10.4.05

O carcereiro

Senhores, o que devo fazer para ser salvo?

At. 16. 30

Imagine essa figura do livro de Atos, inteirado a respeito de todos os eventos desse dia especial na cidade de Filipos. Pela manhã, percebeu a confusão gerada por um judeu de Tarso. Esse homem, com uma autoridade ímpar e usando o nome de um tal de Jesus, virou-se para uma conhecida pitonisa da cidade e repreendeu o deus que lhe falava.

O pobre homem despertou a ira dos maiorais da cidade, que conseguiam faturar muito dinheiro explorando o dom que a jovem possuía. Mas agora, por causa desse ousado Paulo e do nome que ele usou, o dom cessara. A fonte de dinheiro daqueles homens se esgotara. Impressionante o testemunho de Paulo e de seus companheiros.

Mas o carcereiro não tinha idéia do que ainda ocorreria. Mandaram prender Paulo. Mandaram surrar Paulo. O carcereiro já tinha visto esta cena dezenas de vezes, mas agora havia algo diferente. Os homens costumam chorar, gritar enquanto apanham. Paulo e seu companheiro, não. Eles cantavam. O carcereiro estava se emocionando. Que fé é essa que possibilita ao homem sofrer cantando? Quem é esse Jesus?

Aqueles cânticos foram entrando no seu coração e transformando as coisas. Porém, mas do que os cânticos, a própria postura e a própria de Paulo estavam tocando o carcereiro. Não havia rancor na sua voz, não havia ódio em seu olhar. Não havia sentimentos de vingança. Suas palavras pareciam inundadas pelo amor que ele cantava. E o carcereiro foi ficando triste porque era claro que Paulo e Silas sofriam injustamente.

Curiosidade e dúvidas começaram a pulsar em sua mente e em seu coração. Enquanto via aquela cena terrível, enquanto ouvia aquele canto bonito no meio da noite, vindo de homens moídos pela tortura, o coração do carcereiro enchia-se com a pergunta: Que fé é essa? Quem é esse Jesus? Ele sentia que havia uma doce presença ali. Mas adormeceu.

No meio da noite, um terremoto e o carcereiro acordou sobressaltado. Correu para a área das celas e as viu abertas. Estava condenado. Ia ser justiçado e morto por ter permitido que todos aqueles presos, alguns deles perigosos, fugissem. Ele não pensava ainda com clareza, semi-acordado, mas se prepara para dar cabo da própria vida.

Até que Paulo fala: Não faça isso! Todos nós estamos aqui! (At. 16. 28). Ninguém fugiu. Foi a gota d´água no amor de Deus. Na última hora, o Deus de Paulo preservou a vida do carcereiro. Nenhum fugiu, tocado pela presença de Deus. O coração do carcereiro se encheu de temor. Ele quer conhecer e viver a mesma fé de Paulo. Ele quer saber quem é esse Jesus, em quem ele crê. Senhores, o que devo fazer para ser salvo? E o carcereiro faz a pergunta mais importante que alguém pode fazer na vida. Essa é uma pergunta fundamental para todo ser humano: como se é salvo?

O impacto do testemunho e da palavra na vida de Paulo, que culminou com a preservação da vida do carcereiro, provocaram no seu coração o desejo de busca por uma vida como a dele. Vida de abandono do pecado. Vida para Deus. O que devo fazer para ser salvo? Promessas? Sacrifícios? Penitências? Passes? Não, nada disso. Creia no Senhor Jesus e você será salvo (At. 16. 31).

Todos nós, eu e você, precisamos passar por uma experiência como essa que nos leve a questionar como podemos ser salvos. E precisamos experimentar a resposta: para ser salvo basta crer em Jesus. Que o seu coração se pergunte e que o Senhor lhe traga a resposta: Creia no Senhor Jesus e você será salvo.

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