O preço do discipulado (parte 3)
Lc. 14. 33
Você lembra da história do jovem rico (Lc. 18. 18 – 30). O chamado de Jesus para o discipulado acontece antes de seu encontro com o jovem rico. Ali, naquele relato, Jesus diz que é impossível que um rico se salve, mas que o que é impossível para os homens é possível para Deus. E poucos versículos depois, Zaqueu surge em cena (Lc. 19. 1 – 10) provando o que Jesus acabara de dizer. A salvação entra na sua casa quando o publicano abre mão de seus bens.
É preciso despojar-se dos bens materiais para se tornar discípulo de Cristo. Precisamos amar mais a Jesus que aos nossos bens. Mas a avareza é um dos pecados mais presentes em nosso meio. Teologias têm sido escritas para defender a avareza, para que os crentes acreditem que ser avaro é sinal de ser abençoado por Deus. Mas Jesus deixou uma coisa muito clara: Quem não renunciar a tudo, não pode ser seu discípulo.
Disse Jesus que os campos de um homem rico produziram com abundância. Ele sentou, pensou e disse que destruiria tudo para fazer celeiros maiores para recolher toda a sua produção e riqueza. Depois, se sentaria e diria à sua alma: “tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te”. Qual a Palavra do Senhor para esse homem? “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?”. De que vale a riqueza? De que vale a avareza? Ou, como disse Jesus, de que vale o homem entesourar para si mesmo e não ser rico para Deus? (Lc. 12. 13 – 21).
Se for preciso, por amor a Cristo, podemos perder tudo e não nos fará falta nada. Deveria, pelo menos, ser assim. Lutero, após o martírio de dois de seus alunos, disse:
Se temos de perder
Família, bens, poder,
E, embora a vida vá,
Por nós Jesus está e
Nos dará Seu reino
Quem não renunciar a tudo o que tem não pode ser discípulo de Cristo. Se o que temos não for consagrado a Deus, estamos sendo infiéis e corremos o risco de estarmos nos afastando da presença do Senhor.
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