícies. Então o Senhor mostrará a Sua Glória, e toda a humanidade a verá. O próprio Senhor Deus prometeu que vai fazer isso”.
Isaías 40. 3 – 5
Quando se decide pela construção de uma estrada, alguns elementos entram em questão. Se essa estrada vai cortar uma região de floresta, como era o caso da Transamazônica, é necessário abrir caminho em meio às árvores. Depois disso, ainda é fundamental terraplanar tudo, já que a estrada necessita de um certo grau de planura e estabilidade. Se a região é montanhosa, corre-se o risco de que o seu trajeto atravesse colinas ou rochas. No caso de uma colina, é necessário que ela seja removida para dar lugar à estrada. Se for rochosa, é possível que se torne imprescindível o uso de explosivos para dinamitar o caminho.
Alguns anos atrás, eu me lembro de ter visto uma situação bem concreta em que se fez necessário dinamitar uma rocha que interrompera uma estrada. Em uma das muitas enchentes da região Sudeste, a chuva havia feito rolar uma grande pedra que passou a interromper as pistas de uma rodovia federal. Apesar de protestos de ambientalistas, a única saída encontrada foi dinamitar a grande pedra para abrir o caminho.
É essa imagem que aparece na profecia de Isaías. Referindo-se ao predecessor do Messias, que sabemos hoje se tratar de João Batista, Isaías fala sobre ele como alguém que viria para aplanar os caminhos, desobstruí-los e limpá-los, a fim de que a glória do Senhor pudesse se manifestar através da vida e do ministério do Messias Jesus.
Podemos, no entanto, extrapolar um pouco essa interpretação porque o texto é mais amplo. Na verdade, o texto denuncia uma situação em que o Senhor quer passar, quer se manifestar, quer se fazer presente e conhecido, mas os caminhos estão obstruídos e entulhados, impedindo que o Senhor possa mostrar toda a Sua Glória. Por isso, Ele nos desafia a que preparemos o terreno, para que aplanemos os caminhos, para que dinamitemos as pedras.
Deus prometeu a manifestação de Sua presença gloriosa em nosso meio, mas algo tem impedido isso e um verdadeiro avivamento de queimar em nós pela glória do Senhor. É como se a grande rocha estivesse impedindo o Senhor de passar em nosso meio. É preciso removê-la. É preciso tirar essa pedra do caminho. “Preparem no deserto um caminho para o Senhor, abram ali uma estrada reta para o nosso Deus passar! Todos os vales serão aterrados, e todos os morros e montes serão aplanados; os terrenos cheios de altos e baixos ficarão planos, e as regiões montanhosas virarão planícies. Então o Senhor mostrará a Sua Glória, e toda a humanidade a verá. O próprio Senhor Deus prometeu que vai fazer isso”.
Eu e você sabemos o que pode estar entulhando a nossa vida ou a vida de nosso povo. Pode ser o pecado. Pode ser mágoa acumulada. Pode ser uma pedra de tropeço, posta por um inimigo. Pode ser que você deseje um conhecimento mais real do Senhor, um relacionamento mais profundo, mas sente que algo impede que Deus passe e se manifeste de maneira mais plena em Sua vida. Você até deseja entregar-se a Ele, mas algo o impede.
Pode ser que você perceba que Deus tem uma obra bem maior para realizar em sua vida, mas algo tem sido obstáculo. Pode até ser que você nem tenha certeza do que seja esse obstáculo, mas o desafio do Senhor é que removamos essas rochas, que preparemos o terreno, que aplainemos as colinas, que abramos os caminhos de nossa vida para que o Senhor passe e Sua glória se manifeste em nós.
Um clamor constante no meio do povo é por uma manifestação especial de Deus, que temos chamado de Avivamento. Esse texto nos ensina que, primeiro, é preciso preparar os terrenos, especialmente removendo as rochas dos corações. Mesmo que seja necessário dinamitar tudo, pondo em risco o meio ambiente. Então o Senhor mostrará a Sua Glória, e toda a humanidade a verá. O próprio Senhor Deus prometeu que vai fazer isso. Deus tem o projeto de uma vida mais plena e mais rica na presença de Sua glória e majestade. Ele quer manifestar isso. Mas, antes, nos desafia a dinamitar toda pedra que seja obstáculo à Sua ação.
Meses atrás, Deus me deu uma visão. Nela eu via uma multidão de pessoas desejosas de conhecê-Lo, do lado de fora das portas da igreja, com rostos famintos, esperando que fosse removida a pedra de tropeço em nosso meio. Ele me dizia que, assim que o Seu caminho fosse liberado, a manifestação de Sua glória ia ser tão grande, que toda a humanidade a veria, como foi prometido através do profeta Isaías. Existem milhões lá fora, esperando que removamos os obstáculos para que o Senhor se manifeste e toda a terra conheça a Sua glória. Ou, ainda, você pode ser alguém que quer conhecer o Senhor com mais intimidade, mas tem sido impedido. Qualquer que seja o caso, o meu desejo é que o Senhor nos dê da dinamite do Espírito para removermos as pedras de nossa vida, que tem impedido a manifestação plena da Sua Glória.
Isaías 40. 3 – 5
Quando se decide pela construção de uma estrada, alguns elementos entram em questão. Se essa estrada vai cortar uma região de floresta, como era o caso da Transamazônica, é necessário abrir caminho em meio às árvores. Depois disso, ainda é fundamental terraplanar tudo, já que a estrada necessita de um certo grau de planura e estabilidade. Se a região é montanhosa, corre-se o risco de que o seu trajeto atravesse colinas ou rochas. No caso de uma colina, é necessário que ela seja removida para dar lugar à estrada. Se for rochosa, é possível que se torne imprescindível o uso de explosivos para dinamitar o caminho.
Alguns anos atrás, eu me lembro de ter visto uma situação bem concreta em que se fez necessário dinamitar uma rocha que interrompera uma estrada. Em uma das muitas enchentes da região Sudeste, a chuva havia feito rolar uma grande pedra que passou a interromper as pistas de uma rodovia federal. Apesar de protestos de ambientalistas, a única saída encontrada foi dinamitar a grande pedra para abrir o caminho.
É essa imagem que aparece na profecia de Isaías. Referindo-se ao predecessor do Messias, que sabemos hoje se tratar de João Batista, Isaías fala sobre ele como alguém que viria para aplanar os caminhos, desobstruí-los e limpá-los, a fim de que a glória do Senhor pudesse se manifestar através da vida e do ministério do Messias Jesus.
Podemos, no entanto, extrapolar um pouco essa interpretação porque o texto é mais amplo. Na verdade, o texto denuncia uma situação em que o Senhor quer passar, quer se manifestar, quer se fazer presente e conhecido, mas os caminhos estão obstruídos e entulhados, impedindo que o Senhor possa mostrar toda a Sua Glória. Por isso, Ele nos desafia a que preparemos o terreno, para que aplanemos os caminhos, para que dinamitemos as pedras.
Deus prometeu a manifestação de Sua presença gloriosa em nosso meio, mas algo tem impedido isso e um verdadeiro avivamento de queimar em nós pela glória do Senhor. É como se a grande rocha estivesse impedindo o Senhor de passar em nosso meio. É preciso removê-la. É preciso tirar essa pedra do caminho. “Preparem no deserto um caminho para o Senhor, abram ali uma estrada reta para o nosso Deus passar! Todos os vales serão aterrados, e todos os morros e montes serão aplanados; os terrenos cheios de altos e baixos ficarão planos, e as regiões montanhosas virarão planícies. Então o Senhor mostrará a Sua Glória, e toda a humanidade a verá. O próprio Senhor Deus prometeu que vai fazer isso”.
Eu e você sabemos o que pode estar entulhando a nossa vida ou a vida de nosso povo. Pode ser o pecado. Pode ser mágoa acumulada. Pode ser uma pedra de tropeço, posta por um inimigo. Pode ser que você deseje um conhecimento mais real do Senhor, um relacionamento mais profundo, mas sente que algo impede que Deus passe e se manifeste de maneira mais plena em Sua vida. Você até deseja entregar-se a Ele, mas algo o impede.
Pode ser que você perceba que Deus tem uma obra bem maior para realizar em sua vida, mas algo tem sido obstáculo. Pode até ser que você nem tenha certeza do que seja esse obstáculo, mas o desafio do Senhor é que removamos essas rochas, que preparemos o terreno, que aplainemos as colinas, que abramos os caminhos de nossa vida para que o Senhor passe e Sua glória se manifeste em nós.
Um clamor constante no meio do povo é por uma manifestação especial de Deus, que temos chamado de Avivamento. Esse texto nos ensina que, primeiro, é preciso preparar os terrenos, especialmente removendo as rochas dos corações. Mesmo que seja necessário dinamitar tudo, pondo em risco o meio ambiente. Então o Senhor mostrará a Sua Glória, e toda a humanidade a verá. O próprio Senhor Deus prometeu que vai fazer isso. Deus tem o projeto de uma vida mais plena e mais rica na presença de Sua glória e majestade. Ele quer manifestar isso. Mas, antes, nos desafia a dinamitar toda pedra que seja obstáculo à Sua ação.
Meses atrás, Deus me deu uma visão. Nela eu via uma multidão de pessoas desejosas de conhecê-Lo, do lado de fora das portas da igreja, com rostos famintos, esperando que fosse removida a pedra de tropeço em nosso meio. Ele me dizia que, assim que o Seu caminho fosse liberado, a manifestação de Sua glória ia ser tão grande, que toda a humanidade a veria, como foi prometido através do profeta Isaías. Existem milhões lá fora, esperando que removamos os obstáculos para que o Senhor se manifeste e toda a terra conheça a Sua glória. Ou, ainda, você pode ser alguém que quer conhecer o Senhor com mais intimidade, mas tem sido impedido. Qualquer que seja o caso, o meu desejo é que o Senhor nos dê da dinamite do Espírito para removermos as pedras de nossa vida, que tem impedido a manifestação plena da Sua Glória.
20.6.05
Cupins
Estou me afogando nos meus pecados; eles são uma carga pesada demais para mim.
Salmo 38. 4
A verdade mais simples da Bíblia sobre o homem é que ele é pecador. Isso independe de suas ações. Quer dizer, o homem não é pecador por pecar, mas peca porque é pecador. Sua natureza é oposta a natureza do Senhor, porque nossos primeiros pais pecaram. A maldição do pecado entrou na história humana.
É claro que o texto bíblico nos garante que estamos livres de toda e qualquer condenação a partir do momento que estamos em Jesus, mas isso não significa que não pecaremos mais. Porque a salvação que Deus nos providencia começa na graça, se desenvolve na graça e terminará na graça. Pecaremos, mas temos a certeza de um Pai no céu e de um Advogado justo: não seremos condenados.
Quando começamos a andar com Jesus corremos um sério risco de nos esquecermos disso. Corremos o risco de nos esquecermos que continuamos pecadores, ainda que redimidos e salvos. Andamos no fio da navalha, a todo instante tentados a nos transformarmos naquele fariseu de quem Jesus fala em Lucas 18: Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho” (Lc. 18. 10 – 12). A tentação é a de nos acharmos, em premissas totalmente equivocadas, os supersantos, impecáveis. Esse é um caminho de destruição sem volta.
É por isso que, às vezes, eu acho que Deus permite que cometamos os mais graves pecados. Ele faz isso para que a nossa natureza pecaminosa seja lançada em nosso rosto e nos conscientizemos de que não somos nada. Ele faz isso para nos preservar de qualquer sentimento orgulho, para nos tornarmos mais semelhantes ao cobrador de impostos: Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!” (Lc. 18. 13). Jesus afirma que este cobrador de impostos, consciente de sua miséria, foi o único que voltou para casa abençoado com a graça, a paz e o perdão de Deus.
Andamos no fio da navalha do orgulho, da sensação de que somos os mais especiais dos homens. Os supersantos. Nessas horas, a consciência acerca de um pecado pode ser um remédio. Davi, homem segundo coração de Deus, Seu amigo íntimo, escreveu o Salmo 38: Estou me afogando nos meus pecados; eles são uma carga pesada demais para mim. Só essa atitude pode nos garantir o perdão pela graça. Um coração quebrantado, arrependido, não deixará de ser perdoado.
Quando nos sentimos os muito bons é como se fôssemos uma bela casa, construída toda em madeira. Não percebemos, mas sob os nossos pés a casa está sendo consumida, por dentro, por um cupinzeiro. Os pequenos insetos estão corroendo todas as estruturas, todos os alicerces. Quando tivermos consciência do que está acontecendo, ou seja, quando as paredes internas se afofarem e se espatifarem, será muito tarde: a construção inteira estará condenada.
O nosso pecado pode ser esse monte de cupim. Vai destruindo a nossa vida, enquanto não tivermos a consciência vívida acerca de quem somos e de quem Deus é. Não somos nada diante do Pai Santo. Como diz o velho hino, sentimentos orgulhosos não convém a criminosos. Deus quer, em nosso coração, o sentimento humilde daquele cobrador de impostos. Se nos permitirmos ser como o fariseu, Ele nos abaterá e humilhará. É bom acordar, antes que seja tarde demais para acabar com o ataque dos cupins.
Salmo 38. 4
A verdade mais simples da Bíblia sobre o homem é que ele é pecador. Isso independe de suas ações. Quer dizer, o homem não é pecador por pecar, mas peca porque é pecador. Sua natureza é oposta a natureza do Senhor, porque nossos primeiros pais pecaram. A maldição do pecado entrou na história humana.
É claro que o texto bíblico nos garante que estamos livres de toda e qualquer condenação a partir do momento que estamos em Jesus, mas isso não significa que não pecaremos mais. Porque a salvação que Deus nos providencia começa na graça, se desenvolve na graça e terminará na graça. Pecaremos, mas temos a certeza de um Pai no céu e de um Advogado justo: não seremos condenados.
Quando começamos a andar com Jesus corremos um sério risco de nos esquecermos disso. Corremos o risco de nos esquecermos que continuamos pecadores, ainda que redimidos e salvos. Andamos no fio da navalha, a todo instante tentados a nos transformarmos naquele fariseu de quem Jesus fala em Lucas 18: Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho” (Lc. 18. 10 – 12). A tentação é a de nos acharmos, em premissas totalmente equivocadas, os supersantos, impecáveis. Esse é um caminho de destruição sem volta.
É por isso que, às vezes, eu acho que Deus permite que cometamos os mais graves pecados. Ele faz isso para que a nossa natureza pecaminosa seja lançada em nosso rosto e nos conscientizemos de que não somos nada. Ele faz isso para nos preservar de qualquer sentimento orgulho, para nos tornarmos mais semelhantes ao cobrador de impostos: Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!” (Lc. 18. 13). Jesus afirma que este cobrador de impostos, consciente de sua miséria, foi o único que voltou para casa abençoado com a graça, a paz e o perdão de Deus.
Andamos no fio da navalha do orgulho, da sensação de que somos os mais especiais dos homens. Os supersantos. Nessas horas, a consciência acerca de um pecado pode ser um remédio. Davi, homem segundo coração de Deus, Seu amigo íntimo, escreveu o Salmo 38: Estou me afogando nos meus pecados; eles são uma carga pesada demais para mim. Só essa atitude pode nos garantir o perdão pela graça. Um coração quebrantado, arrependido, não deixará de ser perdoado.
Quando nos sentimos os muito bons é como se fôssemos uma bela casa, construída toda em madeira. Não percebemos, mas sob os nossos pés a casa está sendo consumida, por dentro, por um cupinzeiro. Os pequenos insetos estão corroendo todas as estruturas, todos os alicerces. Quando tivermos consciência do que está acontecendo, ou seja, quando as paredes internas se afofarem e se espatifarem, será muito tarde: a construção inteira estará condenada.
O nosso pecado pode ser esse monte de cupim. Vai destruindo a nossa vida, enquanto não tivermos a consciência vívida acerca de quem somos e de quem Deus é. Não somos nada diante do Pai Santo. Como diz o velho hino, sentimentos orgulhosos não convém a criminosos. Deus quer, em nosso coração, o sentimento humilde daquele cobrador de impostos. Se nos permitirmos ser como o fariseu, Ele nos abaterá e humilhará. É bom acordar, antes que seja tarde demais para acabar com o ataque dos cupins.
Compaixão
Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
Mateus 14. 14.
No último sábado comprei uma camiseta que sempre quis ter. Ela traz a mais famosa foto de Che Guevara e frases conhecidas dele: Viva la Revolucion! Hasta la victoria siempre! Ontem à noite fui à igreja com ela.
Depois fiquei pensando que aquela camisa podia ser mal-entendida pelos meus irmãos. Especialmente pelo fato de que ninguém entende bem as idéias que fundamentam qualquer ideal revolucionário. Então, a pergunta inevitável seria: Como pode um cristão andar com a foto de um revolucionário? Eu poderia responder com uma outra pergunta: Como pode um cristão não ser um revolucionário?
Quem assistiu Diários de Motocicleta, mesmo que faça todas as ressalvas devidas à construção romântica da figura de Che, pôde entender como nasce um ideal revolucionário. E, mais ainda, que o ideal de Guevara não se produziu em um contexto anti-cristão ou anti-bíblico. Sua execução pode ter sido contrária às Escrituras, mas o processo de nascimento é profundamente vinculado aos princípios do Evangelho de Jesus.
O filme narra a viagem de Che e de seu parceiro Alberto Granado, de moto, pelas terras latino-americanas, quando o futuro revolucionário ainda era um jovem estudante de medicina. O ponto final da viagem seria um leprosário na Amazônia peruana. No caminho, a dupla descobre, pouco a pouco, a miséria, a exploração e a injustiça no continente. Ao chegar no leprosário, eles revolucionam o atendimento preconceituoso e de isolamento que, até então, se dava aos doentes. Mesmo em tratamento e, por isso, sendo impossível o contágio, os doentes eram isolados em uma ilha. As religiosas não permitiam que se misturassem. Na noite de seu aniversário, o asmático Ernesto atravessa o rio a nado, apenas para poder celebrar com os seus amigos leprosos na colônia da outra margem.
O ideal revolucionário nasce da capacidade de se indignar com a injustiça e de ter compaixão pelos oprimidos. E, daí, ele conduz a uma ação em favor de mudança. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
Jesus era alguém que se compadecia e se indignava, e, conduzido pelo amor, agiu para transformar o mundo, sem nenhuma dúvida. Esse era o propósito de Sua vida, Seu ministério, Seu compromisso.
Quando Jesus se encontra com o jovem rico (Lc. 18. 18 – 27), o desafia a assumir um compromisso duplo, em resposta à sua pergunta sobre o que fazer para ser salvo: compromisso com o próprio Senhor, em primeiro lugar, e compromisso com os pobres. O rico rejeita a salvação porque é incapaz de se comprometer com os pobres.
Indignação com a injustiça, compaixão pelos oprimidos e compromisso com a transformação do mundo são coisas impressas em nosso coração pelo amor de Deus. Ser cristão, por isso, é ser revolucionário, mesmo que nunca necessitemos realizar uma revolução armada. A nossa revolução é conduzida pela força do Evangelho e pela luta por mudança.
Outro dia dizia a uma amiga que ela não podia perder a capacidade de se indignar com a injustiça, sob pena de perder, junto com isso, o seu compromisso com Deus.
Podemos, por fim, não aceitar as práticas de Che, mas não podemos deixar de constatar que seu ideal, nascido da compaixão e da indignação, não diverge tanto do compromisso de Jesus quanto gostariam alguns. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
Mateus 14. 14.
No último sábado comprei uma camiseta que sempre quis ter. Ela traz a mais famosa foto de Che Guevara e frases conhecidas dele: Viva la Revolucion! Hasta la victoria siempre! Ontem à noite fui à igreja com ela.
Depois fiquei pensando que aquela camisa podia ser mal-entendida pelos meus irmãos. Especialmente pelo fato de que ninguém entende bem as idéias que fundamentam qualquer ideal revolucionário. Então, a pergunta inevitável seria: Como pode um cristão andar com a foto de um revolucionário? Eu poderia responder com uma outra pergunta: Como pode um cristão não ser um revolucionário?
Quem assistiu Diários de Motocicleta, mesmo que faça todas as ressalvas devidas à construção romântica da figura de Che, pôde entender como nasce um ideal revolucionário. E, mais ainda, que o ideal de Guevara não se produziu em um contexto anti-cristão ou anti-bíblico. Sua execução pode ter sido contrária às Escrituras, mas o processo de nascimento é profundamente vinculado aos princípios do Evangelho de Jesus.
O filme narra a viagem de Che e de seu parceiro Alberto Granado, de moto, pelas terras latino-americanas, quando o futuro revolucionário ainda era um jovem estudante de medicina. O ponto final da viagem seria um leprosário na Amazônia peruana. No caminho, a dupla descobre, pouco a pouco, a miséria, a exploração e a injustiça no continente. Ao chegar no leprosário, eles revolucionam o atendimento preconceituoso e de isolamento que, até então, se dava aos doentes. Mesmo em tratamento e, por isso, sendo impossível o contágio, os doentes eram isolados em uma ilha. As religiosas não permitiam que se misturassem. Na noite de seu aniversário, o asmático Ernesto atravessa o rio a nado, apenas para poder celebrar com os seus amigos leprosos na colônia da outra margem.
O ideal revolucionário nasce da capacidade de se indignar com a injustiça e de ter compaixão pelos oprimidos. E, daí, ele conduz a uma ação em favor de mudança. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
Jesus era alguém que se compadecia e se indignava, e, conduzido pelo amor, agiu para transformar o mundo, sem nenhuma dúvida. Esse era o propósito de Sua vida, Seu ministério, Seu compromisso.
Quando Jesus se encontra com o jovem rico (Lc. 18. 18 – 27), o desafia a assumir um compromisso duplo, em resposta à sua pergunta sobre o que fazer para ser salvo: compromisso com o próprio Senhor, em primeiro lugar, e compromisso com os pobres. O rico rejeita a salvação porque é incapaz de se comprometer com os pobres.
Indignação com a injustiça, compaixão pelos oprimidos e compromisso com a transformação do mundo são coisas impressas em nosso coração pelo amor de Deus. Ser cristão, por isso, é ser revolucionário, mesmo que nunca necessitemos realizar uma revolução armada. A nossa revolução é conduzida pela força do Evangelho e pela luta por mudança.
Outro dia dizia a uma amiga que ela não podia perder a capacidade de se indignar com a injustiça, sob pena de perder, junto com isso, o seu compromisso com Deus.
Podemos, por fim, não aceitar as práticas de Che, mas não podemos deixar de constatar que seu ideal, nascido da compaixão e da indignação, não diverge tanto do compromisso de Jesus quanto gostariam alguns. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
19.6.05
Com Jesus
Pai, quero que onde eu estiver, estejam também comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo.
João 17. 24
Estar na presença de uma autoridade é algo que pode provocar em nós constrangimento e timidez. Imagino se, um dia, fosse me dada a oportunidade de entrar na sala de trabalho do presidente da República, no Palácio do Planalto. A sua glória, com certeza, seria impactante em meu coração. E se fosse a presença de um monarca? Se eu tivesse a chance de me deparar com a Rainha Elisabete II, todos os protocolos de comportamento, toda a etiqueta, e, principalmente, toda a pompa e majestade da Rainha iriam me deixar, certamente, calado, envergonhado e reverente. Tanta glória me fariam agir como quem não sabe muito bem o que fazer nem pensar.
Eu continuo pensando muito sobre comunhão e intimidade com Jesus. Este trecho da chamada oração sacerdotal de Jesus traduz, mais uma vez, a constante vocação do cristão a andar na proximidade do seu Senhor. Pai, quero que onde eu estiver, estejam também comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo.
Desta vez, Jesus ora em favor da Sua Igreja e Seu pedido é simples. Ele pede para que o Pai possa fazer com que os discípulos aprendam e consigam estar com Jesus, onde Ele estiver. Jesus ora, em outras palavras, para que o Pai nos faça andar na profundidade da comunhão e intimidade.
Nesse caso, estar com Jesus tem um propósito bem definido: é para que vejamos a Sua Glória. É como se a Rainha Elisabete nos quisesse chamar a estar com ela, entrar na sua presença, apenas para que víssemos toda a sua glória e o esplendor de sua majestade. Certamente, essa comunhão na glória da Rainha seria de tremendo impacto em nossas vidas.
É incomparavelmente maior a Glória do Senhor e infinitamente mais Poderoso o nosso Deus. No entanto, é algo assim que Jesus pede ao Pai em nosso favor. Que estejamos com Ele, em intimidade, no lugar onde Ele estiver, para que vejamos a Sua Glória. E, certamente, a visão da Glória de Jesus é de impacto inenarrável e incomparável. A Glória do Deus do universo mata o homem, transforma o coração, muda-nos em essência, santifica as nossas vidas, impacta, de tal maneira, que somos silenciados, transformados, humilhados, vivificados. Não somos nem podemos ser os mesmos depois que entramos na presença do Deus do Universo e nos pomos diante de Sua glória e tremenda majestade.
Mas ver a glória é também partilhá-la. Impactados pela presença de Deus, somos transformados por essa glória, que vai nos moldando pelo Espírito. Estar com Jesus, penetrar na presença dEle e se prostrar ante a Sua Glória e Poder é adentrar no processo de santificação, de transformação. Somos, assim, moldados e tornados, mais e mais, semelhantes a Cristo. Santificados para refletir a Glória de Deus em nossas vidas. A glória que o Pai deu ao Filho é a glória que Jesus quer partilhar com aqueles que se aventuram em Sua comunhão, a glória da santificação e do poder do alto.
Por isso, essa parte da oração de Jesus pode ser entendida como um pedido ao Pai para que queiramos usufruir a Sua presença, comunhão e santidade. E, desse modo, se traduz em um desafio a nós, Seus discípulos, para que desejemos essa comunhão mais ardentemente.
João 17. 24
Estar na presença de uma autoridade é algo que pode provocar em nós constrangimento e timidez. Imagino se, um dia, fosse me dada a oportunidade de entrar na sala de trabalho do presidente da República, no Palácio do Planalto. A sua glória, com certeza, seria impactante em meu coração. E se fosse a presença de um monarca? Se eu tivesse a chance de me deparar com a Rainha Elisabete II, todos os protocolos de comportamento, toda a etiqueta, e, principalmente, toda a pompa e majestade da Rainha iriam me deixar, certamente, calado, envergonhado e reverente. Tanta glória me fariam agir como quem não sabe muito bem o que fazer nem pensar.
Eu continuo pensando muito sobre comunhão e intimidade com Jesus. Este trecho da chamada oração sacerdotal de Jesus traduz, mais uma vez, a constante vocação do cristão a andar na proximidade do seu Senhor. Pai, quero que onde eu estiver, estejam também comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo.
Desta vez, Jesus ora em favor da Sua Igreja e Seu pedido é simples. Ele pede para que o Pai possa fazer com que os discípulos aprendam e consigam estar com Jesus, onde Ele estiver. Jesus ora, em outras palavras, para que o Pai nos faça andar na profundidade da comunhão e intimidade.
Nesse caso, estar com Jesus tem um propósito bem definido: é para que vejamos a Sua Glória. É como se a Rainha Elisabete nos quisesse chamar a estar com ela, entrar na sua presença, apenas para que víssemos toda a sua glória e o esplendor de sua majestade. Certamente, essa comunhão na glória da Rainha seria de tremendo impacto em nossas vidas.
É incomparavelmente maior a Glória do Senhor e infinitamente mais Poderoso o nosso Deus. No entanto, é algo assim que Jesus pede ao Pai em nosso favor. Que estejamos com Ele, em intimidade, no lugar onde Ele estiver, para que vejamos a Sua Glória. E, certamente, a visão da Glória de Jesus é de impacto inenarrável e incomparável. A Glória do Deus do universo mata o homem, transforma o coração, muda-nos em essência, santifica as nossas vidas, impacta, de tal maneira, que somos silenciados, transformados, humilhados, vivificados. Não somos nem podemos ser os mesmos depois que entramos na presença do Deus do Universo e nos pomos diante de Sua glória e tremenda majestade.
Mas ver a glória é também partilhá-la. Impactados pela presença de Deus, somos transformados por essa glória, que vai nos moldando pelo Espírito. Estar com Jesus, penetrar na presença dEle e se prostrar ante a Sua Glória e Poder é adentrar no processo de santificação, de transformação. Somos, assim, moldados e tornados, mais e mais, semelhantes a Cristo. Santificados para refletir a Glória de Deus em nossas vidas. A glória que o Pai deu ao Filho é a glória que Jesus quer partilhar com aqueles que se aventuram em Sua comunhão, a glória da santificação e do poder do alto.
Por isso, essa parte da oração de Jesus pode ser entendida como um pedido ao Pai para que queiramos usufruir a Sua presença, comunhão e santidade. E, desse modo, se traduz em um desafio a nós, Seus discípulos, para que desejemos essa comunhão mais ardentemente.
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