O Senhor já nos mostrou o que é bom, Ele já disse o que exige de nós. O que Ele quer é que façamos o que é certo, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus.
Miquéias 6. 8
Quem nunca falou na vida uma frase como: “Vamos orar para saber qual a vontade de Deus”? Eu mesmo já disse isso algumas vezes. E mesmo que você nunca tenha dito algo assim, já ouviu com certeza. Para os que têm uma relação pessoal com Deus, acredito, é fundamental descobrir o que Deus quer que se faça, qual a Sua vontade para as nossas vidas.
Os dias de Miquéias, já falei sobre disso, eram complicados. Facilmente, nós identificaríamos os nossos dias atuais com aqueles dias difíceis do profeta. Ele explicita no capítulo 7 que a corrupção corre solta, injustiças, violência e exploração. Os justos, se é que havia algum, se desesperavam, sem terem idéia de como deveriam agir, do que deveriam fazer, de onde achariam socorro. Só podiam olhar para o alto: Eu, porém, ponho a minha esperança em Deus, o Senhor, e confio firmemente que Ele me salvará. O meu Deus me atenderá (Mq. 7. 7).
Em dias difíceis, as pessoas se voltam para buscar descobrir o que Deus requer de cada um. Em nossos dias, difíceis, muitas vezes temos ido a Deus perguntar-lhe o que Ele requer de nós. Qual a postura que o Senhor quer ver no Seu povo?
Às vezes o problema é buscarmos soluções mirabolantes para essa simples pergunta. Perdemos tempo, possivelmente porque não queremos nos comprometer de verdade com o que Ele quer, construindo teses, propostas que tentam explicar como devemos agir, que atitude tomar, o que pensar. Elaboramos demais a resposta possível à pergunta sobre o que Deus requer de nós.
Miquéias mostra que a resposta que o Senhor tem a essa pergunta é simples, direta e, mais importante, inegociável. É imperativa. É a Palavra de um Deus santo que requer um comportamento determinado, uma postura do Seu povo, e apenas essa. Não se pode negociar ou transigir daquilo que o Senhor nos diz que é a Sua vontade absoluta para as nossas vidas. Enquanto elaboramos respostas complicadas, o Senhor fala por Miquéias de maneira simples, direta e absoluta.
O Senhor já nos mostrou o que é bom, Ele já disse o que exige de nós. O que Ele quer é que façamos o que é certo, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus. A resposta do Senhor é simples. Ele requer três coisas que são inegociáveis no Seu povo: ética, amor e obediência.
O que Ele quer é que façamos o que é certo. Ele quer de nós um comportamento ético. Parece-me absurdo precisarmos falar em ética para um povo que é conhecido pelo nome do Deus santo, mas é preciso. Há histórias escabrosas sobre a falta de ética do povo de Deus surgindo todos os dias. Uma vez, por exemplo, eu vi, em um culto de oração, um irmão dar testemunho de gratidão a Deus porque tinha R$ 10,00 para dar de propina a um guarda de trânsito que iria multá-lo! E o pior, para mim, foi a igreja responder com um sonoro “Glória a Deus!” O que Ele quer é que façamos o que é certo. Deus quer uma coisa simples de nós: que façamos o que é certo, vivamos uma vida ética, e somente isso.
A segunda parte da Palavra que Deus traz por meio de Miquéias nos diz que Deus quer de nós que amemos com dedicação. É pelo amor que seremos conhecidos: A mensagem que vocês ouviram desde o principio é esta: que nos amemos uns aos outros. (...) Nós sabemos que já passamos da morte para vida e sabemos isso porque amamos os nossos irmãos. Quem não ama está ainda morto. Quem odeia o seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem em si a vida eterna. Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a Sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Se alguém é rico e vê o irmão passando necessidade, mas fecha o seu coração para essa pessoa, como pode afirmar que, de fato, ama a Deus? Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações (1 Jo. 3. 11 e 14 – 18). Amor não é questão de palavras, mas de demonstração viva e dedicada em forma de ações concretas, como foi concreta a morte de Jesus na cruz por amor de nós. Se somos discípulos desse amor imensurável, precisamos ser marcados e conhecidos por esse amor pelos que nos são próximos. O que Deus quer de nós é que amemos uns aos outros com dedicação.
Por fim, o Senhor quer de nós obediência. É interessante ver que se trata de uma humilde obediência. Não se pode dizer que é povo de Deus sem que se obedeça a Deus. Deus manifesta a Sua vontade, precisamos conhecê-la em intimidade. Mas um conhecimento infrutífero, sem a devida obediência, não serve de nada. Por isso, a obediência é humilde, porque para obedecer precisamos quebrar-nos na presença de Deus e abrirmos mão do senhorio de nossa própria vida. Para obedecermos a Deus descobrimos e somos conscientes de que não somos nada diante do Pai. Por isso, só nos resta obedecê-lo de maneira humilde e quebrantada.
O que Deus requer de nós é uma vida ética, de amor e obediência a Ele. Nem mais, nem menos. Menos que isso é uma transigência indigna do Deus santo a quem servimos. E não existe nada mais absoluto do que ser ético, amar e obedecer para os cristãos. Esse é fundamento de nossa nova vida como nova criatura em Cristo, que se manifesta em uma nova forma de relações interpessoais.
Um comentário:
Olá Daniel abençoado..Gostei tanto do teu blog que vou colocar nos meus blos amigos no meu blog...
PAz..e tudo de bom
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