Por favor, obedeça à mensagem do Senhor Deus, como lhe falei. Então tudo lhe correrá bem, e o senhor não será morto.
Jeremias 38. 20.
Zedequias é um exemplo de homem de ânimo dobre. Faltava-lhe, no mínimo, fibra. Raça. Coragem de assumir uma postura e tomar uma atitude coerente e correta.
Quando os inimigos de Jeremias querem lançar o profeta no fundo do poço, o rei revela sua fraqueza: Muito bem! Façam o que quiserem com Jeremias. Eu não posso segurar vocês (Jr. 38. 5). Ele não era, ou não se sentia, páreo para enfrentar aqueles homens.
A seqüência no livro de Jeremias relata uma consulta secreta que Zedequias tem com o homem de Deus. Ele quer saber qual será o resultado do cerco babilônio à Jerusalém e qual a atitude que o Senhor requer do rei. Jeremias é claro: o rei precisa se entregar a Nabucodonosor. Mas Deus me mostrou o que acontecerá se o senhor não quiser se entregar. Todas as mulheres que ficarem no palácio real de Judá serão levadas para os oficiais do rei da Babilônia. E elas irão dizendo assim: “O rei foi enganado e dominado pelos seus melhores amigos. E, agora que ele afundou os pés na lama, os seus amigos o abandonaram” (Jr. 38. 21 – 22). É nessa circunstância que o profeta apela ao rei: Por favor, obedeça à mensagem do Senhor Deus, como lhe falei. Então tudo lhe correrá bem, e o senhor não será morto.
Por vezes, Deus vem a nós e nos diz exatamente o que requer que façamos, que atitude devemos tomar. Às vezes, ânimo dobre, faltam-nos a raça, a fibra, a coragem necessárias para agirmos coerente e corretamente. Então, fugimos como tentou fugir Zedequias. Não percebemos que fugir significa se tornar alvo da pesada mão do juízo de Deus. A morte, a dor, a fome e o sofrimento seguem a nossa fuga do centro da vontade de Deus.
Mas o exército dos babilônios os perseguiu e prendeu Zedequias na planície de Jericó. Eles o levaram como prisioneiro ao rei Nabucodonosor, que estava na cidade de Ribla, na região de Hamate. Ali Nabucodonosor o condenou. Em Ribla, o rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias na presença do pai. Também mandou matar as autoridades de Judá. Depois, mandou furar os olhos de Zedequias e o prendeu com correntes de bronze a fim de levá-lo para a Babilônia (Jr. 39. 5 – 7). É isso que acontece quando fugimos do centro da vontade de Deus. Todos os nossos planos são destruídos diante de nossos olhos. O projeto de vida, família e governo de Zedequias foi morto na sua frente (v. 6). Diante de nossos olhos, vemos as coisas mais queridas, os sonhos mais acalentados e os projetos mais amados serem destruídos quando fugimos da vontade do Senhor.
E outras pessoas também sofrem duramente as conseqüências de nossos atos. Do mesmo modo que o castigo de Zedequias foi ver a morte de sua família, seus amigos e companheiros, quando deixamos o plano de Deus de lado podemos fazer sofrer as pessoas que mais amamos. Destruímos tudo de bom à nossa volta e ficamos cegos, antes de sermos definitivamente aprisionados (v. 7). A conseqüência final de fugir da vontade revelada de Deus para nossas vidas é a cegueira e a opressão, a cadeia. Quando, por conseqüência de nossos atos, nossos planos são destruídos somos cegos com aquelas imagens de dor gravadas em nossas retinas. Nunca mais vemos nada. Somos presos pelas correntes de nossos ressentimentos e frustrações. Tudo acabou e estamos condenados. Emocional e espiritualmente.
No caso de Zedequias, a condenação foi final. Sem retorno. Inapelável. Aquele foi o fim de seus planos, projeto e vida. Ele perdera a chance final quando fugiu de Jerusalém e da vontade revelada de Deus. Não sei se eu ou você teremos a oportunidade de uma outra chance se algo assim nos acontecer. Não sei se essa seria a nossa chance final. Se eu e você não quisermos ter de descobrir isso na prática, é melhor dar ouvidos ao que Deus está revelando ser a sua vontade: Por favor, obedeça à mensagem do Senhor Deus, como lhe falei. Então tudo lhe correrá bem, e o senhor não será morto.
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