Mestre! Nós vamos morrer! O Senhor não se importa com isso?
Marcos 4. 38
Vez por outra a gente sempre enfrenta uma séria dificuldade: não sabemos exatamente como reagir a uma determinada situação. Faltam-nos as palavras que poderiam ser dita, não temos compreensão total do que se sucede, nossos pensamentos não nos ajudam a guiar os passos diante do que se passa. Ficamos mudos por não termos o que dizer, por não sermos capazes de perceber tudo o que acontece, por não sermos capazes de saber que palavras seriam apropriadas.
Geralmente isso se dá quando nos deparamos com grandes dores e tragédias. É comum pensarmos: Fulano não merecia isso! E ficamos meio assim, sem ter o que dizer. É muito angustiante a sensação de querer apoiar, com uma Palavra de Deus, alguém que enfrenta uma grande dificuldade e não termos essas palavras.
Mas eu também costumo ficar sem palavras quando acontece algo ligeiramente diferente. Uma amiga foi convocada a dar notícia a uma irmã que não sabia, até então, que estava acometida de um câncer e seria cirurgiada dessa enfermidade. Toda preparada para um momento difícil, como de fato foi, foi surpreendida e emudecida com a reação da mulher: Você pode cantar aquele hino: “Deus cuidará de Ti!”? As reações de paz, fé e tranqüilidade diante dos piores tormentos também costumam nos inquietar e nos emudecer.
Os discípulos ficaram com raiva de Jesus em uma situação como essa. Estão lá naquele barco, atravessando o lago da Galiléia. Do nada, vem um vento forte, ondas altas se abatendo contra o barco. Os discípulos estão apavorados com aquele tormento. Certamente, é o fim: o barco vai arrebentar e afundar e todos morrerão. Olham em busca de Jesus e O encontram tranqüilamente dormindo, em profunda paz, na parte de trás do barco. A paz de Jesus incomoda aqueles homens: Mestre! Nós vamos morrer! O Senhor não se importa com isso?
Jesus podia dormir em paz porque sabia que estava sempre seguro nas mãos do Seu Pai. Por mais complicada que fosse a situação, era o Senhor quem a controlava, e não o contrário. Por mais terrível que fosse o tormento, podia haver paz naquele barco porque as vidas não correm em vão, mas é Deus quem mantém a história e as controla totalmente. O barco podia estar sendo arremessado para todos os lados, mas Jesus podia ficar em paz porque sabia que aquilo não era definitivo.
No entanto, é interessante perceber que a paz de Jesus incomodou os discípulos. Eles ficaram com raiva. Provavelmente porque não tinha se atinado ainda para o que Jesus podia fazer, mesmo depois de verem tantos milagres extraordinários acontecendo diante de seus olhos. Depois de ter repreendido o mar e o vento, diz Jesus: Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé? (Mc. 4. 40).
É a fé que pode trazer a paz nos momentos de maiores lutas e de maiores dificuldades. É a fé em um Deus que sempre cuidará de nós que pode manter o nosso coração tranqüilo mesmo quando enfrentamos uma doença terrível, como o câncer daquela mulher. É a fé, dos outros, que nos emudece. Porque pela fé deles podemos antever o grande poder de Deus em ação. Pela sua fé, vemos o que Deus pode fazer e calamos diante do Que é muito maior que nós. Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?! (Mc. 4. 41).
3.6.05
2.6.05
Alicerce
Porque Deus já pôs Jesus Cristo como o único alicerce, e nenhum outro alicerce pode ser colocado.
1 Coríntios 3. 11.
Entendo pouco de construção. Afinal, não sou engenheiro. Mas sabemos que existem duas coisas importantíssimas em uma construção: a estabilidade do alicerce e a qualidade do material.
Recentemente alguns prédios desabaram ou foram condenados na região metropolitana do Recife, especialmente por problemas estruturais causados por instabilidade na colocação de seus alicerces. Construídos em terreno arenoso, qualquer deslocamento de aterro pode lhes causar danos permanentes por causa dos alicerces instáveis.
Sobre o problema do material de construção, o exemplo mais notório que se pode lembrar é o caso do edifício Palace II. No domingo de carnaval de 1998, em 22 de fevereiro, no meio da madrugada, os moradores ouviram um forte estrondo. O saldo foi de oito mortos e um prédio de 22 andares condenado. Famílias foram desabrigadas e, algumas delas, ainda esperam alguma espécie de ressarcimento. O principal problema do Palace II foi a péssima qualidade do material empregado na obra e erros estruturais no projeto. Destruição, causada ou por alicerces falhos, ou por material de má qualidade.
Como está sendo construída a nossa vida? Qual é, em primeiro lugar, o alicerce que está fundamentando esta obra? Porque Deus já pôs Jesus Cristo como o único alicerce, e nenhum outro alicerce pode ser colocado. Jesus Cristo, Sua vida, Seu amor, Sua morte e Sua obra são o único alicerce possível na construção de nossa própria vida. Não pode haver outro do mesmo modo que não há outro Deus. Ele é a Pedra Fundamental, o Alicerce único, posto pelo próprio Deus a fim de estabilizar a obra que Ele mesmo conduz.
O nosso problema, muitas vezes, é tentarmos dispor de outros alicerces. Tentamos construir nossa vida sobre outras bases, totalmente instáveis, totalmente equivocadas. Quando fazemos isso ameaçamos a nós mesmo de enfrentarmos uma destruição ainda mais severa do que aquela provocada por prédios que caem em Pernambuco. Quando fazemos isso nos colocamos em situação de risco, morte e tragédia, ainda mais grave que a vivida pelos moradores do Palace II. Porque não arriscamos apenas a dimensão material, terrena e humana de nossas vidas. Pomos em xeque, quando construímos sobre outro alicerce, a própria essência da vida, que se funda em um relacionamento vivo com um Deus vivo. Caminhamos para a destruição, a tragédia e a morte na dimensão espiritual e eterna. Desde já, passamos a vivenciar a dor, a tristeza, a angústia e a infelicidade de se desviar do projeto que Deus tem para a construção de nossas vidas.
Mas corremos outro risco. Podemos afirmar e mesmo acreditar que estamos construindo sobre o Alicerce que é Jesus e estarmos enganados, distantes da verdade. Podemos ter, ou querer ter, Jesus como um alicerce, mas Ele permanecer um estranho para nós. Porque não nos importamos em conhecê-Lo de verdade, nos aprofundarmos em um relacionamento íntimo e pessoal com Ele. Esse Alicerce só nos dará estabilidade se nos preocuparmos em irmos até Ele, quebrantados, para conhecê-Lo mais e de verdade. Se não fizermos isso, a fé de que Ele é nosso Alicerce será apenas uma ilusão, porque estaremos construindo sobre outras coisas, outros sentimentos, outros planos, outros propósitos, menos Ele. Essa ilusão mantém, ou até multiplica por trazer uma sensação falsa de segurança, o risco de tragédia total para a construção de nossa vida.
Mas não podemos deixar de falar no material de construção. É sobre isso que Paulo fala no restante do nosso texto. Ele separa em dois tipos o material que podemos usar para a construção de nossa vida. De um lado, ouro, prata e pedras preciosas, elementos ricos, estáveis e que podem sobreviver a tudo que se levanta para derrubar o prédio. Material de primeira. Mas também podemos usar um material xinfrim, como madeira, capim ou palha. Diante de um incêndio, por exemplo, ou de um terremoto, a destruição é certa. Podemos firmamo-nos no mais correto dos alicerces, Jesus, e ainda assim pormos a obra de nossas vidas em risco devido ao material que estamos usando para construir. Mesmo assim, o prédio pode ser destruído, mas o alicerce, diz Paulo, permanece, como a nos garantir que toda obra pode ser refeita.
Que tipo de material estamos usando na construção de nossa vida? Estamos tentando construir a nossa vida na dimensão da comunhão com Deus através da busca e vivência constante do Fruto do Espírito? Ou nossas obras que levantam as paredes de nossa casa ainda são as obras da carne, contra as quais Deus se levanta (Gl. 5. 19 – 23)?
Preste atenção em que alicerce você está construindo sua vida. Será Cristo ou você está tentando arrumar um outro? Preste atenção sobre que material de construção você está empregando. De que qualidade é? Do Espírito ou da carne? A tragédia, resultante de escolhas erradas, será infinitamente maior que a morte e destruição que todos vimos pela tevê no Palace II. Preste atenção enquanto ainda for tempo de embargar a obra e recomeçá-la com tudo certo.
1 Coríntios 3. 11.
Entendo pouco de construção. Afinal, não sou engenheiro. Mas sabemos que existem duas coisas importantíssimas em uma construção: a estabilidade do alicerce e a qualidade do material.
Recentemente alguns prédios desabaram ou foram condenados na região metropolitana do Recife, especialmente por problemas estruturais causados por instabilidade na colocação de seus alicerces. Construídos em terreno arenoso, qualquer deslocamento de aterro pode lhes causar danos permanentes por causa dos alicerces instáveis.
Sobre o problema do material de construção, o exemplo mais notório que se pode lembrar é o caso do edifício Palace II. No domingo de carnaval de 1998, em 22 de fevereiro, no meio da madrugada, os moradores ouviram um forte estrondo. O saldo foi de oito mortos e um prédio de 22 andares condenado. Famílias foram desabrigadas e, algumas delas, ainda esperam alguma espécie de ressarcimento. O principal problema do Palace II foi a péssima qualidade do material empregado na obra e erros estruturais no projeto. Destruição, causada ou por alicerces falhos, ou por material de má qualidade.
Como está sendo construída a nossa vida? Qual é, em primeiro lugar, o alicerce que está fundamentando esta obra? Porque Deus já pôs Jesus Cristo como o único alicerce, e nenhum outro alicerce pode ser colocado. Jesus Cristo, Sua vida, Seu amor, Sua morte e Sua obra são o único alicerce possível na construção de nossa própria vida. Não pode haver outro do mesmo modo que não há outro Deus. Ele é a Pedra Fundamental, o Alicerce único, posto pelo próprio Deus a fim de estabilizar a obra que Ele mesmo conduz.
O nosso problema, muitas vezes, é tentarmos dispor de outros alicerces. Tentamos construir nossa vida sobre outras bases, totalmente instáveis, totalmente equivocadas. Quando fazemos isso ameaçamos a nós mesmo de enfrentarmos uma destruição ainda mais severa do que aquela provocada por prédios que caem em Pernambuco. Quando fazemos isso nos colocamos em situação de risco, morte e tragédia, ainda mais grave que a vivida pelos moradores do Palace II. Porque não arriscamos apenas a dimensão material, terrena e humana de nossas vidas. Pomos em xeque, quando construímos sobre outro alicerce, a própria essência da vida, que se funda em um relacionamento vivo com um Deus vivo. Caminhamos para a destruição, a tragédia e a morte na dimensão espiritual e eterna. Desde já, passamos a vivenciar a dor, a tristeza, a angústia e a infelicidade de se desviar do projeto que Deus tem para a construção de nossas vidas.
Mas corremos outro risco. Podemos afirmar e mesmo acreditar que estamos construindo sobre o Alicerce que é Jesus e estarmos enganados, distantes da verdade. Podemos ter, ou querer ter, Jesus como um alicerce, mas Ele permanecer um estranho para nós. Porque não nos importamos em conhecê-Lo de verdade, nos aprofundarmos em um relacionamento íntimo e pessoal com Ele. Esse Alicerce só nos dará estabilidade se nos preocuparmos em irmos até Ele, quebrantados, para conhecê-Lo mais e de verdade. Se não fizermos isso, a fé de que Ele é nosso Alicerce será apenas uma ilusão, porque estaremos construindo sobre outras coisas, outros sentimentos, outros planos, outros propósitos, menos Ele. Essa ilusão mantém, ou até multiplica por trazer uma sensação falsa de segurança, o risco de tragédia total para a construção de nossa vida.
Mas não podemos deixar de falar no material de construção. É sobre isso que Paulo fala no restante do nosso texto. Ele separa em dois tipos o material que podemos usar para a construção de nossa vida. De um lado, ouro, prata e pedras preciosas, elementos ricos, estáveis e que podem sobreviver a tudo que se levanta para derrubar o prédio. Material de primeira. Mas também podemos usar um material xinfrim, como madeira, capim ou palha. Diante de um incêndio, por exemplo, ou de um terremoto, a destruição é certa. Podemos firmamo-nos no mais correto dos alicerces, Jesus, e ainda assim pormos a obra de nossas vidas em risco devido ao material que estamos usando para construir. Mesmo assim, o prédio pode ser destruído, mas o alicerce, diz Paulo, permanece, como a nos garantir que toda obra pode ser refeita.
Que tipo de material estamos usando na construção de nossa vida? Estamos tentando construir a nossa vida na dimensão da comunhão com Deus através da busca e vivência constante do Fruto do Espírito? Ou nossas obras que levantam as paredes de nossa casa ainda são as obras da carne, contra as quais Deus se levanta (Gl. 5. 19 – 23)?
Preste atenção em que alicerce você está construindo sua vida. Será Cristo ou você está tentando arrumar um outro? Preste atenção sobre que material de construção você está empregando. De que qualidade é? Do Espírito ou da carne? A tragédia, resultante de escolhas erradas, será infinitamente maior que a morte e destruição que todos vimos pela tevê no Palace II. Preste atenção enquanto ainda for tempo de embargar a obra e recomeçá-la com tudo certo.
1.6.05
Firmes
Louvemos a Deus! Pois Ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado.
Romanos 16. 25
Quando morava em Fortaleza um incêndio atingiu algumas construções antigas no centro da cidade. Tendo se iniciado em um dos prédios, a preocupação do corpo de bombeiros era resfriar as estruturas e impedir que o fogo atingisse os prédios vizinhos. Construções antigas, devido à idade, tinham menos resistência ao fogo. Suas estruturas podiam ser abaladas e os prédios cederem. De fato, o prédio onde o fogo começou foi condenado.
O fogo é um destruidor tremendo. E atinge as estruturas que sustentam os prédios que sofrem os incêndios. Sempre que vemos imagens de incêndios na tevê, vemos também os bombeiros lutando para resfriar as estruturas a fim de manter as construções firmes.
O que provocou a queda das torres gêmeas do World Trade Center foram as elevadas temperaturas provocadas pelo incêndio do combustível dos aviões, além de todo material inflamável que estava nos prédios, inclusive gás encanado. As temperaturas altas, no centro do prédio, derreteram as estruturas de sustentação e provocaram o colapso das torres.
Além do fogo, outros elementos podem abalar as estruturas de construções, contribuindo para o seu colapso e destruição. Deslizamentos de terra, terremotos, águas de chuva, maresia, sol, enfim, uma série de fatores que podem pôr em risco a firmeza de prédios e casas, ameaçando a segurança de seus moradores. Por isso, não raro, ouvimos falar de prédios condenados pela Defesa Civil. Estruturas abaladas, firmeza comprometida. Prejuízos, perdas e, às vezes, enormes tragédias provocados pela corrosão da firmeza de estruturas.
Nossa vida é assim. Diversos elementos destruidores se voltam contra nós visando destruir nossas estruturas, acabar com nossa firmeza, pôr nossas vidas a perder. Vez por outra, podemos até perceber que somos alvos de toda investida do inferno e das circunstâncias da vida procurando a nossa destruição. Vez por outra, na luta por resistir a esses ataques, nos vemos cansados e feridos, sobrecarregados e abalados. Nossa firmeza titubeia, provavelmente porque estamos lutando contra o que nos quer destruir com nossas próprias forças. Isso vai drenando nossas energias e, por fim, o que queríamos evitar é o que nos resta: estruturas abaladas, firmeza comprometida. Nossa vida se encontra em risco.
Louvemos a Deus! Pois Ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado. A firmeza de nossas almas, definitiva, só pode ser encontrada em Jesus e no Seu poder. Paulo fala sobre Deus como Aquele que pode nos conservar firmes, apesar de toda ação que tenta nos destruir. E pode nos conservar firmes com base no que ele chama de evangelho e de mistério, ou verdade secreta, que nos é revelado.
O evangelho é a mensagem a respeito de Cristo. E essa mensagem é simples e maravilhosa: Deus se fez um de nós em Jesus, foi à Cruz por amor, levando sobre Si os nossos pecados, assumindo a nossa culpa. Ali, venceu o mal e nos transportou do império das trevas para o Seu Reino de amor. Ele fez isso e nos tem eternamente em Suas mãos. Ele nos garante firmeza porque toma a nossa vida nas mãos, cuidando dEle e manifestando Seu amor por nós em todo tempo. Ele jamais nos largará, mas sustentará as paredes e estruturas de nossa vida, impedindo que as agressões abalem a sua firmeza. Ele é Fiel.
Essa verdade secreta, que nos foi revelada, é tornada explícita na carta aos Efésios: Esse plano é unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no céu e na terra (Ef. 1. 10). Isso significa que a história caminha com propósito, ela tem um alvo, e nada a desviará desse propósito: reunir todas as coisas sob o Senhorio de Cristo. Nada nem ninguém poderá impedir que esse fato se concretize. Deus nos garante firmes com base em Jesus, que nunca nos deixará cair, e no curso da história, que não pode ser desviado. Caminhamos na direção de Cristo. Caminhamos para o instante em que todas as coisas e pessoas estarão sob o domínio absoluto – e conscientes disso – de Jesus, alguns em paz eterna, alguns eternamente condenados. Caminhamos para o fim da história, caminhamos para a volta de Jesus. E esse curso, que não pode ser mudado, é garantia de que estaremos firmes.
Por mais que as intempéries e as agressões tentem abalar nossas estruturas e corromper nossa firmeza, podemos louvar a Deus. Firmados no evangelho e no mistério do fim da história, permaneceremos seguros nas mãos de Jesus.
Romanos 16. 25
Quando morava em Fortaleza um incêndio atingiu algumas construções antigas no centro da cidade. Tendo se iniciado em um dos prédios, a preocupação do corpo de bombeiros era resfriar as estruturas e impedir que o fogo atingisse os prédios vizinhos. Construções antigas, devido à idade, tinham menos resistência ao fogo. Suas estruturas podiam ser abaladas e os prédios cederem. De fato, o prédio onde o fogo começou foi condenado.
O fogo é um destruidor tremendo. E atinge as estruturas que sustentam os prédios que sofrem os incêndios. Sempre que vemos imagens de incêndios na tevê, vemos também os bombeiros lutando para resfriar as estruturas a fim de manter as construções firmes.
O que provocou a queda das torres gêmeas do World Trade Center foram as elevadas temperaturas provocadas pelo incêndio do combustível dos aviões, além de todo material inflamável que estava nos prédios, inclusive gás encanado. As temperaturas altas, no centro do prédio, derreteram as estruturas de sustentação e provocaram o colapso das torres.
Além do fogo, outros elementos podem abalar as estruturas de construções, contribuindo para o seu colapso e destruição. Deslizamentos de terra, terremotos, águas de chuva, maresia, sol, enfim, uma série de fatores que podem pôr em risco a firmeza de prédios e casas, ameaçando a segurança de seus moradores. Por isso, não raro, ouvimos falar de prédios condenados pela Defesa Civil. Estruturas abaladas, firmeza comprometida. Prejuízos, perdas e, às vezes, enormes tragédias provocados pela corrosão da firmeza de estruturas.
Nossa vida é assim. Diversos elementos destruidores se voltam contra nós visando destruir nossas estruturas, acabar com nossa firmeza, pôr nossas vidas a perder. Vez por outra, podemos até perceber que somos alvos de toda investida do inferno e das circunstâncias da vida procurando a nossa destruição. Vez por outra, na luta por resistir a esses ataques, nos vemos cansados e feridos, sobrecarregados e abalados. Nossa firmeza titubeia, provavelmente porque estamos lutando contra o que nos quer destruir com nossas próprias forças. Isso vai drenando nossas energias e, por fim, o que queríamos evitar é o que nos resta: estruturas abaladas, firmeza comprometida. Nossa vida se encontra em risco.
Louvemos a Deus! Pois Ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado. A firmeza de nossas almas, definitiva, só pode ser encontrada em Jesus e no Seu poder. Paulo fala sobre Deus como Aquele que pode nos conservar firmes, apesar de toda ação que tenta nos destruir. E pode nos conservar firmes com base no que ele chama de evangelho e de mistério, ou verdade secreta, que nos é revelado.
O evangelho é a mensagem a respeito de Cristo. E essa mensagem é simples e maravilhosa: Deus se fez um de nós em Jesus, foi à Cruz por amor, levando sobre Si os nossos pecados, assumindo a nossa culpa. Ali, venceu o mal e nos transportou do império das trevas para o Seu Reino de amor. Ele fez isso e nos tem eternamente em Suas mãos. Ele nos garante firmeza porque toma a nossa vida nas mãos, cuidando dEle e manifestando Seu amor por nós em todo tempo. Ele jamais nos largará, mas sustentará as paredes e estruturas de nossa vida, impedindo que as agressões abalem a sua firmeza. Ele é Fiel.
Essa verdade secreta, que nos foi revelada, é tornada explícita na carta aos Efésios: Esse plano é unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no céu e na terra (Ef. 1. 10). Isso significa que a história caminha com propósito, ela tem um alvo, e nada a desviará desse propósito: reunir todas as coisas sob o Senhorio de Cristo. Nada nem ninguém poderá impedir que esse fato se concretize. Deus nos garante firmes com base em Jesus, que nunca nos deixará cair, e no curso da história, que não pode ser desviado. Caminhamos na direção de Cristo. Caminhamos para o instante em que todas as coisas e pessoas estarão sob o domínio absoluto – e conscientes disso – de Jesus, alguns em paz eterna, alguns eternamente condenados. Caminhamos para o fim da história, caminhamos para a volta de Jesus. E esse curso, que não pode ser mudado, é garantia de que estaremos firmes.
Por mais que as intempéries e as agressões tentem abalar nossas estruturas e corromper nossa firmeza, podemos louvar a Deus. Firmados no evangelho e no mistério do fim da história, permaneceremos seguros nas mãos de Jesus.
31.5.05
A essência da vida
Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.
Romanos 12. 1.
Qual é a essência da vida? Qual a coisa mais fundamental pela qual podemos e devemos viver? Cada um de nós, de maneira mais ou menos consciente, se questiona acerca disso, porque essa resposta firma a orientação que daremos à nossa vida. O que consideremos a essência e o fundamento de nossa existência conduzirá absolutamente todos os passos de nossa vida. Essa resposta é tremendamente fundamental.
Costumamos viver como se o amor fosse a coisa mais essencial de nossas vidas. As pessoas cantam o amor, fazem grandes loucuras por ele, buscam-no todos os dias, cada instante, cada momento. As pessoas condicionam a sua felicidade à descoberta de um amor verdadeiro. Suspiram, anseiam, esperam que o romance em suas vidas possa lhe dar o sentido que desejam.
Quando pensamos no amor, vinculamos a sua existência à presença do prazer na alma. A busca pelo amor, descontrolada, é também busca pelo prazer. Prazer em diversos aspectos e sentidos. Especialmente, o prazer sexual. Para alguns, a essência da vida é o sexo. E vivem em busca de consumar sua libido. Vivem em busca do prazer.
O prazer pode ser buscado em outras formas de alegria. Quando era adolescente geralmente ia às festas em busca de uma alegria que, invariavelmente, se transformava em profunda tristeza quando retornava à minha casa. Buscava o prazer e a alegria que julgava fundamentais. Tributava a eles o caráter de essência na vida. Mas eles eram fugazes e passageiros. Por isso, restava em meu peito aquilo que logo chamei de “depressão pós-festa”.
Nenhuma dessas coisas é ruim em si mesmas, mas nenhuma pode satisfazer a nossa necessidade: descobrir qual é a essência da vida. Ansiamos por descobrir que fundamento pode orientar os nossos passos, sobre o quê podemos construir uma vida de contentamento e satisfação. Todas as nossas buscas – por amor, por prazer, por alegria – redundam em nada porque estamos olhando para o lado errado.
Qual é a essência da vida? O que há de mais fundamental nela? Sobre o quê podemos construí-la sem arrependimento? Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele (Rm. 12. 1 – 2).
Podemos construir uma vida de alegria e contentamento quando a entregamos como holocausto, como sacrifício que morre inteiramente e é totalmente queimado, ao Senhor. A entrega deve ser total. E quando nos sacrificamos totalmente ao Senhor, não podemos querer ter vontade, ter desejos, ter uma vida própria. O segredo é abrir mão da própria vida, se dedicando exclusivamente a Deus. A coisa mais fundamental da vida é entregar-se inteiramente ao Senhor, porque esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. A essência da vida é o sacrifício de si mesmo a Deus.
Assim, as nossas buscas terão um melhor resultado porque olharemos para o lado certo. Com as mentes renovadas, convertidas a Deus todos os dias, buscaremos amor, prazer e alegria no Único que pode nos dar essas coisas de verdade. O Senhor é a nossa fonte de vida, de amor, de prazer e de alegria. Só nEle podemos usufruir plenamente todas essas coisas, de maneira absoluta e extrema, fazendo a cada instante a vida, entregue a Ele, valer a pena. Porque, entregues a Ele, experimentaremos o prazer de viver na dimensão da agradável, perfeita e boa vontade do Senhor.
Não há, assim, espaço para os nossos próprios prazeres, desejos e vontades. Nem queremos mais isso, porque agora descobrimos o prazer e o valor da vida rendida inteiramente às mãos do Senhor. Descobrimos o prazer de Sua vontade e de se viver no centro dela, abrindo mão, alegremente, de todas as coisas a fim de que se cumpra em nós o projeto de Deus. Nossos sonhos, nossos projetos, nossos planos e nossas vontades não valem mais a pena. Entregues totalmente como holocaustos no altar de Deus aprendemos o valor e o prazer de desejar e viver apenas os sonhos, os projetos, os planos e a vontade de Deus para nossas vidas.
Qual é a essência da vida? Qual a coisa mais fundamental? Render a vida integralmente ao Senhor, como sacrifício totalmente entregue a Deus, por meio de Jesus Cristo.
Romanos 12. 1.
Qual é a essência da vida? Qual a coisa mais fundamental pela qual podemos e devemos viver? Cada um de nós, de maneira mais ou menos consciente, se questiona acerca disso, porque essa resposta firma a orientação que daremos à nossa vida. O que consideremos a essência e o fundamento de nossa existência conduzirá absolutamente todos os passos de nossa vida. Essa resposta é tremendamente fundamental.
Costumamos viver como se o amor fosse a coisa mais essencial de nossas vidas. As pessoas cantam o amor, fazem grandes loucuras por ele, buscam-no todos os dias, cada instante, cada momento. As pessoas condicionam a sua felicidade à descoberta de um amor verdadeiro. Suspiram, anseiam, esperam que o romance em suas vidas possa lhe dar o sentido que desejam.
Quando pensamos no amor, vinculamos a sua existência à presença do prazer na alma. A busca pelo amor, descontrolada, é também busca pelo prazer. Prazer em diversos aspectos e sentidos. Especialmente, o prazer sexual. Para alguns, a essência da vida é o sexo. E vivem em busca de consumar sua libido. Vivem em busca do prazer.
O prazer pode ser buscado em outras formas de alegria. Quando era adolescente geralmente ia às festas em busca de uma alegria que, invariavelmente, se transformava em profunda tristeza quando retornava à minha casa. Buscava o prazer e a alegria que julgava fundamentais. Tributava a eles o caráter de essência na vida. Mas eles eram fugazes e passageiros. Por isso, restava em meu peito aquilo que logo chamei de “depressão pós-festa”.
Nenhuma dessas coisas é ruim em si mesmas, mas nenhuma pode satisfazer a nossa necessidade: descobrir qual é a essência da vida. Ansiamos por descobrir que fundamento pode orientar os nossos passos, sobre o quê podemos construir uma vida de contentamento e satisfação. Todas as nossas buscas – por amor, por prazer, por alegria – redundam em nada porque estamos olhando para o lado errado.
Qual é a essência da vida? O que há de mais fundamental nela? Sobre o quê podemos construí-la sem arrependimento? Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele (Rm. 12. 1 – 2).
Podemos construir uma vida de alegria e contentamento quando a entregamos como holocausto, como sacrifício que morre inteiramente e é totalmente queimado, ao Senhor. A entrega deve ser total. E quando nos sacrificamos totalmente ao Senhor, não podemos querer ter vontade, ter desejos, ter uma vida própria. O segredo é abrir mão da própria vida, se dedicando exclusivamente a Deus. A coisa mais fundamental da vida é entregar-se inteiramente ao Senhor, porque esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. A essência da vida é o sacrifício de si mesmo a Deus.
Assim, as nossas buscas terão um melhor resultado porque olharemos para o lado certo. Com as mentes renovadas, convertidas a Deus todos os dias, buscaremos amor, prazer e alegria no Único que pode nos dar essas coisas de verdade. O Senhor é a nossa fonte de vida, de amor, de prazer e de alegria. Só nEle podemos usufruir plenamente todas essas coisas, de maneira absoluta e extrema, fazendo a cada instante a vida, entregue a Ele, valer a pena. Porque, entregues a Ele, experimentaremos o prazer de viver na dimensão da agradável, perfeita e boa vontade do Senhor.
Não há, assim, espaço para os nossos próprios prazeres, desejos e vontades. Nem queremos mais isso, porque agora descobrimos o prazer e o valor da vida rendida inteiramente às mãos do Senhor. Descobrimos o prazer de Sua vontade e de se viver no centro dela, abrindo mão, alegremente, de todas as coisas a fim de que se cumpra em nós o projeto de Deus. Nossos sonhos, nossos projetos, nossos planos e nossas vontades não valem mais a pena. Entregues totalmente como holocaustos no altar de Deus aprendemos o valor e o prazer de desejar e viver apenas os sonhos, os projetos, os planos e a vontade de Deus para nossas vidas.
Qual é a essência da vida? Qual a coisa mais fundamental? Render a vida integralmente ao Senhor, como sacrifício totalmente entregue a Deus, por meio de Jesus Cristo.
30.5.05
Arrebentando paredes
Homem mortal, arrebente esta parede.
Ezequiel 8. 7.
Ezequiel foi levado em uma visão desde a Babilônia até Jerusalém. Lá, Deus o manda entrar no templo e o prepara para ver coisas terríveis que a liderança do povo está fazendo, às escondidas, dentro do Santo dos Santos. O Senhor conduz o profeta até a entrada do pátio, onde há um buraco na parede. E o manda arrebentar a parede a partir daquele buraco.
Do lado de dentro, os líderes estão fazendo coisas inimagináveis. Dentro do templo do Senhor, adoram todo tipo de deuses e animais. Prestam todo tipo culto abominável. Adoram até mesmo o sol. E fazem isso escondidos, ocultos por paredes que tendem a mostrá-los como fiéis e obedientes ao público externo, escondendo seus reais caracteres. Eles se esforçam por esconder os pecados e parecem santos de verdade. Mas além daquelas paredes e daquele buraco, toda sorte de coisas nojentas acontecem e se escondem. Homem mortal, você está vendo o que os líderes israelitas estão fazendo em segredo? (Ez. 8. 12).
Essa denúncia vem a mim por duas vias. As duas vias dizem respeito àquilo que tentamos esconder até mesmo de Deus, como se fosse possível: A desculpa deles é esta: “O Senhor Deus não está vendo. Ele abandonou o país” (Ez. 8. 12). Em primeiro lugar, muitas vezes estamos tentando, como a liderança de Israel, esconder nossas práticas abomináveis mantendo a aparência de seriedade e santidade de nossas almas. Ocultamos nossos pecados do público por tênues paredes esburacadas. Em vez de confessá-los, os escondemos. Mais cedo ou mais tarde, eles serão expostos. Serão trazidos à luz. Isso é uma verdade inescapável, porque Deus quer tratar deles por nos amar. Mais cedo ou mais tarde, alguém vai arrebentar o buraco da parede e estaremos desnudos diante de todos.
Mas acredito que há uma dimensão ainda mais profunda nessa história. Nosso coração esconde muita coisa. Nosso coração oculta muita abominação e muito pecado. Nosso coração esconde muita sujeira. Paredes finas separam o lixo da exposição ao público. Escondemos, enterramos estas coisas talvez na vã hipótese de que ficarão ocultas a Deus. Como se o Senhor não fosse capaz de perfeitamente observar dentro do nosso peito. Olhar para dentro de nossa alma. Conhecer a intimidade de nosso coração e constatar a crueza de nosso pecado, de nossas culpas, do lixo que guardamos.
É por isso que gosto do chamado de Ezequiel para arrebentar a parede. Mais cedo ou mais tarde, todas as paredes que escondem os piores segredos serão arrebentadas. Parece que Deus quer nos dar a chance de agirmos como Ezequiel contra o nosso próprio coração. Há um buraco na parede que esconde nossa sujeira. Deus nos desafia a arrebentar esta parede do nosso coração com as nossas próprias mãos. Porque Ele quer limpar tudo de imundo que há em nosso interior. Toda sujeira e todo pecado precisam ser limpos pelo Senhor. Por isso, Ele nos desafia a, a partir do pequeno buraco que ali está, derrubarmos todo o muro e nos permitirmos ver o que de podre temos guardado em nós e, assim, podermos sujeitar o coração e derramar a nossa alma diante de Deus para que Ele nos cure.
Carregamos muito lixo. Aqueles pecados que mais gostamos. As mágoas contra os que nos feriram. Os sentimentos de vingança. As emoções arrebentadas. A idolatria de diversas formas. Os pecados inconfessos. Enfim, há muita sujeira a ser descoberta em nosso peito. E às vezes Deus não pode nos limpar por Seu Espírito porque mantemos as paredes erguidas contra a ação transformadora, perdoadora e libertadora de Deus.
Cada um de nós tem seu próprio lixo. Todos nós, talvez no instinto de auto-defesa, evitamos expô-lo e vamos guardando-o dentro das paredes esburacadas do nosso coração. Deus quer limpar esse lixo, mas só você tem a chance de mostrá-lo a Ele para que o Seu Espírito venha fazer a limpeza. Você tem a oportunidade de arrebentar a parede, ver seu próprio lixo e permitir que as Águas Vivas de Deus venham até o Seu coração, levá-lo embora. A proposta que o Senhor nos faz é nos voltarmos contra o nosso próprio coração, arrebentar as suas paredes e expormos diante dEle toda nossa sujeira e pecado. Enquanto ainda houver tempo para que Ele nos trate.
Ezequiel 8. 7.
Ezequiel foi levado em uma visão desde a Babilônia até Jerusalém. Lá, Deus o manda entrar no templo e o prepara para ver coisas terríveis que a liderança do povo está fazendo, às escondidas, dentro do Santo dos Santos. O Senhor conduz o profeta até a entrada do pátio, onde há um buraco na parede. E o manda arrebentar a parede a partir daquele buraco.
Do lado de dentro, os líderes estão fazendo coisas inimagináveis. Dentro do templo do Senhor, adoram todo tipo de deuses e animais. Prestam todo tipo culto abominável. Adoram até mesmo o sol. E fazem isso escondidos, ocultos por paredes que tendem a mostrá-los como fiéis e obedientes ao público externo, escondendo seus reais caracteres. Eles se esforçam por esconder os pecados e parecem santos de verdade. Mas além daquelas paredes e daquele buraco, toda sorte de coisas nojentas acontecem e se escondem. Homem mortal, você está vendo o que os líderes israelitas estão fazendo em segredo? (Ez. 8. 12).
Essa denúncia vem a mim por duas vias. As duas vias dizem respeito àquilo que tentamos esconder até mesmo de Deus, como se fosse possível: A desculpa deles é esta: “O Senhor Deus não está vendo. Ele abandonou o país” (Ez. 8. 12). Em primeiro lugar, muitas vezes estamos tentando, como a liderança de Israel, esconder nossas práticas abomináveis mantendo a aparência de seriedade e santidade de nossas almas. Ocultamos nossos pecados do público por tênues paredes esburacadas. Em vez de confessá-los, os escondemos. Mais cedo ou mais tarde, eles serão expostos. Serão trazidos à luz. Isso é uma verdade inescapável, porque Deus quer tratar deles por nos amar. Mais cedo ou mais tarde, alguém vai arrebentar o buraco da parede e estaremos desnudos diante de todos.
Mas acredito que há uma dimensão ainda mais profunda nessa história. Nosso coração esconde muita coisa. Nosso coração oculta muita abominação e muito pecado. Nosso coração esconde muita sujeira. Paredes finas separam o lixo da exposição ao público. Escondemos, enterramos estas coisas talvez na vã hipótese de que ficarão ocultas a Deus. Como se o Senhor não fosse capaz de perfeitamente observar dentro do nosso peito. Olhar para dentro de nossa alma. Conhecer a intimidade de nosso coração e constatar a crueza de nosso pecado, de nossas culpas, do lixo que guardamos.
É por isso que gosto do chamado de Ezequiel para arrebentar a parede. Mais cedo ou mais tarde, todas as paredes que escondem os piores segredos serão arrebentadas. Parece que Deus quer nos dar a chance de agirmos como Ezequiel contra o nosso próprio coração. Há um buraco na parede que esconde nossa sujeira. Deus nos desafia a arrebentar esta parede do nosso coração com as nossas próprias mãos. Porque Ele quer limpar tudo de imundo que há em nosso interior. Toda sujeira e todo pecado precisam ser limpos pelo Senhor. Por isso, Ele nos desafia a, a partir do pequeno buraco que ali está, derrubarmos todo o muro e nos permitirmos ver o que de podre temos guardado em nós e, assim, podermos sujeitar o coração e derramar a nossa alma diante de Deus para que Ele nos cure.
Carregamos muito lixo. Aqueles pecados que mais gostamos. As mágoas contra os que nos feriram. Os sentimentos de vingança. As emoções arrebentadas. A idolatria de diversas formas. Os pecados inconfessos. Enfim, há muita sujeira a ser descoberta em nosso peito. E às vezes Deus não pode nos limpar por Seu Espírito porque mantemos as paredes erguidas contra a ação transformadora, perdoadora e libertadora de Deus.
Cada um de nós tem seu próprio lixo. Todos nós, talvez no instinto de auto-defesa, evitamos expô-lo e vamos guardando-o dentro das paredes esburacadas do nosso coração. Deus quer limpar esse lixo, mas só você tem a chance de mostrá-lo a Ele para que o Seu Espírito venha fazer a limpeza. Você tem a oportunidade de arrebentar a parede, ver seu próprio lixo e permitir que as Águas Vivas de Deus venham até o Seu coração, levá-lo embora. A proposta que o Senhor nos faz é nos voltarmos contra o nosso próprio coração, arrebentar as suas paredes e expormos diante dEle toda nossa sujeira e pecado. Enquanto ainda houver tempo para que Ele nos trate.
29.5.05
Todas as situações
Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.
Filipenses 4. 13
Já falei em outros momentos do fato de que estou fazendo mestrado. Meu campo de pesquisa é a Internet. Mais precisamente, foco meus olhos no fenômeno blog. Pois bem, como se não bastasse nossa necessidade já natural, como estudantes, do uso do computador, para mim, a natureza de minha pesquisa me põe completamente dependente dessas máquinas. Se bem que sei não depender da minha máquina, mas de meu Deus.
No mês de abril, durante trinta dias, passei algumas horas da minha tarde visitando blog que é meu objeto de análise, registrando os seus posts, as suas mudanças, escrevendo relatórios. Enfim, construindo meu trabalho. Toda a minha revisão bibliográfica tem um back-up no disco virtual do UOL, como segurança para qualquer problema técnico que eu pudesse ter. No entanto, meus dados, coletados com tanto esforço e dificuldade, não. Ontem, ao chegar da igreja no início da noite, liguei meu computador e... nada. Apesar de ser inicializado, o Windows travava. Ameacei me desesperar. Só pensava nos meus dados perdidos. Mas antes que qualquer sentimento mais frustrante me dominasse lembrei de Paulo e do que ele diz aos filipenses.
A carta da alegria foi escrita na prisão. Em algemas físicas Paulo nos inspira acerca da liberdade que nos traz a alegria no Senhor. No capítulo 4, o apóstolo apresenta um raciocínio fantástico e desafiador: aprendi a viver satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação (Fp. 4. 11 – 13). A satisfação no Senhor e alegria do Senhor nos ensinam a passarmos e enfretarmos toda e qualquer situação mais difícil.
Quando pensei que podia ter perdido meus dados e que poderia ter de coletá-los novamente, a única certeza que tive e que me alentou o coração foi que as coisas na minha vida não correm ao acaso, mas antes são conduzidas em todo o tempo pelo Espírito Santo de Deus. Como uma pena ao Vento, sei que minha vida segue por caminhos que me podem ser desconhecidos e aparentemente incertos, mas que, posso ter certeza, são os melhores, especialmente por serem conduzidos por Deus. Quando peço a Jesus que seja o centro da minha vida e quero rasgar meu peito em Sua presença para viver isso de verdade, não quero falar da boca para fora. Se vivo assim e aprendi que a alegria do Senhor é, de verdade, a minha força, podia estar certo que, por mais complicada que ficasse minha pesquisa, se eu tivesse perdido tudo, aquilo fazia parte do plano do melhor de Deus para mim. Talvez não o melhor para o desenvolvimento do meu mestrado, mas para minha vida. Imediatamente, ao perceber isso, certo de que Deus tinha tudo sob controle, acalmei o meu coração e mantive minha alegria.
Graças a Deus, o problema de minha máquina era simples. Tendo deixado o computador na casa de um irmão, em quarenta minutos ele havia ressuscitado. Havia uma única peça pifada que, tão logo trocada, permitiu que a máquina funcionasse de novo. Mas já havia aprendido a lição: estar alegre em qualquer situação independe de quão difíceis fossem as circunstâncias.
É claro que meu exemplo é muito simples diante de tanta coisa que pode nos abater no dia a dia. Paulo é mais completo. Ele diz que pode se manter firme e enfrentar qualquer coisa desde que Jesus lhe dá força: quer seja viver em fartura como em carência, quer seja viver em liberdade ou em prisão, quer seja estar saudável ou doente, quer esteja alimentado ou faminto. De todas essas coisas ele tem uma experiência, vencedora e alegre porque o Senhor está com ele e jamais o abandona. Ele é centro de sua vida, a Força que lhe sustenta, o Rochedo da Salvação, a Fortaleza na hora da angústia. Se temos o prazer e a comunhão com o Senhor, as coisas mais difíceis são superáveis. Podemos passar por elas, porque o Senhor nos sustenta com Sua mão poderosa. E nos conduz pelo Seu melhor plano para o Seu melhor porto.
Você pode estar enfrentando lutas terríveis, sofrimentos inimagináveis, dores tremendas que somente Jesus conhece. Deixe-O ser o centro da sua vida, a Força da sua alma, a razão da sua vida, não apenas da boca para fora. Rasgue seu coração, disponha sua alma, humilhe-se sob Sua poderosa mão. Deixe que Ele seja Aquele que lhe dá força nas horas mais difíceis, conduzindo você pela mão. Deixe que a alegria do Senhor seja sua força, independente das circunstâncias.
Filipenses 4. 13
Já falei em outros momentos do fato de que estou fazendo mestrado. Meu campo de pesquisa é a Internet. Mais precisamente, foco meus olhos no fenômeno blog. Pois bem, como se não bastasse nossa necessidade já natural, como estudantes, do uso do computador, para mim, a natureza de minha pesquisa me põe completamente dependente dessas máquinas. Se bem que sei não depender da minha máquina, mas de meu Deus.
No mês de abril, durante trinta dias, passei algumas horas da minha tarde visitando blog que é meu objeto de análise, registrando os seus posts, as suas mudanças, escrevendo relatórios. Enfim, construindo meu trabalho. Toda a minha revisão bibliográfica tem um back-up no disco virtual do UOL, como segurança para qualquer problema técnico que eu pudesse ter. No entanto, meus dados, coletados com tanto esforço e dificuldade, não. Ontem, ao chegar da igreja no início da noite, liguei meu computador e... nada. Apesar de ser inicializado, o Windows travava. Ameacei me desesperar. Só pensava nos meus dados perdidos. Mas antes que qualquer sentimento mais frustrante me dominasse lembrei de Paulo e do que ele diz aos filipenses.
A carta da alegria foi escrita na prisão. Em algemas físicas Paulo nos inspira acerca da liberdade que nos traz a alegria no Senhor. No capítulo 4, o apóstolo apresenta um raciocínio fantástico e desafiador: aprendi a viver satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação (Fp. 4. 11 – 13). A satisfação no Senhor e alegria do Senhor nos ensinam a passarmos e enfretarmos toda e qualquer situação mais difícil.
Quando pensei que podia ter perdido meus dados e que poderia ter de coletá-los novamente, a única certeza que tive e que me alentou o coração foi que as coisas na minha vida não correm ao acaso, mas antes são conduzidas em todo o tempo pelo Espírito Santo de Deus. Como uma pena ao Vento, sei que minha vida segue por caminhos que me podem ser desconhecidos e aparentemente incertos, mas que, posso ter certeza, são os melhores, especialmente por serem conduzidos por Deus. Quando peço a Jesus que seja o centro da minha vida e quero rasgar meu peito em Sua presença para viver isso de verdade, não quero falar da boca para fora. Se vivo assim e aprendi que a alegria do Senhor é, de verdade, a minha força, podia estar certo que, por mais complicada que ficasse minha pesquisa, se eu tivesse perdido tudo, aquilo fazia parte do plano do melhor de Deus para mim. Talvez não o melhor para o desenvolvimento do meu mestrado, mas para minha vida. Imediatamente, ao perceber isso, certo de que Deus tinha tudo sob controle, acalmei o meu coração e mantive minha alegria.
Graças a Deus, o problema de minha máquina era simples. Tendo deixado o computador na casa de um irmão, em quarenta minutos ele havia ressuscitado. Havia uma única peça pifada que, tão logo trocada, permitiu que a máquina funcionasse de novo. Mas já havia aprendido a lição: estar alegre em qualquer situação independe de quão difíceis fossem as circunstâncias.
É claro que meu exemplo é muito simples diante de tanta coisa que pode nos abater no dia a dia. Paulo é mais completo. Ele diz que pode se manter firme e enfrentar qualquer coisa desde que Jesus lhe dá força: quer seja viver em fartura como em carência, quer seja viver em liberdade ou em prisão, quer seja estar saudável ou doente, quer esteja alimentado ou faminto. De todas essas coisas ele tem uma experiência, vencedora e alegre porque o Senhor está com ele e jamais o abandona. Ele é centro de sua vida, a Força que lhe sustenta, o Rochedo da Salvação, a Fortaleza na hora da angústia. Se temos o prazer e a comunhão com o Senhor, as coisas mais difíceis são superáveis. Podemos passar por elas, porque o Senhor nos sustenta com Sua mão poderosa. E nos conduz pelo Seu melhor plano para o Seu melhor porto.
Você pode estar enfrentando lutas terríveis, sofrimentos inimagináveis, dores tremendas que somente Jesus conhece. Deixe-O ser o centro da sua vida, a Força da sua alma, a razão da sua vida, não apenas da boca para fora. Rasgue seu coração, disponha sua alma, humilhe-se sob Sua poderosa mão. Deixe que Ele seja Aquele que lhe dá força nas horas mais difíceis, conduzindo você pela mão. Deixe que a alegria do Senhor seja sua força, independente das circunstâncias.
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