1.2.06

Maravilhado

O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram.
Salmo 19. 1

Espero que você, como eu, não tenha perdido a capacidade de ficar maravilhado com a vida. Espero que você ainda experimente momentos em que olha tudo à sua volta e se encante profundamente sem entender como tudo isso pode ser possível. Espero que você na verdade conclua comigo que nada disso é possível – a não ser que o Ser Mais Maravilhoso entre na equação.
Ontem olhei a minha mão na parede. Coisa besta, mas me maravilhei com a perfeição da minha mão. Não foi um ataque de narcisismo, mas fui pensar em cada partícula atômica que se une para formar a minha mão; na imensidão de vazio que é o espaço subatômico; na independência de cada célula que forma cada um dos tipos diferentes tecidos que, juntos, formam a minha mão. Pensei que cada uma de minhas células leva dentro de si o meu ser inteiro: o meu DNA, único e diferente de qualquer outra pessoa que possa existir ou ter existido.
Olhei-me no espelho e pensei na maravilha que é ver. Você já pensou como deve ser essa coisa – incompreensível – de uma imensidão de reações químicas que acontecem numa infinitude de neurônios e fazem ver, pensar ou ter consciência? Quando você olha uma tela de tevê – ou de computador – tem noção de como se formam as imagens naquela tela. Quando você ouve o som de uma orquestra você sabe – ou entende – que cada instrumento único produz um som que, combinado aos outros e aos silêncios, faz a música. Mas você já parou para pensar – você que já viu uma célula em um microscópio – como se constroem sons e imagens em células? Você consegue perceber o quanto isso é maravilhoso?
E como pode um corpo – que é uma colônia melhorada de bilhões de células – junto a outros corpos construir civilizações e culturas? Como pode avançar em tecnologias e fazer uma máquina que me permite conversar com outras pessoas espalhadas em todo o mundo? Como pode uma colônia de células fazer cultura – estabelecer uma língua a ser falada, lida e escrita? Você percebe a maravilha disso?
E você ainda se maravilha com a natureza? Você ainda se maravilha com a precisão das leis que regem o funcionamento do cosmos? Você se encanta de pensar que há uma força que faz com que tudo caia e eu não possa sair por aí voando? Você é capaz de se encantar com a ordem e lógica das coisas? Coisas que são assim – lógicas e organizadas – independente do querer do homem?
Essa maravilha de criação me diz que há um Deus. Cada milagre, cada encanto, cada maravilha inspira a nossa alma a procurar e encontrar um Deus. Se tudo na vida tem um sentido, a maravilha do universo nos deve fazer entender que a vida só tem sentido se esse vier e for dependente de Deus. Maravilhar-se com a Criação é encantar-se com o Deus que tudo criou. E transformar o impacto da beleza do mundo do Senhor em hino de louvor a Ele. A Criação – e nós com ela – tributa louvor e glória ao Senhor do Universo. Nas pequenas e nas grandes coisas, Deus é glorificado na beleza do Cosmos. E eu espero jamais perder a capacidade de me maravilhar com isso.

2 comentários:

Vilma disse...

Tenho esse costume também, de ficar maravilhada com tudo isso. Os meus pensamentos muitas e muitas vezes se ocupam a pensar nisso. Obrigada por este teu texto, porque me identifiquei bastante com as tuas palavras!

Marlene Maravilha disse...

Pelo blog da Vilma, eu estou aqui e vejo-me também nestes escritos.
Eu também dou imenso valor a tudo o que Deus é e faz. Tenho também muitas experiencias gratificantes e marcantes. E isso faz com que valorizemos mais a este Deus.
Deus te abençoe ricamente.
Abraços