Então ouvi todas as criaturas que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, isto é, todas as criaturas do Universo, que cantavam:
“Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro pertencem o louvor, a honra, a glória e o poder para todo o sempre!”
Apocalipse 5. 13.
Todas as vezes que estou viajando de avião, sinto-me extremamente minúsculo. Olho lá embaixo aquelas cidades, as luzinhas indicando a presença de gente. Olho para o céu, enorme e aberto. Penso em como a máquina voadora em que me encontro é minúscula, se comparada com a grandiosidade da paisagem à vista. E se é minúscula, muito menor sou eu, que viajo dentro dela, por vezes encolhido pelo nervosismo sempre presente em minhas viagens de avião.
Somos uma pequeníssima parte dessa enorme cena que é a Criação de Deus. Somos minúsculos e insignificantes, se comparados à grandeza de tudo, se comparados à magnífica multidão de mais de seis bilhões de seres humanos no mundo de hoje. Quando viajava semana passada, passando por cima de Minas Gerais, tentava brincar projetando minha mente nas ruas daquelas cidadezinhas que a gente via lá embaixo. Ali, deve haver pessoas dormindo em seus quartos, pessoas que jamais ouviram falar em mim, que eu nunca verei, que nunca me verão. E isso só me deixava pensar o quanto eu era pequeno naquele quadro. Há quilômetros de distância, de altura, minha existência não fazia diferença na vida de nenhuma dessas pessoas. Mesmo que naquele instante eu estivesse exatamente no mesmo ponto na terra, ainda que muito acima de suas cabeças.
Quando a gente se percebe como parte dessa multidão indiferenciada, como parte dessa Criação virtualmente infinita, a gente se põe em um lugar de tremenda humildade. Não somos muito, essa é a verdade.
Por outro lado, esta percepção pode nos enganar. Pode nos fazer pensar que não somos nada. O que não é verdade. O mais incrível, para mim, no amor de Deus, é que Ele olha a multidão, Ele olha a Criação, e Ele tem controle exato de tudo o que acontece, seja em uma partícula subatômica no outro extremo do universo, seja na minha ou na sua vida. Ele é Soberano, tendo poder absoluto sobre todas as coisas, mas se importa com os mínimos detalhes da minha vida. Importa-se com as minhas dores, com os meus sofrimentos, com as minhas angústias, com as minhas dificuldades. Importa-se tanto comigo que morreu por mim em Jesus! Morreu pela multidão, resgatou a Criação inteira, mas morreu especialmente por mim! Morreu por você! Por um ser individual que pode se saber minúsculo, mas que pode ter certeza que é alvo do amor infinito, eterno e tremendo de Deus. Amor do qual nunca nada nem ninguém conseguirá nos afastar.
Uma das letras de música que mais me tocam é de um cântico antigo, de Asaph Borba:
Tu és Soberano
Tu és Soberano
Sobre a terra
Sobre os céus
Tu és Senhor Absoluto
Tudo que existe e acontece
Tu o sabes muito bem
Tu és tremendo
E apesar dessa glória que tens
Tu Te importas comigo também
E este amor tão grande eleva-me
Amarra-me a Ti
Tu és tremendo
É tocante demais pensar que Deus, apesar da glória que tem, se importa comigo. Este é um amor enorme. Eterno e infinito. Que nos alcança, individual e totalmente. É com esse amor eterno que Deus cuida de mim e de você. Hoje e sempre. Lembre disso.
22.7.05
21.7.05
Descanso
Portanto, nós, os que cremos, recebemos o descanso prometido por Deus
Hebreus 4. 3
Hoje estou cansado, mas bem cansado mesmo. Acordei, se é que eu dormir de verdade, às quatro horas da manhã para viajar às cinco. Fomos, alguns membros do Comitê Potiguar pelo Desarmamento, até a cidade de Serra Negra do Norte, a 330 km de Natal. Chegamos na cidadezinha por volta das nove e meia da manhã. Logo após a audiência pública da qual participamos sobre “Violência, Cultura da Paz e Desarmamento”, almoçamos e pegamos a estrada de novo. Mais quatro horas e eu estava chegando em casa às dezessete horas e trinta minutos. Extenuado do dia de estrada. Cansado demais para querer outra coisa senão o descanso.
Lembrei-me, nesta história, do cansaço que deve ter abatido o povo de Deus no deserto. Após uma longa caminhada no calor do deserto, tudo que Israel necessitava era o descanso, finalmente, desta jornada. A chance de descanso aparece. Moisés envia espias à terra que lhes foi prometida. Tudo estava correndo para a entrada do povo, em breve, no descanso. Até que falhou a sua fé. À exceção de Josué e Calebe, todos os espias titubearam em sua fé. Como resultado da falta de fé de que Deus poderiam vencer os inimigos e estabelecer o Seu Povo no Seu descanso, Israel foi condenado a vagar ainda mais quarenta anos até poder entrar na terra. Provavelmente, foram quarenta anos de calor, cansaço e sofrimento. O povo devia restar, ao fim do dia, cansado demais para qualquer outra coisa senão o descanso e o sonho de, um dia, estar em uma terra sua, usufruindo o descanso absoluto que Deus concede.
Mas há um outro descanso à nossa espera. A caminhada do povo no deserto, em direção à terra prometida, tem servido como ilustração daquilo que representa nossa caminhada neste mundo. A Bíblia nos chama, cristãos, de peregrinos e forasteiros nesta terra, nos moldes do que representava para Israel ter ficado quatro séculos como povo escravo no Egito e, ainda mais, peregrinar por mais quarenta anos no sofrimento do deserto. Do mesmo modo que este povo anseia, desesperado, por descanso, aguardamos um outro descanso a nós reservado. Portanto, nós, os que cremos, recebemos o descanso prometido por Deus.
João contempla, no Apocalipse, a Nova Jerusalém, a realização definitiva do propósito do Reino de Deus no mundo. Ali, a descrição deixa bastante claro, está o nosso definitivo e absoluto descanso. O descanso eterno de nossa peregrinação no deserto da vida. O anjo também me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro, e que passa no meio da rua principal da cidade. Em cada lado do rio está a árvore da vida, que dá doze frutas por ano, isto é, uma por mês. E as suas folhas servem para curar as nações (Ap. 22. 1 – 2).
Mas é claro que não precisamos acreditar que só poderemos usufruir esse descanso que tanto ansiamos das lutas, tragédias, dificuldades e transtornos do dia a dia, no mundo vindouro. Podemos antecipar e participar um pouco que seja no nosso cotidiano do descanso que nos está disponível. Através da fé.
Na antecipação da fé, poderemos experimentar realidades como as de Isaías 64. 4: Nunca ninguém viu ou ouviu falar de outro deus além de Ti, de um deus que faz coisas assim em favor dos que confiam nele. Este texto foi atualizado por Paulo, quando escreve aos Coríntios: O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que O amam (1 Co. 2. 9). Essa realidade apontada por Paulo não nos conduz necessariamente apenas para o mundo vindouro, mas, antes, indica que nós podemos a usufruir de parte deste descanso, ao mesmo tempo que antecipamos parte da experiência para sabermos exatamente o que ter como esperança. Esta revelação, apontada por Paulo, não é algo que está a ser revelado no futuro, no fim dos tempos. Pelo contrário, é algo que o Espírito já nos traz ao coração como fruto da fé: Mas foi a nós que Deus, por meio do Espírito, revelou o seu segredo (1 Co. 2. 10).
Esta é uma realidade que, para experimentá-la, é preciso vivenciar a vida plena na dimensão da fé. O descanso para as nossas almas, pasto verdejante para os nossos seres, refrigério nas nossas lutas, podem ser experimentados como antecipações daquilo que ainda continua a nós reservado, na vida que ainda temos escondida nas mãos de Deus, a se revelar no futuro. Essa antecipação é descanso na batalha, é paz e amor na dimensão da comunhão e intimidade com Deus. Não se traduz em termos de bênçãos, quaisquer que sejam elas, ou prosperidade, mas se realiza como plena comunhão e vivência com o Pai. O nosso descanso, na caminhada no deserto deste mundo, é estar diante da nuvem da glória do Senhor. É usufruir plenamente o prazer da Sua companhia e presença em nossas vidas. É deitar no Seu colo, beber da Água que Ele oferece, comer do Pão que desce do céu. Descansar.
Hebreus 4. 3
Hoje estou cansado, mas bem cansado mesmo. Acordei, se é que eu dormir de verdade, às quatro horas da manhã para viajar às cinco. Fomos, alguns membros do Comitê Potiguar pelo Desarmamento, até a cidade de Serra Negra do Norte, a 330 km de Natal. Chegamos na cidadezinha por volta das nove e meia da manhã. Logo após a audiência pública da qual participamos sobre “Violência, Cultura da Paz e Desarmamento”, almoçamos e pegamos a estrada de novo. Mais quatro horas e eu estava chegando em casa às dezessete horas e trinta minutos. Extenuado do dia de estrada. Cansado demais para querer outra coisa senão o descanso.
Lembrei-me, nesta história, do cansaço que deve ter abatido o povo de Deus no deserto. Após uma longa caminhada no calor do deserto, tudo que Israel necessitava era o descanso, finalmente, desta jornada. A chance de descanso aparece. Moisés envia espias à terra que lhes foi prometida. Tudo estava correndo para a entrada do povo, em breve, no descanso. Até que falhou a sua fé. À exceção de Josué e Calebe, todos os espias titubearam em sua fé. Como resultado da falta de fé de que Deus poderiam vencer os inimigos e estabelecer o Seu Povo no Seu descanso, Israel foi condenado a vagar ainda mais quarenta anos até poder entrar na terra. Provavelmente, foram quarenta anos de calor, cansaço e sofrimento. O povo devia restar, ao fim do dia, cansado demais para qualquer outra coisa senão o descanso e o sonho de, um dia, estar em uma terra sua, usufruindo o descanso absoluto que Deus concede.
Mas há um outro descanso à nossa espera. A caminhada do povo no deserto, em direção à terra prometida, tem servido como ilustração daquilo que representa nossa caminhada neste mundo. A Bíblia nos chama, cristãos, de peregrinos e forasteiros nesta terra, nos moldes do que representava para Israel ter ficado quatro séculos como povo escravo no Egito e, ainda mais, peregrinar por mais quarenta anos no sofrimento do deserto. Do mesmo modo que este povo anseia, desesperado, por descanso, aguardamos um outro descanso a nós reservado. Portanto, nós, os que cremos, recebemos o descanso prometido por Deus.
João contempla, no Apocalipse, a Nova Jerusalém, a realização definitiva do propósito do Reino de Deus no mundo. Ali, a descrição deixa bastante claro, está o nosso definitivo e absoluto descanso. O descanso eterno de nossa peregrinação no deserto da vida. O anjo também me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro, e que passa no meio da rua principal da cidade. Em cada lado do rio está a árvore da vida, que dá doze frutas por ano, isto é, uma por mês. E as suas folhas servem para curar as nações (Ap. 22. 1 – 2).
Mas é claro que não precisamos acreditar que só poderemos usufruir esse descanso que tanto ansiamos das lutas, tragédias, dificuldades e transtornos do dia a dia, no mundo vindouro. Podemos antecipar e participar um pouco que seja no nosso cotidiano do descanso que nos está disponível. Através da fé.
Na antecipação da fé, poderemos experimentar realidades como as de Isaías 64. 4: Nunca ninguém viu ou ouviu falar de outro deus além de Ti, de um deus que faz coisas assim em favor dos que confiam nele. Este texto foi atualizado por Paulo, quando escreve aos Coríntios: O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que O amam (1 Co. 2. 9). Essa realidade apontada por Paulo não nos conduz necessariamente apenas para o mundo vindouro, mas, antes, indica que nós podemos a usufruir de parte deste descanso, ao mesmo tempo que antecipamos parte da experiência para sabermos exatamente o que ter como esperança. Esta revelação, apontada por Paulo, não é algo que está a ser revelado no futuro, no fim dos tempos. Pelo contrário, é algo que o Espírito já nos traz ao coração como fruto da fé: Mas foi a nós que Deus, por meio do Espírito, revelou o seu segredo (1 Co. 2. 10).
Esta é uma realidade que, para experimentá-la, é preciso vivenciar a vida plena na dimensão da fé. O descanso para as nossas almas, pasto verdejante para os nossos seres, refrigério nas nossas lutas, podem ser experimentados como antecipações daquilo que ainda continua a nós reservado, na vida que ainda temos escondida nas mãos de Deus, a se revelar no futuro. Essa antecipação é descanso na batalha, é paz e amor na dimensão da comunhão e intimidade com Deus. Não se traduz em termos de bênçãos, quaisquer que sejam elas, ou prosperidade, mas se realiza como plena comunhão e vivência com o Pai. O nosso descanso, na caminhada no deserto deste mundo, é estar diante da nuvem da glória do Senhor. É usufruir plenamente o prazer da Sua companhia e presença em nossas vidas. É deitar no Seu colo, beber da Água que Ele oferece, comer do Pão que desce do céu. Descansar.
20.7.05
Represas
Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer a Deus, o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais importantes como as mais humildes. Pois eu perdoarei os seu pecados e nunca mais lembrarei das suas maldades. Eu, o Senhor, estou falando. (...) Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Eu lhes darei este único propósito na vida: temer sempre a mim, para o próprio bem deles e dos seus descendentes.
Jeremias 31. 34 e 32. 38 – 39.
Uma das cenas que mais me marcaram na infância é uma seqüência de Superman. Quando o míssil desviado por Lex Luthor atinge a falha geológica na Califórnia, tudo começa a vir abaixo. Jimmy Olsen está fazendo umas fotos em uma represa. A represa começa a ruir e se espatifa, deixando vazar uma quantidade imensurável de água. Na última hora, Super-Homem evita o desastre provocando uma avalanche que barra o fluxo da água.
Lembro que por muito tempo, quando criança, brinquei com essa imagem na cabeça. Quando tinha oportunidade, fazia barragens, represas e fingia destruí-las para ver a água correr livre, mesmo que aparentemente destruidora. É claro que nas dimensões de minha brincadeira de criança não conseguia reproduzir o impacto daquela cena do filme. Mas minha imaginação viajava longe.
Possivelmente é daí que vem uma imagem recorrente em minha mente quando oro por um avivamento, um derramamento mais pleno do Espírito em nosso meio. Sempre tenho a impressão que há uma barreira, uma represa, impedindo que o rio caudaloso da Água Viva do Espírito Santo flua, impactante, transformador, no meio do povo.
Como no cinema, para que o Rio Flua é preciso uma destruição. A destruição total de todos os obstáculos que têm impedindo o livre curso do Seu Fluir. É preciso detonar as paredes mais espessas que têm retido a água. Eu sempre tenho me declarado inconformado por saber que Deus tem muito mais para nós que temos experimentado. E sempre tenho a impressão que nós mesmos temos represado a ação impactante do Senhor em nossas vidas. Eu quero detonar os muros de minha barragem, quaisquer que sejam eles.
Dentre muitas coisas que desejo ver com mais realidade em mim e à minha volta, algumas são descritas por Jeremias nos textos que destacamos. Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer a Deus, o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais importantes como as mais humildes. Pois eu perdoarei os seu pecados e nunca mais lembrarei das suas maldades. Eu, o Senhor, estou falando. (...) Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Eu lhes darei este único propósito na vida: temer sempre a mim, para o próprio bem deles e dos seus descendentes.
Em primeiro lugar, avivamento do Espírito é um instante histórico em que não precisaremos estimular ou desafiar ninguém a conhecer o Senhor com maior profundidade. Porque todos terão noção exata do quanto necessitam andar na intimidade e na presença do Deus Vivo. Não precisaremos, como temos feito e ouvido, ficar repetindo, reiteradas vezes, Procure conhecer a Deus, o Senhor, porque todos O conhecerão, sem limites e sem exceções. Avivamento é momento em que o conhecimento do Senhor, íntimo e profundo, atinge impactantemente o povo. Não há mais represas contra essa intimidade.
Assim, sem barreiras, temos noção nítida de que nível de relação temos com o Senhor: Ele é o nosso Deus temível e somos Seus servos. Na presença dEle, temos plena noção da diferença entre o nosso ser e o Ser de Deus. Entre a Sua vontade e a nossa vontade. Diante dEle, sem represas, no fluir pleno do Espírito, nos prostramos cientes de quem é quem nessa relação. Cientes do grande tesouro que é andar com o Senhor, passamos a ter um único propósito na vida: temer sempre a mim, para o próprio bem deles e dos seus descendentes.
Vencidas as barragens, derrubadas as represas, podemos viver a dimensão do fluir pleno do Espírito do Senhor, do avivamento que tanto ansiamos. Conheceremos, assim, o Senhor em toda profundidade e intimidade, mergulharemos nas Suas Águas, caudalosas e torrenciais. Conheceremos todos o Senhor, sem limites, sem exceções, e, por isso, teremos como único propósito na vida estar no centro da Sua Vontade, sujeito à Sua Palavra, temendo ao Senhor integralmente. Sem represas. Verdadeiramente avivados.
Jeremias 31. 34 e 32. 38 – 39.
Uma das cenas que mais me marcaram na infância é uma seqüência de Superman. Quando o míssil desviado por Lex Luthor atinge a falha geológica na Califórnia, tudo começa a vir abaixo. Jimmy Olsen está fazendo umas fotos em uma represa. A represa começa a ruir e se espatifa, deixando vazar uma quantidade imensurável de água. Na última hora, Super-Homem evita o desastre provocando uma avalanche que barra o fluxo da água.
Lembro que por muito tempo, quando criança, brinquei com essa imagem na cabeça. Quando tinha oportunidade, fazia barragens, represas e fingia destruí-las para ver a água correr livre, mesmo que aparentemente destruidora. É claro que nas dimensões de minha brincadeira de criança não conseguia reproduzir o impacto daquela cena do filme. Mas minha imaginação viajava longe.
Possivelmente é daí que vem uma imagem recorrente em minha mente quando oro por um avivamento, um derramamento mais pleno do Espírito em nosso meio. Sempre tenho a impressão que há uma barreira, uma represa, impedindo que o rio caudaloso da Água Viva do Espírito Santo flua, impactante, transformador, no meio do povo.
Como no cinema, para que o Rio Flua é preciso uma destruição. A destruição total de todos os obstáculos que têm impedindo o livre curso do Seu Fluir. É preciso detonar as paredes mais espessas que têm retido a água. Eu sempre tenho me declarado inconformado por saber que Deus tem muito mais para nós que temos experimentado. E sempre tenho a impressão que nós mesmos temos represado a ação impactante do Senhor em nossas vidas. Eu quero detonar os muros de minha barragem, quaisquer que sejam eles.
Dentre muitas coisas que desejo ver com mais realidade em mim e à minha volta, algumas são descritas por Jeremias nos textos que destacamos. Ninguém vai precisar ensinar o seu patrício nem o seu parente, dizendo: “Procure conhecer a Deus, o Senhor”. Porque todos me conhecerão, tanto as pessoas mais importantes como as mais humildes. Pois eu perdoarei os seu pecados e nunca mais lembrarei das suas maldades. Eu, o Senhor, estou falando. (...) Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Eu lhes darei este único propósito na vida: temer sempre a mim, para o próprio bem deles e dos seus descendentes.
Em primeiro lugar, avivamento do Espírito é um instante histórico em que não precisaremos estimular ou desafiar ninguém a conhecer o Senhor com maior profundidade. Porque todos terão noção exata do quanto necessitam andar na intimidade e na presença do Deus Vivo. Não precisaremos, como temos feito e ouvido, ficar repetindo, reiteradas vezes, Procure conhecer a Deus, o Senhor, porque todos O conhecerão, sem limites e sem exceções. Avivamento é momento em que o conhecimento do Senhor, íntimo e profundo, atinge impactantemente o povo. Não há mais represas contra essa intimidade.
Assim, sem barreiras, temos noção nítida de que nível de relação temos com o Senhor: Ele é o nosso Deus temível e somos Seus servos. Na presença dEle, temos plena noção da diferença entre o nosso ser e o Ser de Deus. Entre a Sua vontade e a nossa vontade. Diante dEle, sem represas, no fluir pleno do Espírito, nos prostramos cientes de quem é quem nessa relação. Cientes do grande tesouro que é andar com o Senhor, passamos a ter um único propósito na vida: temer sempre a mim, para o próprio bem deles e dos seus descendentes.
Vencidas as barragens, derrubadas as represas, podemos viver a dimensão do fluir pleno do Espírito do Senhor, do avivamento que tanto ansiamos. Conheceremos, assim, o Senhor em toda profundidade e intimidade, mergulharemos nas Suas Águas, caudalosas e torrenciais. Conheceremos todos o Senhor, sem limites, sem exceções, e, por isso, teremos como único propósito na vida estar no centro da Sua Vontade, sujeito à Sua Palavra, temendo ao Senhor integralmente. Sem represas. Verdadeiramente avivados.
19.7.05
Incondicional
Ó Senhor Deus, cumpre a Tua promessa e perdoa os meus pecados, porque são muitos!
Salmo 25. 11
Você já se relacionou com alguém sabendo exatamente o que você poderia esperar dessa pessoa? Sabendo profundamente quais as suas virtudes e quais os seus defeitos? Essa coisa nos preserva de sofrermos grandes surpresas resultado de ações dos nossos companheiros. Conhecendo bem as pessoas com quem andamos não nos feriremos demais com quaisquer atitudes suas, não nos decepcionaremos em demasia, não os culparemos demais. Sabemos desde o início o que esperar dessas pessoas e não esperaremos nem mais, nem menos.
Se com nossas limitações somos capazes disso, muito mais o Senhor quando lida conosco. Ele não se ilude em absoluto com o que somos ou com o que fazemos. Ele nos conhece perfeitamente. Sabe que somos pecadores, que somos pó e cinza, mas isso não O impede de ter um relacionamento pleno e vivo conosco. A decisão por esse relacionamento repousa unicamente na soberania dEle. Ele não se relaciona conosco por sermos mais lindos, mais santos, melhores. Pelo contrário, Deus se relaciona conosco unicamente porque Ele é plenamente bom.
É isso que vejo no Salmo 25: um Deus que se relaciona com um pecador recalcitrante e confesso. Ó Senhor Deus, cumpre a Tua promessa e perdoa os meus pecados, porque são muitos! Em quatro momentos o salmista se refere aos seus pecados (vv. 7, 8, 11 e 18). E à bondade eterna de Deus em perdoar pecados, incondicionalmente.
Mas o que mais me chama a atenção é que este é um salmo que clama pela proteção e segurança do Senhor. Para mim, há uma implicação óbvia: a proteção, o cuidado e o livramento que Deus nos concede firma-se totalmente na Sua Graça, não estando, de modo algum, condicionado a sermos “os mais puros e santos dos homens”. Deus ama, guarda e protege pecadores humilhados: Livra meu coração de todas as aflições e tira-me de todas as dificuldades. Vê as minhas tristezas e sofrimentos e perdoa todos os meus pecados (Sl. 25. 17 – 18).
Quando se reconhece pecador, o salmista clama pelo cuidado do Senhor em Sua vida. Ó Senhor Deus, a Ti dirijo a minha oração. Meu Deus, eu confio em Ti. Salva-me da vergonha da derrota; não deixes que os meus inimigos se alegrem com a minha desgraça. Os que confiam em Ti não sofrerão a vergonha da derrota, mas serão derrotados os que sem motivo se revoltam contra Ti (Sl. 25. 1 – 3). Ele sabe que precisa do perdão de Deus, mas compreende que pode clamar ao Senhor, confiando em Seu livramento e proteção. Porque essas coisas não dependem de quem somos, mas de Quem é o Senhor.
A ação abençoadora de Deis em nosso favor não se vincula ao nível de nossa santidade pessoal, mas sim à eterna graça e amor do Senhor! Nosso relacionamento com Deus foi no início, é agora e será para sempre firmado na Graça, manifesta de uma vez por todas na vida, ministério e morte de Cristo, em nosso lugar e por nossos pecados. Em Cristo confiamos, apesar de nós mesmos, porque o Senhor é fiel, ainda que sejamos infiéis em diversos momentos de nossa caminhada.
Salmo 25. 11
Você já se relacionou com alguém sabendo exatamente o que você poderia esperar dessa pessoa? Sabendo profundamente quais as suas virtudes e quais os seus defeitos? Essa coisa nos preserva de sofrermos grandes surpresas resultado de ações dos nossos companheiros. Conhecendo bem as pessoas com quem andamos não nos feriremos demais com quaisquer atitudes suas, não nos decepcionaremos em demasia, não os culparemos demais. Sabemos desde o início o que esperar dessas pessoas e não esperaremos nem mais, nem menos.
Se com nossas limitações somos capazes disso, muito mais o Senhor quando lida conosco. Ele não se ilude em absoluto com o que somos ou com o que fazemos. Ele nos conhece perfeitamente. Sabe que somos pecadores, que somos pó e cinza, mas isso não O impede de ter um relacionamento pleno e vivo conosco. A decisão por esse relacionamento repousa unicamente na soberania dEle. Ele não se relaciona conosco por sermos mais lindos, mais santos, melhores. Pelo contrário, Deus se relaciona conosco unicamente porque Ele é plenamente bom.
É isso que vejo no Salmo 25: um Deus que se relaciona com um pecador recalcitrante e confesso. Ó Senhor Deus, cumpre a Tua promessa e perdoa os meus pecados, porque são muitos! Em quatro momentos o salmista se refere aos seus pecados (vv. 7, 8, 11 e 18). E à bondade eterna de Deus em perdoar pecados, incondicionalmente.
Mas o que mais me chama a atenção é que este é um salmo que clama pela proteção e segurança do Senhor. Para mim, há uma implicação óbvia: a proteção, o cuidado e o livramento que Deus nos concede firma-se totalmente na Sua Graça, não estando, de modo algum, condicionado a sermos “os mais puros e santos dos homens”. Deus ama, guarda e protege pecadores humilhados: Livra meu coração de todas as aflições e tira-me de todas as dificuldades. Vê as minhas tristezas e sofrimentos e perdoa todos os meus pecados (Sl. 25. 17 – 18).
Quando se reconhece pecador, o salmista clama pelo cuidado do Senhor em Sua vida. Ó Senhor Deus, a Ti dirijo a minha oração. Meu Deus, eu confio em Ti. Salva-me da vergonha da derrota; não deixes que os meus inimigos se alegrem com a minha desgraça. Os que confiam em Ti não sofrerão a vergonha da derrota, mas serão derrotados os que sem motivo se revoltam contra Ti (Sl. 25. 1 – 3). Ele sabe que precisa do perdão de Deus, mas compreende que pode clamar ao Senhor, confiando em Seu livramento e proteção. Porque essas coisas não dependem de quem somos, mas de Quem é o Senhor.
A ação abençoadora de Deis em nosso favor não se vincula ao nível de nossa santidade pessoal, mas sim à eterna graça e amor do Senhor! Nosso relacionamento com Deus foi no início, é agora e será para sempre firmado na Graça, manifesta de uma vez por todas na vida, ministério e morte de Cristo, em nosso lugar e por nossos pecados. Em Cristo confiamos, apesar de nós mesmos, porque o Senhor é fiel, ainda que sejamos infiéis em diversos momentos de nossa caminhada.
18.7.05
Aço
Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.
1 Coríntios 3. 12 – 13.
Estava pensando hoje sobre esse texto e foi inevitável começar a meditar sobre o processo de siderurgia do aço. Por isso, terminei indo atrás de algumas informações de como se faz o aço, elemento tão fundamental em nossa sociedade contemporânea.
O aço é, basicamente, uma mistura entre o minério de ferro e o carbono. O ferro, como óxido, é encontrado em toda a parte na terra, misturado à areia. O carbono é também relativamente abundante na natureza e pode ser encontrado sob diversas formas. Na siderurgia, usa-se carvão mineral, e em alguns casos, o carvão vegetal.
O papel do carvão é duplo na fabricação do aço. Primeiro, ele o combustível das caldeiras conduzindo a temperatura para a faixa de mil e quinhentos graus Celsius. Essas altas temperaturas são essenciais para que o ferro se funda. Ao mesmo tempo, o carbono se associa com o oxigênio que se desprende do minério com a alta temperatura, deixando livre o ferro. O processo de remoção do oxigênio do ferro para ligar-se ao carbono chama-se redução e ocorre dentro de um equipamento chamado alto forno. É uma verdadeira purificação do minério de ferro.
Nesse processo de redução, o ferro se liquefaz, sendo chamado de ferro gusa ou ferro de primeira fusão. É nessa fase que impurezas como calcário, sílica etc. são expostas, formando o que é conhecido como escória. São os elementos que precisam ser descartados para a fabricação do aço, ainda que se constituam na matéria-prima do cimento.
A etapa seguinte do processo é o refino. O ferro gusa é levado para a aciaria, ainda em estado líquido, para ser transformado em aço, mediante queima de impurezas e adições. O refino do aço se faz em fornos a oxigênio ou elétricos.
Finalmente, a terceira fase clássica do processo de fabricação do aço é a laminação. O aço, em processo de solidificação, é deformado mecanicamente e passa assumir as mais diversas formas que são utilizadas na indústria: chapas, arames, barras, etc.
Poucas metáforas seriam mais claras a respeito da forma como Deus age no tratar as nossas vidas. Alguns chamam de poda, de moedor, de descer à casa do oleiro. Mas fica claro que precisamos passar por essas fornalhas purificadoras.
Em primeiro lugar, a fornalha do Espírito nos derrete. Quer dizer, acaba com a nossa rigidez, com a nossa arrogância, com a dureza de nosso coração. As altas temperaturas trazidas pelo fogo do Espírito à nossa vida vai nos derretendo pouco a pouco, nos amolecendo dia a dia, nos preparando para sermos moldados segundo a Sua Vontade. O Espírito, por meio de Sua ação em nossas vidas, nos transforma em ferros gusa.
Ao mesmo tempo, Ele nos reduz, como o carbono reduz o ferro. As primeiras impurezas são arrastadas para fora de nós pela simples presença do Senhor em nossas vidas. Quando permitimos que o Espírito Santo conduza a nossa vida, será impossível se deixar levar pelos desejos de nossa pecaminosa (Gl. 5. 16). Precisamos ser reduzidos pelo Senhor, porque estamos em meio de uma disputa pela nossa natureza. De um lado, as obras da carne que nos condenam. De outro, o fruto do Espírito, gerado em nós como resultado da redução do Senhor. Precisamos optar por entrarmos na fornalha de Deus e deixarmo-nos ser reduzidos pela ação do Senhor, permitindo a frutificação do Espírito em nossas vidas.
A redução expõe a escória. A nossa escória. O nosso pecado é exposto e extirpado. Somos limpos e purificados pelo Senhor, mas para isso acontecer é preciso experimentarmos as altas temperaturas dos fornos de Deus, daquilo que Ele nos permite passar, a fim de que possamos largar, diante dEle, toda sujeira, impureza e mal. Para que estejamos, finalmente, prontos para o refino, onde, liquefeitos, somos finalmente transformados de ferro gusa, em aço. É o momento em que, plenamente entregues nas mãos do Senhor, somos aquilo que Ele planeja e deseja de nós. Refinados, preciosos metais nas mãos de Deus.
Nas mãos de Deus, podemos estar na última fase de nossa siderurgia espiritual. Agora, seremos moldados naquilo que o nosso Senhor quer. Sejam barras, sejam lâminas, seja arame. Quer dizer, é agora que estamos em posição de servirmos a Ele da maneira mais plena que Ele preparou para nós. Seja qual for o ministério e a tarefa que Ele nos entregou, a nossa laminação, como todas as outras etapas do processo, dependem unicamente do forno e do fogo do Espírito Santo.
Por isso a nossa oração a de ser essa:
Não deixe o meu amor se esfriar,
Acende o fogo em mim!
Nem a visão morrer, clamando estou
Acende o fogo em mim!
Meu ser, meu coração você conhece,
Acende o fogo outra vez.
Oh vem me corrigir por Seu amor,
Acende o fogo outra vez.
Refinado serei, precioso metal.
Pobre e nú, humilhado estou
Vem me ornar,
Não me envergonharei.
Acende o fogo em mim!
(Acende o fogo em mim, Vineyard Brasil)
1 Coríntios 3. 12 – 13.
Estava pensando hoje sobre esse texto e foi inevitável começar a meditar sobre o processo de siderurgia do aço. Por isso, terminei indo atrás de algumas informações de como se faz o aço, elemento tão fundamental em nossa sociedade contemporânea.
O aço é, basicamente, uma mistura entre o minério de ferro e o carbono. O ferro, como óxido, é encontrado em toda a parte na terra, misturado à areia. O carbono é também relativamente abundante na natureza e pode ser encontrado sob diversas formas. Na siderurgia, usa-se carvão mineral, e em alguns casos, o carvão vegetal.
O papel do carvão é duplo na fabricação do aço. Primeiro, ele o combustível das caldeiras conduzindo a temperatura para a faixa de mil e quinhentos graus Celsius. Essas altas temperaturas são essenciais para que o ferro se funda. Ao mesmo tempo, o carbono se associa com o oxigênio que se desprende do minério com a alta temperatura, deixando livre o ferro. O processo de remoção do oxigênio do ferro para ligar-se ao carbono chama-se redução e ocorre dentro de um equipamento chamado alto forno. É uma verdadeira purificação do minério de ferro.
Nesse processo de redução, o ferro se liquefaz, sendo chamado de ferro gusa ou ferro de primeira fusão. É nessa fase que impurezas como calcário, sílica etc. são expostas, formando o que é conhecido como escória. São os elementos que precisam ser descartados para a fabricação do aço, ainda que se constituam na matéria-prima do cimento.
A etapa seguinte do processo é o refino. O ferro gusa é levado para a aciaria, ainda em estado líquido, para ser transformado em aço, mediante queima de impurezas e adições. O refino do aço se faz em fornos a oxigênio ou elétricos.
Finalmente, a terceira fase clássica do processo de fabricação do aço é a laminação. O aço, em processo de solidificação, é deformado mecanicamente e passa assumir as mais diversas formas que são utilizadas na indústria: chapas, arames, barras, etc.
Poucas metáforas seriam mais claras a respeito da forma como Deus age no tratar as nossas vidas. Alguns chamam de poda, de moedor, de descer à casa do oleiro. Mas fica claro que precisamos passar por essas fornalhas purificadoras.
Em primeiro lugar, a fornalha do Espírito nos derrete. Quer dizer, acaba com a nossa rigidez, com a nossa arrogância, com a dureza de nosso coração. As altas temperaturas trazidas pelo fogo do Espírito à nossa vida vai nos derretendo pouco a pouco, nos amolecendo dia a dia, nos preparando para sermos moldados segundo a Sua Vontade. O Espírito, por meio de Sua ação em nossas vidas, nos transforma em ferros gusa.
Ao mesmo tempo, Ele nos reduz, como o carbono reduz o ferro. As primeiras impurezas são arrastadas para fora de nós pela simples presença do Senhor em nossas vidas. Quando permitimos que o Espírito Santo conduza a nossa vida, será impossível se deixar levar pelos desejos de nossa pecaminosa (Gl. 5. 16). Precisamos ser reduzidos pelo Senhor, porque estamos em meio de uma disputa pela nossa natureza. De um lado, as obras da carne que nos condenam. De outro, o fruto do Espírito, gerado em nós como resultado da redução do Senhor. Precisamos optar por entrarmos na fornalha de Deus e deixarmo-nos ser reduzidos pela ação do Senhor, permitindo a frutificação do Espírito em nossas vidas.
A redução expõe a escória. A nossa escória. O nosso pecado é exposto e extirpado. Somos limpos e purificados pelo Senhor, mas para isso acontecer é preciso experimentarmos as altas temperaturas dos fornos de Deus, daquilo que Ele nos permite passar, a fim de que possamos largar, diante dEle, toda sujeira, impureza e mal. Para que estejamos, finalmente, prontos para o refino, onde, liquefeitos, somos finalmente transformados de ferro gusa, em aço. É o momento em que, plenamente entregues nas mãos do Senhor, somos aquilo que Ele planeja e deseja de nós. Refinados, preciosos metais nas mãos de Deus.
Nas mãos de Deus, podemos estar na última fase de nossa siderurgia espiritual. Agora, seremos moldados naquilo que o nosso Senhor quer. Sejam barras, sejam lâminas, seja arame. Quer dizer, é agora que estamos em posição de servirmos a Ele da maneira mais plena que Ele preparou para nós. Seja qual for o ministério e a tarefa que Ele nos entregou, a nossa laminação, como todas as outras etapas do processo, dependem unicamente do forno e do fogo do Espírito Santo.
Por isso a nossa oração a de ser essa:
Não deixe o meu amor se esfriar,
Acende o fogo em mim!
Nem a visão morrer, clamando estou
Acende o fogo em mim!
Meu ser, meu coração você conhece,
Acende o fogo outra vez.
Oh vem me corrigir por Seu amor,
Acende o fogo outra vez.
Refinado serei, precioso metal.
Pobre e nú, humilhado estou
Vem me ornar,
Não me envergonharei.
Acende o fogo em mim!
(Acende o fogo em mim, Vineyard Brasil)
17.7.05
Óculos
Eu farei com que todo o meu brilho passe diante de você e direi qual é o meu nome sagrado.
Êxodo 33. 19.
No dia de meu aniversário, ganhei de presente óculos de sol. Daqueles que têm filtro de raios ultra-violeta. Quando os usei a primeira vez, fiquei impressionado com um fenômeno visual promovido pelas lentes especiais. Elas me permitem ver detalhes de cor que não são visíveis a olho nu. Eu explico. Por exemplo, quando entrei em um ônibus, a olho nu os vidros do ônibus pareciam absolutamente translúcidos. A partir dos óculos, havia várias manchas refletindo a luz do sol.
Hoje pela manhã, fui ministrar a Ceia na nossa congregação de Riachão, no município de Ceará-Mirim (RN). No caminho de volta, vinha um tanto calado olhando para fora do carro. O que a olho nu parecia uma limpeza de azul celeste, visto através dos meus óculos parecia um enorme arco-íris. Todas as cores do espectro da luz solar estavam distintas diante dos meus olhos. Devido aos óculos que protegem meus olhos da claridade, ao mesmo tempo que me permitem ver detalhes inimagináveis com visão nua. Aqueles óculos me protegem, enquanto me permitem ver toda a riqueza da luz do sol e todos os mínimos detalhes expostos por ela.
Essa é a diferença que a presença de Deus faz em nossa vida. Ela enriquece nossa vivência, nossa experiência e nossa visão. A presença de Deus pode servir para nossos olhos espirituais da mesma forma que meus óculos escuros com filtro. Ou seja, primeiro nos protege nos permitindo ver aquilo que de mais glorioso Deus quer nos mostrar. O que Deus quer nos fazer ver. O que Ele tem para nós e nossas vidas.
Às vezes, é difícil para nossa visão humana contemplar a manifestação. Aliás, olhar a glória do Senhor pode ser nossa sentença de morte. Quem não se lembra do diálogo de Moisés com o Senhor? Moisés faz um pedido ao Senhor: Por favor, deixa que eu veja a tua glória (Ex. 33. 18). A esse pedido, o Senhor responde: Eu farei com que todo o meu brilho passe diante de você e direi qual é o meu nome sagrado. (...) Não vou deixar que você veja o meu rosto, pois ninguém pode ver o meu rosto e continuar vivo. Mas aqui há um lugar perto de mim, onde você poderá ficar em cima de uma rocha. Quando a minha glória passar, eu porei você numa rachadura da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu passe. Depois tirarei a mão, e você me verá pelas costas, porém não verá o meu rosto (Ex. 33. 19 – 23). Para vermos a glória do Senhor, precisamos de Sua proteção. De seus óculos especiais. Óculos de graça. Óculos de Sua presença em nossas vidas.
Esses óculos que nos protegem os olhos espirituais para que vejamos a glória do Senhor, nos permitem, também, que contemplemos o mundo a nossa volta com maiores detalhes. Vemos com maior profundidade aquilo é iluminado e reflete a luz da presença do Senhor. Quando às vezes o céu parecer de um pobre cinza chuvoso, com a presença do Senhor conosco, podemos contemplar a riqueza de todo o espectro da luz e da glória do Senhor. Quando parece que não há nada a ser visto, a não ser um vidro embaçado, olhando com os olhos do Senhor podemos ver maiores detalhes jamais imaginados daquilo que Deus está fazendo, do que é projeto de Jesus em nossas vidas e para o mundo em torno de nós. Nada escapa da luz da presença do Senhor. E, quando qualquer coisa é trazida para a luz, então sua verdadeira natureza é revelada. Porque o que é claramente revelado se torna luz (Ef. 5. 13 – 14).
O fenômeno da luz é tremendo. A luz mostra os detalhes que não podemos imaginar. Basta ter os óculos certos para ver. Mas para que a luz faça isso, ela tem de ser refulgente. Os mesmos óculos devem ser capazes de nos proteger do seu brilho que pode cegar ou matar. A presença do Senhor é nossos óculos, capazes de mostrar o que não pode ser visto a olho nu, mas é revelado pela Luz. Óculos capazes de nos proteger e habilitar para vermos a Sua Glória.
Êxodo 33. 19.
No dia de meu aniversário, ganhei de presente óculos de sol. Daqueles que têm filtro de raios ultra-violeta. Quando os usei a primeira vez, fiquei impressionado com um fenômeno visual promovido pelas lentes especiais. Elas me permitem ver detalhes de cor que não são visíveis a olho nu. Eu explico. Por exemplo, quando entrei em um ônibus, a olho nu os vidros do ônibus pareciam absolutamente translúcidos. A partir dos óculos, havia várias manchas refletindo a luz do sol.
Hoje pela manhã, fui ministrar a Ceia na nossa congregação de Riachão, no município de Ceará-Mirim (RN). No caminho de volta, vinha um tanto calado olhando para fora do carro. O que a olho nu parecia uma limpeza de azul celeste, visto através dos meus óculos parecia um enorme arco-íris. Todas as cores do espectro da luz solar estavam distintas diante dos meus olhos. Devido aos óculos que protegem meus olhos da claridade, ao mesmo tempo que me permitem ver detalhes inimagináveis com visão nua. Aqueles óculos me protegem, enquanto me permitem ver toda a riqueza da luz do sol e todos os mínimos detalhes expostos por ela.
Essa é a diferença que a presença de Deus faz em nossa vida. Ela enriquece nossa vivência, nossa experiência e nossa visão. A presença de Deus pode servir para nossos olhos espirituais da mesma forma que meus óculos escuros com filtro. Ou seja, primeiro nos protege nos permitindo ver aquilo que de mais glorioso Deus quer nos mostrar. O que Deus quer nos fazer ver. O que Ele tem para nós e nossas vidas.
Às vezes, é difícil para nossa visão humana contemplar a manifestação. Aliás, olhar a glória do Senhor pode ser nossa sentença de morte. Quem não se lembra do diálogo de Moisés com o Senhor? Moisés faz um pedido ao Senhor: Por favor, deixa que eu veja a tua glória (Ex. 33. 18). A esse pedido, o Senhor responde: Eu farei com que todo o meu brilho passe diante de você e direi qual é o meu nome sagrado. (...) Não vou deixar que você veja o meu rosto, pois ninguém pode ver o meu rosto e continuar vivo. Mas aqui há um lugar perto de mim, onde você poderá ficar em cima de uma rocha. Quando a minha glória passar, eu porei você numa rachadura da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu passe. Depois tirarei a mão, e você me verá pelas costas, porém não verá o meu rosto (Ex. 33. 19 – 23). Para vermos a glória do Senhor, precisamos de Sua proteção. De seus óculos especiais. Óculos de graça. Óculos de Sua presença em nossas vidas.
Esses óculos que nos protegem os olhos espirituais para que vejamos a glória do Senhor, nos permitem, também, que contemplemos o mundo a nossa volta com maiores detalhes. Vemos com maior profundidade aquilo é iluminado e reflete a luz da presença do Senhor. Quando às vezes o céu parecer de um pobre cinza chuvoso, com a presença do Senhor conosco, podemos contemplar a riqueza de todo o espectro da luz e da glória do Senhor. Quando parece que não há nada a ser visto, a não ser um vidro embaçado, olhando com os olhos do Senhor podemos ver maiores detalhes jamais imaginados daquilo que Deus está fazendo, do que é projeto de Jesus em nossas vidas e para o mundo em torno de nós. Nada escapa da luz da presença do Senhor. E, quando qualquer coisa é trazida para a luz, então sua verdadeira natureza é revelada. Porque o que é claramente revelado se torna luz (Ef. 5. 13 – 14).
O fenômeno da luz é tremendo. A luz mostra os detalhes que não podemos imaginar. Basta ter os óculos certos para ver. Mas para que a luz faça isso, ela tem de ser refulgente. Os mesmos óculos devem ser capazes de nos proteger do seu brilho que pode cegar ou matar. A presença do Senhor é nossos óculos, capazes de mostrar o que não pode ser visto a olho nu, mas é revelado pela Luz. Óculos capazes de nos proteger e habilitar para vermos a Sua Glória.
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