Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a Ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a Sua maravilhosa luz.
1 Pedro 2. 9
Essa bela jóia, aparentemente uma coroa, pertencia à família real russa, deposta pela Revolução de 1917. Ricamente adornada, com pedras preciosas de diferentes tipos, pérolas, ouro, e tantas coisas que a gente nem conhece nem é capaz de identificar, esta jóia deve valer uma fortuna incalculável. Mas qual é a fonte de sua riqueza? Em outras palavras o que quero perguntar é o que leva as pessoas a gastarem tanto em jóias e porque elas valem tanto?
Uma jóia, como uma rica coroa de rei, só tem uma serventia. A coroa manifesta a glória, o poder e a riqueza do rei. Quando mais poderoso for o monarca, ou quanto mais ele queira parecer poderoso, vai querer adornar ainda mais sua coroa. Cada jóia, cada pedra, cada sinal de riqueza que se põe ali manifestará uma glória um pouco maior para o dono daquela jóia. Quanto mais rica, adornada e cara mais as pessoas identificarão como poderoso o seu proprietário. Por isso os reis sempre se importaram em ter riquíssimas coroas. Não era para usar pesados ornamentos na maior parte do tempo, ou para que ele mesmo contemplasse o tamanho da sua riqueza. Os reis desejam, nessa simbologia, manifestar aos povos vizinhos o tamanho da sua riqueza. Usando suas ornadas coroas nos eventos mais importantes do país era como se dissessem a todos o quanto eram poderosos.
Na história de Davi um episódio se refere a uma coroa de adorno e peso em ouro cuja serventia era manifestar o suposto poder de um deus. Quando o rei judeu conquista a cidade de Rabá, toma uma coroa de ouro do deus Moloque que pesava mais ou menos trinta e quatro quilos (1 Cr. 20. 2).
Estou dizendo isso nessa tarde porque essa é uma das imagens com as quais Pedro se refere ao povo de Deus, reproduzindo o contexto original do Êxodo. Mas vocês são (...) o povo que pertence a Ele. A idéia que o texto quer passar é a de que somos como jóias do Rei do Universo. A glória que porventura possamos ter, a nossa beleza, a nossa riqueza, enfim, o que quer que seja encontrado em nós, só tem uma serventia: manifestar o poder, a glória, a majestade e a riqueza do Deus que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Somos o Seu adorno, a Sua jóia preciosa a resplandecer a Sua luz e glória e mostrar a Sua grandeza a todos quantos não a conhecem ainda. É através de nós que Deus manifesta no universo a grandeza do Seu poder. Somos Sua propriedade peculiar.
A consciência nos traz graves conseqüências, sobre as quais nem sempre temos pensado. Se estamos aqui como jóias da coroa do Senhor para manifestar a Sua glória, não temos outra alternativa a não ser viver de maneira digna a esse papel, sob o risco de sermos arrancados fora do adorno do Senhor. Se não estivermos embelezando, se não resplandecermos de maneira correta a Sua glória, corremos o risco de sermos arrancados da jóia na Sua cabeça. Sermos povo de propriedade exclusiva de Deus, jóias que manifestam a Sua enorme glória e majestade, é um desafio a vivermos uma vida íntegra e santa, ao mesmo tempo em que nos dá a certeza de que a nossa vida está inteiramente em Suas mãos: pertencemos ao Rei. Se não servirmos mais para glorificar o Seu nome, serviremos para quê? Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo. Porque as Escrituras Sagradas dizem: “Sejam santos porque eu sou santo” (1 Pe. 1. 15 – 16). Pense nisso.
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