Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam.
Salmo 130. 3 – 4
Bem que gostaríamos de ser mais constantes, mas nem sempre conseguimos. Vez por outra, acordamos e nos vemos afundados no mais profundo abismo, presos no maior poço, tomados por muita lama em nossa volta. Como o descreve o salmista, clamamos a Deus, mas quase sem crer que Ele pode nos ouvir: Das profundezas clamo a Ti, Senhor (Sl. 130. 1). Choramos, porque nos vemos tal como somos: pecadores carentes de graça, amor e perdão. E nos prostramos, envergonhados, diante do Pai.
Há manhãs, e muitas mais do que gostaríamos, em que sofremos por sermos quem somos: pecadores e inconstantes. Há horas em que nos faz bem ouvir a voz do Senhor, presente em nossas vidas, nos falando Quem Ele é, o que é muito mais importante de saber do que quem somos nós. Esse é o sentimento do salmista: Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam. Aguardo o Senhor, a minha alma O aguarda; eu espero na Sua Palavra. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, espere Israel no Senhor, pois no Senhor há misericórdia; nele copiosa redenção. É Ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades (Sl. 130. 3 – 8).
É no Senhor que se esconde a nossa vida e a nossa redenção. Aliás, nEle há misericórdia e copiosa redenção. Quando nos sentimos os piores, somos instados a nos lembrar que há uma salvação, amor e perdão sem limites da parte do Senhor, o nosso Deus. Ele nos redime de toda e qualquer iniqüidade, Ele nos restaura de toda e qualquer inconstância. Ele nos livra de todo e qualquer poço, nos tira de qualquer profundeza, nos socorre em qualquer luta ou tribulação. Por isso, podemos ansiar por Ele, por Sua companhia, mais do que aquele sentinela, que passou a noite acordado protegendo o quartel, espera pelo raiar do dia, a fim de que possa ir para casa dormir. Nosso desejo pelo Senhor, quando cientes da grandeza de Seu amor e perdão, é maior que qualquer desejo que nos sirva de parâmetro.
Sem Jesus e Seu perdão, estamos mortos como os ossos sequíssimos que inundavam o vale visto por Ezequiel (Ez. 37. 1 – 14). Sem Jesus e Seu amor, andamos como se estivéssemos em um deserto, sem água, sem comida, sem esperança.
A presença de Deus em nossas vidas traz nova esperança, faz vir o vento dos quatro cantos que gera a vida no meio do povo e, principalmente, em nós mesmos. A presença de Deus faz nascer água viva de uma rocha, faz descer o Pão do Céu, o Maná que nos dá vida, que nos preserva e prova a misericórdia e o amor de Deus em nossas vidas (Ex. 16 – 17).
Na vida existem diversas manhãs como foi a minha hoje. Acordamos nos sentido na maior profundeza. Só nos resta clamar ao Senhor. Chorar diante dEle e aguardar pelo Seu perdão: Das profundezas clamo a Ti, Senhor. (...)Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam. Nessas horas, tudo o que precisamos é a presença do Senhor e ouvir a Sua voz nos dizer: Homem mortal, o povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro. Por isso, profetize para o meu povo de Israel e diga-lhes que eu, o Senhor Deus, abrirei as sepulturas deles, e os tirarei para fora, e os levarei de volta para a terra de Israel. Eu vou abrir as sepulturas onde o meu povo está enterrado e vou tirá-los para fora; aí ficarão sabendo que eu sou o Senhor. Porei a minha respiração neles, e os farei viver novamente, e os deixarei morar na sua própria terra. Aí ficarão sabendo que eu sou o Senhor. Prometi que faria isso e farei. Eu, o Senhor, falei (Ez. 37. 11 – 14).
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