Orem sempre

Orem sempre.
1 Tessalonicenses 5. 17

No culto de ontem à noite, na igreja onde fui convidado a pregar no bairro de Felipe Camarão, uma irmã, conduzindo o momento de intercessão, falou que seríamos os mais idiotas dos soldados se desprezássemos nossa principal arma: a oração.
Eu pude, mais uma vez, experimentar a verdade dessa afirmação, logo em seguida. Estava sentindo uma dispersão generalizada no meio da igreja, uma terrível irreverência. Por isso, antes de pregar, propus que cada um se pusesse de joelhos e de joelhos orasse a Deus por si mesmo, para que a Palavra lhe falasse ao coração e às suas necessidades. A mudança do quadro, a transformação da atmosfera foi imediata. A oração é uma arma eficaz, arma espiritual nas nossas lutas contra os principados e potestades que de tão perto nos assediam.
Essa experiência me fez lembrar um sonho que eu tivera na noite anterior. Sonhei que estava visitando uma família amiga em São Paulo. Mas, por algum motivo, eles não estavam em casa e um outro casal me hospedava. Naquela casa, haviam dois animais mantidos como estimação: duas onças, uma negra e uma pintada. Eram animais assustadores. Em determinado momento, a onça negra tentou me atacar. Assustado, eu a agarrei pelo pescoço com força e ela se transformou em uma serpente em minhas mãos, morrendo sufocada.
Fiquei refletindo nesse sonho e percebi, com clareza, que só há uma forma de nós matarmos aquela serpente que às vezes parece com uma feroz onça: a oração. O diabo tenta nos fazer pensar que é um bicho feroz e perigoso como o grande felino, mas na dimensão espiritual da oração vamos descobrir que ele não passa de uma frágil e derrotada serpente de cabeça esmagada. Por mais susto que ele possa nos dar, ele já é um inimigo derrotado. As armas que usamos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir fortalezas (2 Co. 10. 4). A oração é nossa arma para colocar o diabo e seu exército no seu devido lugar, é uma de nossas armas poderosas em Deus. Jamais devemos desprezá-la.
Além disso, colocando o diabo em seu lugar, a oração prepara o caminho do Senhor. A oração ordena as coisas devidamente: exalta o Senhor como o Rei dos reis e Senhor dos senhores e humilha as forças do mal como inimigos derrotados. E também endireita os caminhos de nossas vidas. O Senhor quer se derramar em nós e a nossa oração prepara esse momento ao aterrar os vales, aplanar as montanhas, aprumar tudo em nós, endireitar os nossos caminhos tortos e consertar os buracos de nossa estrada, de nossa vida (cf. Lc. 3. 4 – 6). A oração faz com que isso se torne real em nós mesmo e à nossa volta. Prepara, assim, o derramar reavivador do Senhor: E todos verão a salvação que o Senhor dá (Lc. 3. 6).
O resultado final de todo o caminho de oração que podemos trilhar é exaltação do nome do Senhor, não só em nossas vidas, mas no mundo inteiro que se enche da Sua Glória, e a humilhação do derrotado inimigo. O resultado de nossas orações será sempre o preparo do caminho do Senhor até que Ele venha encher, definitivamente, nossas vidas, o nosso entorno e toda a terra. A oração é chave para que Deus cumpra em nós e no mundo os propósitos que são só dEle. Seremos os mais idiotas de Seus soldados se a desprezarmos.