1.11.05

Sacríficio

E o amor é isto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e mandou o Seu Filho para que, por meio dEle, os nossos pecados fossem perdoados.
1 João 4. 10

Eu me acostumei com o fato de que minha mãe é capaz de fazer qualquer coisa por mim. Já vi minha mãe deixar de comer para que eu pudesse me alimentar. Já vivemos momentos difíceis, sob diversos aspectos, que ensinaram a mim o tamanho do amor que minha mãe tem por mim e a intensidade dos sacrifícios que ela é capaz de fazer em meu favor. Diante disso, sou consciente de que qualquer coisa que um dia vier a fazer por ela não equivalerá a tudo o que minha mãe já fez e já abriu mão por mim. Assim é minha mãe, como são a maioria das mães, dispostas a fazer qualquer coisa pela felicidade de seus filhos, capazes de sacrifícios máximos.
Penso que esse amor é o mais próximo que podemos chegar de compreender o amor de Deus por nós. E não é uma coisa que só diz respeito ao amor de mãe, como se os pais não fossem também capazes de qualquer coisa por seus filhos. E nisso eu relembro um filme que assisti ontem à noite – ao lado de minha mãe – protagonizado por Denzel Washington: Um ato de coragem. É a estória de um pai capaz de fazer qualquer coisa para salvar a vida de seu filho. Capaz até de morrer no lugar do filho, apenas para lhe dar uma chance de vida. Pais são seres capazes de grandes sacrifícios de amor.
O paralelo é óbvio. Se os pais humanos, limitados e pecadores, são capazes de fazer qualquer coisa em favor dos seus filhos, o que poderemos esperar da parte do Pai Celeste em nosso favor? O que o personagem de Denzel Washington – John Q – faz no filme pelo filhinho ilustra o que Deus está disposto a fazer por nós, seus filhos. John Q chega perto de dar cabo da própria vida em favor do filho. Deus não chegou perto: Ele deu a Sua própria vida na cruz para que eu e você tivéssemos a chance de viver uma vida ainda mais real na presença dEle. Não precisamos ficar esperando uma grande ação sacrificial de nosso Pai: ela já foi-nos dada. Agora é a hora de conhecê-la e crer nela. Deus já provou o Seu amor por nós, do qual o amor dos pais é apenas uma ligeira sombra.
E o amor é isto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e mandou o Seu Filho para que, por meio dEle, os nossos pecados fossem perdoados. O que o texto nos diz, por fim, é que esse amor é algo totalmente gratuito. Não é uma escolha que nós fazemos, não é algo que é construído por nossas forças. O amor se origina em Deus e se manifesta em sacrifício em nosso favor. Se podemos amar, se os pais podem amar com amor semelhante ao que manifesta John Q no filme, é porque esse amor nasceu em Deus, o Pai Celestial. O amor flui dEle e existe por meio dEle. Ele, que é em Si o amor. Ele, que está sempre disposto a fazer qualquer coisa para o bem dos seus filhos. Ele, que com Seu próprio sacrifício – na pessoa do Filho unigênito – nos deu vida, perdão e nos mostrou o que é realmente o amor.

Nenhum comentário: