Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida.
João 6. 53
Não sei se acontece com todo mundo, mas algumas vezes eu ouço falar acerca de pessoas e passo a ter o maior desejo de conhecê-las. Seja porque têm uma bonita história de vida, seja porque são admiráveis de alguma outra forma, o certo é que às vezes ouço falar de pessoas que teria o maior prazer em conhecer. Já aconteceu, algumas vezes, de eu ser abençoado por construir amizades com pessoas a quem admirava profundamente quando elas nem sequer tinham idéia de quem eu era.
De uns tempos para cá, ando meio na caça de uma dessas pessoas. Ouvi testemunhos abençoados a respeito dela e passei a desejar conhecê-la. E como eu sou um tanto insistente, acredito que só ficarei sossegado quando, finalmente, puder realmente travar conhecimento e intimidade com essa pessoa.
Isso me fez pensar no texto de João 6. Meses atrás eu já escrevi acerca dele. Nele vemos uma multidão que segue Jesus, não porque estejam entendendo os sentidos dos Seus milagres, Seu ministério, Sua Palavra. A multidão O segue e procura por Ele por causa do milagre da multiplicação de pães e peixes, porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres (Jo. 6. 26). É um povo que está ansioso por estar com Jesus, ao ponto de ter ficado até tarde da noite no dia anterior com Ele e ter se levantado cedo, de manhã, e partido em busca dEle. Esse povo tem um certo prazer em estar na companhia de Jesus, não porque O queira conhecer, mas porque descobriu que Ele é fonte de bênçãos sem igual.
Todo o discurso do Mestre dali em diante é para desafiar a multidão a querer conhecê-Lo. É um desafio para que aqueles muitos que correm desertos atrás de Jesus agora o façam não porque saciarão sua fome física, mas porque descobriram Alguém que desejam conhecer em intimidade. A dureza do discurso faz com que Jesus termine a passagem acompanhado unicamente do grupo dos doze (Jo. 6. 66 – 67).
O desafio de Jesus para nós é que desejemos comer o Seu corpo e beber o Seu sangue. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida. Essa é a imagem do tipo de relacionamento íntimo e profundo que o Senhor quer ter com cada um de nós. Ele quer conosco uma intimidade tão profunda que passemos a tomar parte de Sua natureza e do Seu ser, comendo e bebendo dEle. O tipo de intimidade que Ele deseja conosco é tão impressionante que dificilmente encontraríamos palavras que o descrevessem. Por isso, nos nossos limites, Jesus fala em uma intimidade e comunhão que come e bebe do Seu ser.
O desafio de Jesus para nós é que aumente em nós o desejo de conhecê-Lo. Da mesma forma que vez por outra fazemos questão de conhecer uma pessoa ou outra que admiramos, precisamos desejar conhecer ao Senhor de maneira íntima e profunda. E esse desejo precisa e só pode ser mais ardente do que qualquer desejo de conhecer pessoas à nossa volta. E como movemos céus e terra para conhecer essas pessoas, ainda de forma mais ardente precisamos nos mover para conhecermos o Senhor. Para saciarmos o desejo de conhecê-Lo mais e melhor. O Senhor nos quer conhecendo a Ele profundamente.
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida. Esse é meu desejo e minha oração. Mais do que conhecer determinada pessoa, tenho sede por conhecer mais e mais a Deus. Quero mergulhar no conhecimento do Senhor de maneira mais real a cada dia. Quero buscar saciar a minha sede na única fonte e da única forma que ela pode ser saciada: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Rios de água viva vão jorrar do coração de quem crê em mim” (Jo. 7. 37 – 38). Esse é o maior desejo de meu coração e espero que seja o seu desejo também. Desejo de conhecer mais e melhor o Senhor Jesus.
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