Encham-se do Espírito de Deus.
Efésios 5. 18
Há uma verdade, entre tantas outras na vida, sobre a qual gostaria de pensar hoje. Todos temos uma escolha a fazer sobre o controle de nossa vida. Uma escolha simples, entre duas opções. A primeira delas é optar por conduzir a própria vida, por ser seu próprio senhor.
No entanto, imagino que tentar conduzir a própria vida – por mais que esse seja o sonho de todo adolescente – é como tentar subir uma ladeira acentuada, e que se torna mais acentuada a cada passo, puxando ainda, nas costas, um carro amarrado com rodas quadradas. Em uma situação assim, podemos até conhecer o caminho, saber onde queremos chegar e eventualmente alcançar o destino, mas será que terá valido a pena? E o cansaço? O preço pago é compensador? Qual o resultado disso tudo? Isso tudo é quase fatal.
A outra opção é se permitir ser conduzido totalmente pelo Espírito Santo. Encham-se do Espírito de Deus. Deixá-lo ser Senhor da vida, controlar nosso coração, dirigir nossas vontades rendidas aos Seus pés. Isto acontece unicamente quando, em Cristo, rendemo-nos ao Espírito, sendo cheios dEle.
Nesse caso, muito provavelmente a vida será uma aventura. Não conheceremos a estrada, não teremos qualquer possibilidade de controlar nossos passos. Saberemos onde vamos chegar, mas não como chegaremos lá. E tudo valerá a pena, porque não estaremos indo na nossa própria força, mas seremos conduzidos pelo Senhor.
Encham-se do Espírito de Deus. Essa não é uma escolha sem dificuldade. Para mim, a principal delas é abrir mão da ilusão da segurança de certeza por controlar a vida e entrar na esfera da ação do Espírito. Andar no Espírito é entrar na dimensão da incerteza, ao mesmo tempo em que significa mergulhar nos rios do amor de Deus, conhecer o Senhor em profundidade.
É disso que fala Jesus em João 3. 8: O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito. Gosto demais desse texto e tem se tornado aspiração constante na vida. O vento sopra onde quer. A vida no Espírito é vida de incerteza porque é totalmente rendida ao controle desse Vento Santo, que nos conduz, como uma pena, aonde Ele quer.
E é esse Vento Santo quem nos gera a vida: Homem mortal, profetize para o vento. Diga que o Senhor Deus está mandando que ele venha de todas as direções para soprar sobre esses corpos mortos a fim de que vivam de novo (Ez. 37. 9). No texto do vale de ossos secos, me chama atenção, sempre, o fato de que quando Ezequiel profetiza, os corpos se reconstituem, mas permanecem mortos, sem vida. São perfeitos, com tudo no lugar, mas não têm vida: Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. Enquanto eu falava, ouvi um barulho. Eram os ossos se ajuntando uns com os outros, cada um no seu próprio lugar. Enquanto eu olhava, os ossos se cobriram de tendões e músculos e depois de pele. Porém não havia respiração nos corpos (Ez. 37. 7 – 8). São corpos semelhantes ao corpo de Adão, saído das mãos de Deus (Gn. 2. 7). Para que Adão tivesse vida, como também este exercito sobre quem profetiza Ezequiel, era preciso que o Senhor soprasse o Seu Vento nos corpos inertes: Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. A respiração entrou nos corpos, e eles viveram de novo e ficaram de pé. Havia tanta gente, que dava para formar um enorme exército (Ez. 37. 10).
Essa é a vida que vale a pena. A vida de verdade. Vida na dimensão do Espírito, do Vento de Deus. Totalmente incerta, absolutamente segura, porque inteiramente dependente e guiada por Ele.
Um comentário:
É verdade... A vida no E´sp+irito é uma vida onde não sabemos para onde vamos... Mas é essa vida que o Senhor quer para nós: totalmente conduzida por Ele.
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