Você será uma bênção.
Gênesis 12. 2
O cristianismo de consumo nos ensinou o valor de buscarmos bênçãos que nos enriquecem. Buscamos satisfação dos problemas financeiros, buscamos operação de milagres familiares, buscamos a cura de doenças incuráveis, buscamos paz de espírito e felicidade.
Tais buscas muitas vezes parecem com a hercúlea tarefa de cavar com as mãos na areia molhada da praia para fazer uma grande “piscina" para brincar com os filhos - as paredes cedem pelo peso da areia ou quando as ondas avançam, nos forçando a começar tudo novamente. Buscar bênção para nós mesmos muitas vezes vai significar algo como essa experiência.
Não é a toa que, segundo o livro de Atos, Jesus afirmou que dar é muito melhor do que receber (At. 20. 35).
Nós não somos chamados por Deus para sermos depositários das suas bênção, como se fossemos gigantescos sumidouros de sua graça. Como Abrão em Gn. 12, as bênçãos que nos alcançam não são para morrer em nós:
Você será uma bênção.
Se a bênção de Deus nos alcança tem uma única finalidade: que possamos ser bênçãos. Somente abençoados unicamente para abençoar.
A oração atribuída a Francisco de Assis assume tal parâmetro. Não é um pedido de bênçãos, mas um pedido para abençoar.
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Teremos uma rica e doce experiência com Deus à medida que formos capazes de experimentar, diante dEle, a graça de abençoar; à medida que compreendermos que a graça de Deus não chega a nós para morrer em nós; à medida que nossas orações e preocupações visarem antes à solução dos problemas dos outros; quando formos luz brilhando e sal salgando (Mt. 5. 13-16, Mc 9. 50, Lc. 14. 34-35).
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