30.8.05

Tomada de decisões

Os israelitas levavam seu acampamento de um lugar para outro somente quando a nuvem se levantava de cima da Tenda.
Êxodo 40. 36

Já se disse que o ser humano é condenado a decidir. Alguns vão afirmar sempre que ser livre e viver é viver livre para escolher, tomar decisões. Mas, na hora de tomar decisões é sempre difícil estabelecer na base de quais critérios pautaremos nossas ações. Por isso, uma das coisas mais importantes – e mais complicadas – que precisamos fazer é a definição desses critérios.
Israel, no nomadismo do deserto, também se via obrigado a tomar decisões difíceis. Qual o momento certo para conduzir aquelas milhares de pessoas de um ponto a outro na longa caminhada, nômade, do Êxodo? Quais os critérios que o povo deveria adotar para decidir a hora certa de deixar um local e procurar outro oásis para acampar? Como decidir o caminho a seguir? Imagine que estamos falando de um povo que, até então, era escravo, não conhecia essa vida no deserto muito menos tinha idéia de como se deslocar nele.
O critério de tomada de decisões de Israel no deserto era perfeito! Os israelitas levavam seu acampamento de um lugar para outro somente quando a nuvem se levantava de cima da Tenda. Eles abriram mão de tomar decisões e as puseram todas nas mãos do Senhor que os guiava. Precisavam, apenas, estar atentos para perceber o deslocamento da nuvem que marcava a presença do Senhor no meio do povo. O critério para a tomada de decisões era a presença do Senhor, era a Sua nuvem abençoando e guiando o povo.
No diálogo do Senhor com Moisés já descobrimos a rendição do povo aos critérios ditados pela presença do Senhor: - Eu irei com você e lhe darei vitória. Então Moisés respondeu: - Se não fores com o teu povo, não nos faças sair deste lugar. Como é que os outros povos poderão saber que estás contente com o teu povo e comigo, se não fores conosco? A Tua presença é que mostrará que somos diferentes dos outros povos da terra (Ex. 33. 14 – 15). Moisés era consciente de que não poderia tomar decisões corretas, a não ser que dependesse exclusivamente da presença de Deus, perceptível, em sua vida. Para a vida do servo do Senhor, o melhor caminho era se entregar aos cuidados plenos do Deus que se fazia presente naquela nuvem sobre a Tenda. O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; Ele é escudo para todos os que nEle se refugiam (2 Sm. 22. 31).
Essa história nos aponta que o melhor caminho para seguirmos a nossa vida é buscarmos e dependermos da presença do Senhor. O melhor critério para decidir tantas cruciais que somos condenados a decidir é a dependência total de Deus. Se precisamos decidir se vamos nos deslocar, vamos esperar que a nuvem nos mostre que é hora de sair e qual o destino que precisamos tomar. Se precisamos decidir qualquer outra coisa, o melhor critério é esperar até que Deus revele qual o propósito dEle, qual o caminho que Ele escolheu para nós; qual a escolha dEle para cada situação.
Podemos, então, confiar, como diz Kleber Lucas, que Deus cuida de nós:
Deus cuida de mim
À sombra das Suas asas
Deus cuida de mim
Eu amo a Sua casa
E não ando sozinho
Não estou sozinho
Deus cuida de mim

Se nos entregarmos ao cuidado intenso e total de Deus, podemos estar certos de que Ele nos guiará nas melhores escolhas, nas decisões mais corretas, nos passos mais bem dados. Se nos entregarmos a Ele, cientes de que Ele tem cuidado de nós e sabe o melhor para nós, Ele nos guardará. Se entregarmos as nossas decisões para que Ele tome, mesmo as mais difíceis, podemos estar certos de que a glória da Sua presença ao nosso lado será a garantia das vitórias que Ele conquistará em nossas vidas. Mas não se precipite. Espere pelo Senhor, que Ele revele a Sua vontade, buscando ansiosamente a Sua face. Não tome nenhuma decisão sem ter certeza de que a nuvem de glória do Senhor vai com você na sua escolha.

Um comentário:

Paula disse...

Pois é, a vontade de Deus devia acompanhar-nos sempre! Sempre! E para entendermos, precisamos estar sempre ligados a Ele.